Coberturas

Até o dia 09 de dezembro de 2013,  ainda duvidava se os alienígenas existiam. Esta incerteza acabou na noite desta data memorável, onde no Chevrolet Hall em Belo Horizonte, aconteceu a apresentação do lendário guitarrista Steve Vai. A dúvida acabou, pois, este cara não é um nova-iorquino como todos pensavam, ele é um alienígena e nesta noite abduziu todo o público presente para uma viagem espacial, com nossas mentes visitando planetas musicais de sonoridades inimagináveis para um ser humano produzir.

O show teve início com o Steve Vai surgindo a meio um nevoeiro, onde no plano de fundo havia um painel que reproduzia a capa de seu novo disco solo, “The Story Of Light” (2012), que dá nome à sua turnê. Vai e sua Banda abriram o show com duas músicas deste disco, Racing the World e Velorum

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Depois o que se viu durante duas horas foi um espetáculo incrível de competência, interatividade e muita simpatia. Steve e sua turma levou o público ao delírio e até mesmo às lágrimas, como aconteceu durante a versão acústica de “Rescue Me or Bury Me”. Steve Vai além de provar que é um ser de outro mundo, quando entra em contato com sua Ibanez, demonstrou que seus companheiros de viajem inter-estrelar também são extraterrestres.

O guitarrista Dave Weiner foi aplaudido de pé, por um público emocionado, ao tocar a música "The Trillium's Launch", detonando em seu violão. O baixista Phill Bynoe, o cara dos dreads no cabelo e tentáculos no lugar de dedos, mostrou todo talento em "The Animal". E o baterista Jeremy Colson, além de incorporar o espírito de “Bonzo”, em um solo cheio de magnetismo e técnica apurada, compareceu ao palco com um instrumento feito com cones de trânsito e alguns outros objetos inusitados, emitindo sons enigmáticos e eletrizantes.

Steve Vai proporcionou um dos momentos mais emocionantes e interativos do show, quando chamou ao palco três jovens para, literalmente, participarem do espetáculo. A jovem Luíza, seu noivo, Henri e Rafael, foram convidados a emitir sons com a boca e dar dicas do queriam ouvir. Vai e banda a partir daí produziram uma música ao vivo seguindo as indicações dos jovens, que ainda permaneceram no palco até o final. A jovem Luiza ainda tocou, juntamente com Steve, um pedaço de um solo.

Antes do fim da viagem, Steve Vai, em “The Ultra Zone” exibiu um figurino cheio de leds coloridos, que emitiam raios de todos os lados, provocando sensações exuberantes nos presentes.

A viagem teve fim, a nave nos trouxe de volta a Terra, mas o que ficou foi algo indescritível, que somente quem viveu, sabe realmente a explicação e o significado do nome Steve Vai.

Fotos: Anna Ftg e Mário Barros Filho