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Casa de Bamba - Dé Lucas e o Samba na Batuta convidam Áurea Martins, Sérgio Pererê e Cláudio Jorge

Rua Maria Aparecida, 375 - São Marcos - BH

Quintal Divina Luz

31 9154-4195

Ingressos: R$ 30,00 (inteira) e R$ 15,00 (meia)

Horário: 14 horas


No próximo dia 30 de abril, domingo, o projeto Casa de Bamba, do sambista Dé Lucas, recebe os ilustríssimos convidados Cláudio Jorge, Áurea Martins e Sérgio Pererê. O palco do encontro é no Quintal da Divina Luz, referência na capital mineira do samba de raiz e autoral. Desde 2008, Dé realiza essa roda de samba aos domingos, quando recebe compositores e cantores de renome, e que se consolidou como um dos principais pontos de encontro de músicos, artistas e da comunidade do samba. 

Nesta edição especial do Casa de Bamba, a roda recebe três cadeiras a mais para promover um encontro inédito no país: ao lado do anfitrião, Dé Lucas, tomam assento Sérgio Pererê, cantor, compositor e multiinstrumentista mineiro; Áurea Martins, cantora ícone da noite carioca, ídola de Elizeth Cardoso e referência de várias gerações do samba; e Cláudio Jorge, cantor, compositor e violonista, parceiro de Cartola (Sim, Cartola!!), João Nogueira, Hermínio Bello de Carvalho e Nei Lopes, e interpretado pela nata dos bambas da música brasileira. 

Esta véspera de feriado do Dia do Trabalhador será a primeira das edições especiais do Casa de Bamba. A idéia é promover encontros de nível nacional para celebrar e homenagear a história do samba e o trabalho dos grandes intérpretes e compositores brasileiros. Dé Lucas e o Quintal da Divina Luz, mais uma vez, vão clarear as tardes no bairro São Marcos com a história do samba feita ao vivo. 

Dé Lucas

Bicampeão do “Novos Bambas do Velho Samba”, concurso realizado pelo tradicional Carioca da Gema, no Rio, Dé nasceu no bairro Serra, integrou os grupos Favela, Samba da Madrugada, Eldorado Samba Show, Fina Flor e Liberdade; foi um dos fundadores do Na Cadência do Samba. Tocou e gravou com Moacyr Luz, Luiz Carlos da Vila, Fabiana Cozza, Nelson Rufino, Zé Luiz do Império, Wanderley Monteiro, Marquinhos Satã, Tantinho da Mangueira, Wilson Moreira, Moisés Marques, entre outros. Dono de uma grande versatilidade e ousadia em suas composições, Dé estuda a história do samba, suas influências e ritmos. Em sua caminhada, mais de 300 canções com parceiros tradicionais, como Heleno Augusto, Fabinho do Terreiro, Tino Fernandes, Ederson Melão, Fábio Martins, Mestre Jonas, Arthur Carvalho, Ytalo Mota, e até mesmo com o jogador Ronaldinho Gaúcho. Desde 2008, coordena um projeto de resistência do samba autoral no Quintal do Divina Luz, que foi objeto de pesquisa em defesa de tese na UFMG denominado como “Dé Lucas e o Samba na Batuta”. 

Áurea Martins

Iniciou a carreira na década de 60, participando do programa comandado por Mário Lago e Paulo Gracindo, na Rádio Nacional-RJ. Passou a integrar os programas de Paulo Gracindo, César de Alencar e Manoel Barcelos, cantando ao lado dos também iniciantes Elis Regina e Peri Ribeiro. Em 1969, foi a primeira colocada do programa A Grande Chance, de Flávio Cavalcanti, na TV Tupi, recebendo como prêmio a gravação de um disco e uma viagem a Portugal. Este LP, intitulado "O Amor em Paz", foi lançado em 1972, e contou com arranjos de Luizinho Eça, acompanhamentos do Tamba Trio e a participação do escritor Paulo Mendes Campos declamando poemas de Vinicius de Moraes. Cantora muito respeitada por colegas de calibre, como Elizeth Cardoso, que, segundo consta, costumava sair de casa para ver os shows de Áurea, manteve desde sempre seu trabalho afastado da mídia, porém com sólida atuação como cantora da noite carioca. 

Áurea dividiu o palco com Alcione, Emílio Santiago, Elza Soares, Johnny Alf, Baden Powell, Cauby Peixoto, Mílton Nascimento, Marisa Gata Mansa, Carmen Costa, Dona Ivone Lara, Leci Brandão, Zezé Gonzaga, Nélson Sargento, Chico Feitosa, e outros. Seu segundo disco, "Áurea Martins", foi lançado de forma independente em 2004. Em 2008, lançou o CD "Até Sangrar", pela Biscoito Fino, com as participações de Francis Hime, Alcione e Emílio Santiago. Foi eleita Melhor Cantora no Prêmio da Música Brasileira de 2009 (Marisa Monte e Rosa Passos eram suas concorrentes!). No mesmo ano, o cineasta Zeca Ferreira lançou o curta Áurea ( https://youtu.be/LrIZdmkFKuA ), que mostra um dia de trabalho da artista na noite e já recebeu mais de 20 prêmios desde que foi lançado. Em 2010, lançou o "De Ponta Cabeça", CD comemorativo dos 70 anos de vida da cantora, no qual ela interpreta somente músicas com letra de Hermínio Bello de Carvalho (parceiro do nosso outro convidado, Cláudio Jorge). Em 2012, o primeiro DVD, "Iluminante", registro do show baseado nos dois discos anteriores. 

Cláudio Jorge 

Da década de 70 para cá, Cláudio Jorge é um dos alicerces do samba. Parceiro de João Nogueira, Cartola, Hermínio Belo de Carvalho e Nei Lopes, entre outros gênios, Cláudio Jorge lançou o primeiro álbum em 80 com várias composições autorais, entre elas: "Pimenta do vatapá" (c/ João Nogueira), "Capoeira", "Vida Maria", "Desafio da navalha" e "Trem da Central", todas em parceria com o letrista Ivan Wrigg, e ainda "Fundo de quintal", em parceria com Cartola e com letra de Hermínio Bello de Carvalho. 

Composições de Cláudio Jorge já foram gravadas por João Nogueira, Leci Brandão, grupo Toque de Prima, Emílio Santiago, Elymar Santos, Angela Maria, Joana, Elson do Forrogode, Alaíde Costa, Zeca Pagodinho, Elza Soares, Roberto Ribeiro, Zezé Mota, Jorge Aragão, Martinho da Vila, Joel Nascimento, Sivuca, Luiz Carlos da Vila e Arranco de Varsóvia. 

Guitarrista, arranjador e violonista dos mais requisitados, Cláudio participou de vários shows no Brasil e no exterior, além de atuar em inúmeras sessões de gravações nos discos de artistas como Sivuca, Martinho da Vila, Simone, Renato Russo, Ney Matogrosso, Elson do Forrogode, Jonny Alf, Dóris Monteiro, Jards Macalé, Leny Andrade, Roberto Ribeiro (do qual também foi produtor de um dos seus discos), Ismael Silva, Clementina de Jesus, Agepê, Elba Ramalho, Dominguinhos do Estácio, Neguinho da Beija Flor, Alcione, Nelson Gonçalves, Leila Pinheiro, Fátima Guedes, João Donato, Leci Brandão, Carlos Lyra, Sérgio Mendes, Beth Carvalho e muitos outros. a Maria.

Sérgio Pererê

O músico, cantor, compositor e multiinstrumentista Sérgio Pererê é um intérprete de timbre peculiar, melódico e potente. De djembé a guitarra, de charango a rabeca, o seu domínio de diversos instrumentos o faz figurar entre os grandes instrumentistas da cidade, com destaque para o trabalho como percussionista. Soma-se a isso o compositor profundo - mas que não se perde em hermetismos - cujas composições já foram gravadas por nomes como Ceumar, Titane, Eliana Printes, Fabiana Cozza e Maurício Tizumba, além de ser cantado por nomes como João Bosco, Milton Nascimento, Chico César e Vander Lee.

Nascido no Novo Glória, região Noroeste da capital mineira, Pererê, influenciado pelo blues e rock progressivo, criou a banda AVONE, onde iniciou seu trabalho como compositor. Mais tarde, ao lado dos violonistas Meliandro Gallinari e Rafael Trapiello e da flautista argentina Andréia Cecília Romero, compôs o quarteto Pedra de Tucum. Em 1995, junto com Santonne Lobato e Giovanne Sassá, deu início ao Tambolelê, grupo com o qual lançou dois álbuns, excursionou pela Europa, EUA, Nova Zelândia e México, e criou o projeto sociocultural Associação Bloco Oficina Tambolelê, voltado ao ensino de percussão para jovens de seu bairro de origem. É o seu trabalho solo, no entanto, que pode ser considerado o mais expressivo de sua carreira e onde as referências afro-mineiras encontram-se de forma mais inovadora com vertentes da contemporaneidade. Fazem parte desse trabalho cinco CDs autorais. O artista também já dividiu o palco com Milton Nascimento, Naná Vasconcelos, Wagner Tiso e João Bosco e, atualmente, integra o grupo Sagrado Coração da Terra, ao lado de Marcus Viana.

Quintal da Divina Luz

Para muita gente, é a melhor roda de samba de Belo Horizonte. Local despretensioso, quantos não são os artistas e amantes do samba que confessam amar uma passada no Serginho (nome do dono do local) para curtir um samba de primeira linha? Além de amor declarado pelo samba, o pessoal do Dé Lucas e do Samba na Batuta, que levam o som na roda, esbanjam repertório. Por lá, tocam de tudo, desde os sambas mais conhecidos, até algumas pérolas pouco executadas nas rodas mais conhecidas da cidade. Eles, de fato, prestam uma homenagem ao samba e fazem um passeio extenso e agradável pelo gênero.

  Uma luta travada pelo pessoal do Divina Luz é exaltar o samba das Minas Gerais. Então, além de ser referência para o samba de qualidade, o local é também parada obrigatória para quem quer conhecer o samba feito nas Gerais. Músicas de Dé Lucas, Heleno Augusto, Mestre Jonas e muitos outros são o alicerce desse ótimo ponto de encontro. O Quintal da Divina Luz é parada obrigatória para qualquer um que queira conhecer uma verdadeira roda de samba.

Foto: Divulgação


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