Coberturas

Vibrante do começo ao fim. Assim foi o show do Duran Duran que, após participação no Lollapalooza Brasil no último fim de semana, em São Paulo, levou os fãs ao delírio na noite de 29 de março no BH Hall, na capital mineira. Com figurino colorido e estilizado dos anos 80, a banda inglesa de rock e new wave iniciou a apresentação com “Paper Gods”, uma das faixas do álbum de mesmo nome e que foi lançado em 2015.

Na sequência “The Wild Boys”, “Hungry Like the Wolf”, que fez parte da trilha sonora do filme “007 - Na Mira dos Assassinos” de 1985, “A View to a Kill”, “Come Undone”, “Only in Dreams”, “Is there something” e “Notorious”, uma das prediletas do público e que fez com que pessoas arriscassem alguns passinhos de época.

Um dos momentos mais aclamados foi quando o vocalista Simon Le Bon recebeu a cantora paulistana Céu e, juntos, interpretaram “Ordinary World”. Fizeram parte também do repertório “White Lines”e “Planet Earth”. Ao todo foram 18 músicas.

A interação da banda, que possui quase 40 anos de estrada, com o público era evidente, principalmente quando Le Bon incentivava a todos a cantarem alguns trechos das músicas. Mas, o êxtase por parte dos fãs ocorria quando o vocalista pronunciava frases em português ou citava “Belo Horizonte”.  

Além da boa performance dos integrantes do grupo, Roger Taylor (bateria), Nick Rhodes (teclados), John Taylor (baixo) e Simon Le Bon, as backing vocals chamaram atenção não somente pelas belas vozes, mas também pelo carisma e desempenho no palco por meio da dança.

A magia tomou conta do local quando uma chuva de minúsculos papeis começou a cair na pista e, juntamente com iluminação colorida, criou um belo efeito visual. Outra sensação foi quando o vocalista pediu para que todos ligassem os celulares simulando estrelas. Um fã também jogou uma camisa da seleção brasileira no palco, a qual foi imediatamente usada por Le Bon, que brincou com a plateia. “Gostaria que estivesse escrito Neymar aqui”, disse o vocalista ao mostrar a parte traseira da peça onde estava escrito seu nome.   

E foi com “Girls on film” que a banda supostamente encerraria o show. No entanto, após apresentação da música e retirada do grupo, a multidão pediu, aos gritos, “Save a Prayer”. De volta ao palco, Duran Duran se uniu com a plateia formando um grande coro.

E para fechar a noite “Rio”. Durante a execução da música, seis bolas coloridas gigantes faziam a diversão dos fãs na pista.

Saudosismo – A passagem do Duran Duran por Belo Horizonte foi histórica. Para alguns fãs, o show foi uma oportunidade tanto para quem já tem acima de 40 anos de relembrar os bons momentos vivenciados na década de 80 quanto para as novas gerações de conhecer mais o trabalho da banda, que se mantém sólida no cenário musical.

O engenheiro Gutemberg Oliveira, por exemplo, que foi ao prestigiar o grupo acompanhado pela filha, a jovem Daniela. “É uma alegria estar aqui e ver essa banda que marcou minha adolescência. E melhor, ainda, trazer minha filha que, apesar de não conhecer profundamente Duran Duran, curte as músicas do grupo e tem vontade de saber mais sobre o trabalho deles”, disse Oliveira.

Já a ex-professora, Heloísa Valadares, de 74 anos, também aproveitou a oportunidade para apreciar o som produzido pelo Duran Duran, influenciada pela filha e servidora pública Márcia, de 49 anos, fã de longa data da banda. Prova disso é que possui todos os CDs do grupo e veio, especialmente, do Rio de Janeiro para assistir ao show em BH. “Eu vou onde eles estiverem. Já fui à apresentação deles em Londres e no Rio.”