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Daniela Borgatti e Isabela Rettore: arquitetas mineiras trazem para a capital a exposição, a partir desta quarta-feira, dia 16 de maio, com programação de palestras, painéis de debates, apresentações audiovisuais, obras de arte e peças sobre o que há de mais moderno em design biofílico

É possível promover o bem estar  do homem simplesmente repensando o que está em seu entorno? De acordo com o conceito  Bioplhilic Design isso não só é possível, mas necessário. As arquitetas mineiras Daniela Borgatti e Isabela Rettore trazem para um dos principais cartões postais da capital a exposição “Biophilic Design: O Design Essencial”. Tendência no mundo, mas ainda pouco debatido no Brasil, o Bioplhilic Design traz à tona uma necessidade biológica e ancestral que as pessoas têm de estarem conectadas à natureza. Algo sustentável é aquilo que o ser humano faz que diminui os danos causados à natureza, ou seja, o impacto de ser humano sobre a natureza. A biofilia trata do impacto da natureza sobre o ser humano. Na mostra, palestras, painéis de debate, apresentações áudio-visuais, exposições de obras de arte e peças recicladas formam um ambiente reflexivo para mostrar ao visitante a importância de uma verdadeira conexão do homem com a natureza. A exposição  entra em cartaz a partir do dia 16 de maio, na Casa do Baile, Pampulha, com entrada franca.

O conceito do Design Biofílico é um modelo de design arquitetônico e urbanístico de baixo impacto ambiental e elevada integração do homem ao ambiente natural e seus elementos. O baixo impacto se dá na valorização, preservação e até mesmo restauração de fauna e flora nativas, mínima movimentação de terra e utilização de materiais locais e naturais. Seu reflexo positivo no ambiente construído tem sido amplamente divulgado através de pesquisas que comprovam o aumento cognitivo de alunos em escolas, aceleração de pacientes em hospitais e aumento da produtividade e diminuição de stress em ambientes corporativos que adotaram esse modelo. “A própria Casa do Baile é um exemplo boa convivência com o meio onde foi construída. Ela integra a paisagem nas formas e no conceito”, avalia Isabela Rettore, uma das organizadoras da mostra.

Economia Circular,  Retrofit e Upcycling

A arquiteta Daniela Borgatti explica que a Economia Circular é um conceito nascido na Europa e que atualmente se difunde pelo mundo, opondo-se ao atual paradigma linear da economia. É um modelo em que nada se perde, tudo se transforma, considerando o retorno de matérias-primas ao início da produção por meio de reciclagem ou reutilização. Em um modelo linear, a indústria se utiliza indiscriminadamente dos escassos recursos naturais. “Até a expressão ‘consumo’ nos faz pensar. Não existe ‘consumo’ em si, a não ser de alimentos. Nós somos incapazes de consumir um produto. Geralmente usamos e descartamos para adquirir um novo”, explica.  

Dentro do novo paradigma de Economia Circular, a exposição também traduz em seus espaços uma outra prática que também é tendência no mundo, o Retrofit - usado na arquitetura - que propõe atualizar o que está antigo, não só na estética e tecnologia mas também na eficiência energética. Se estende muito além da mera reforma predial na medida em que, não somente atualiza as instalações, design e materiais de uma edificação datada, mas a reintegra, por meio de novos usos, à paisagem urbana, trazendo também à tona a conscientização da escassez de recursos naturais e sua valorização ao contribuir para o prolongamento da vida útil de uma edificação preexistente. Já o Upcycling reinsere a peça descartada no processo para então transformá-la. A peça é a matéria prima, que é transformada em nova, com criatividade e baixo gasto de energia.

Agentes da Economia Circular

Brechós

Antiquários

Profissionais de Valorização da Moda second hand

Construtoras e Arquitetos com projetos Retrofit

Foto: Ricardo Laf