Eventos

Sempre Um Papo com Gabeira

Rua Alvarenga Peixoto, 1200, Santo Agostinho - BH/MG

Auditorio da Cemig

Entrada Franca

26 de junho - às 19h30


O Sempre Um Papo recebe o jornalista e escritor Fernando Gabeira para o debate o lançamento do livro “Democracia Tropical – Caderno de um aprendiz” (Sextante), no qual o autor faz uma reflexão sobre o que aconteceu com a (jovem) democracia brasileira nos últimos 30 anos. A obra nasceu das anotações de Gabeira sobre o caminho percorrido pela democracia brasileira desde o movimento Diretas Já até os dias de hoje. De certa forma, dá continuidade às suas obras anteriores, que se debruçaram sobre a ditadura militar, a luta armada, o exílio e a sua volta ao Brasil. O evento será no dia 26 de junho, segunda-feira, às 19h30, no auditório da Cemig, com entrada gratuita.

Escrito muitas vezes nas estradas em que percorreu ao longo de 2016 para a produção de seu programa de televisão, o jornalista narra, do ponto de vista de um personagem desta história, o que viu e viveu ao longo de sua trajetória. “O objetivo é mostrar como os atores do movimento, sobretudo os políticos, foram se distanciando entre si e como o processo democrático se degradou. Isso não ocorreu porque os políticos têm uma tendência intrínseca à corrupção, mas sim porque, ao fugir da responsabilidade pessoal, o sistema os empurrou para o abismo”, conta Gabeira.

Através de uma narrativa rica em imagens memoráveis, entremeada por artigos que escreveu sobre o processo de impeachment de Dilma Rousseff no último ano, um dos mais difíceis do país, ele aborda detalhes da experiência democrática que se iniciou no Brasil após a anistia de 1979. Sem se ater a um único tema, num constante exercício de ir e vir no tempo e enxergar o que um fato mais esconde do que revela, Gabeira revisita antigas utopias e vasculha na memória os sinais da situação atual.

“Numa época de informação instantânea, com notícias de impacto se sucedendo, um livro desse gênero é sempre uma temeridade. Ele precisa terminar e as coisas continuam acontecendo. Quero dizer: o processo de transição está apenas no começo e promete solavancos e sobressaltos. Graças ao impeachment, os aliados da esquerda, cuja experiência fracassou, têm de tocar o barco na tempestade. O núcleo dessa tormenta é o desastre econômico que demanda um programa de austeridade num país com 12 milhões de desempregados. Tocar o barco significa também enfrentar os fortes ventos de Curitiba, da Operação Lava Jato. O comandante terá de jogar corpos ao mar e não se sabe ainda hoje se, em algum momento, terá ele mesmo de se jogar na água”, explica o ex-deputado e autor do clássico O que é isso, companheiro?.

 

Foto: Luis Tripoli


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