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SINFÔNICA E LÍRICO EM CONCERTO – VI CONCURSO JOVENS SOLISTAS

Av. Afonso Pena, 1537 - Centro - Belo Horizonte/MG

Grande Teatro do Palácio das Artes

(31) 3236-7400

R$20,00 (inteira) e R$10,00 (meia)

11 de julho (quarta-feira) às 20h30


Os vencedores do Concurso Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, nas modalidades instrumento, canto e regência serão apresentados ao público em um concerto especial. Ao todo, os nove selecionados irão se apresentar junto à Orquestra Sinfônica e o Coral Lírico de Minas Gerais nas séries Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia e Sinfônica e Lírico em Concerto, com regência do maestro Roberto Tibiriçá.

O vencedor da modalidade Jovem Regente é Eron Calabrezi (SP), e os contemplados na modalidade canto são as sopranos Ariadna Fernandes(MG), Ana Paula Machado (PR), Melina Peixoto (MG) e Deborah Burgarelli (MG); e o barítono Robert Willian (MG). Nas modalidades instrumentais, os vencedores são Rafael Ruiz – piano, Giovanni Martins – oboé e Wellington Carlos – trombone.

Parte do programa será interpretado na terça-feira (10), na edição especial da série Sinfônica e Lírico ao Meio-Dia – que contará com solos da soprano Ana Paula Machado de Oliveira, do oboísta Giovanni Martins, do pianista Rafael Ruiz e regência de Eron Calabrezi. Já a versão integral da apresentação, com participação de todos os vencedores, será na quarta-feira (11), na série Sinfônica e Lírico em Concerto.

A realização desse concurso, por meio de edital público, busca ampliar as oportunidades no mercado de trabalho da música erudita para os que estão no início de carreira. Como prêmio maior, além de visibilidade, os cantores e músicos podem desfrutar do ambiente típico de um grande concerto, ao lado dos corpos artísticos profissionais da Fundação Clóvis Salgado, interpretando composições do repertório erudito mundial.

Presidente da banca avaliadora, o maestro Roberto Tibiriçá é o idealizador do projeto e, segundo ele, participar de um concerto com os dois corpos artísticos da FCS é de máxima importância para a carreira de um jovem cantor. Além disso, Tibiriçá destaca a relevância da disputa como um processo de troca de aprendizados. “O concurso valoriza não só o jovem, como também premia indiretamente os professores, que são os educadores responsáveis por esse sucesso”, afirma. O maestro ressalta, ainda, a oportunidade única dada aos vencedores de se apresentarem ao lado de uma grande orquestra. “O início da trajetória de qualquer artista é limitado a apresentações de pequena escala, e um evento dessa magnitude proporciona um grande diferencial na carreira de cada um”, comenta.

Os vencedores do Concurso Jovens Solistas foram selecionados a partir de provas realizadas nos dias 2 e 3 de junho de 2018, na Sala do Coral Lírico de Minas Grais. Durante as audições, os participantes foram avaliados a partir de diferentes critérios como desenvoltura musical e técnica. Além de Roberto Tibiriçá, a banca examinadora foi composta pelo maestro titular da OSMG Silvio Viegas, o maestro assistente e primeiro trompetista da OSMG Sérgio Gomes, a maestrina do CLMG Lara Tanaka, o maestro da Orquestra Jovem do Centro de Formação Artística e Tecnológica – Cefart André Brant, o spalla da OSMG Alexandre Kanji, a pianista da OSMG Cenira Schreiber, o primeiro clarinetista da OSMG Walter Júnio e pela Diretora de Produção Artística da FCS, Cláudia Malta.

Entre árias, trajetórias e sonhos – Eron Calabrezi, vencedor na categoria Jovem Regente, participa do repertório dos concertos com a regência de Os Prelúdios, de Franz Liszt, e diz estar muito agradecido pela experiência. “Sou muito grato por essa oportunidade que para nós estudantes, iniciando a carreira musical, é de suma importância – não só para mim que venci o concurso, mas para os companheiros que participaram e tiveram a oportunidade de estar à frente da orquestra”, conta.

Dentre os contemplados na modalidade canto, está o barítono Robert William, que atua no cenário musical desde os 12 anos e iniciou os estudos do canto lírico no Coral Infanto Juvenil do Palácio das Artes. Sobre a peça que apresentará na próxima semana, o cantor diz estar diante de uma experiência muito importante. “Já fiz algumas apresentações com o Coral Infantojuvenil, mas nunca como solista. Sinto um frio na barriga, e ao mesmo tempo, uma emoção muito grande”, conta Robert, que escolheu interpretar a ária “Non piu Andrai”, da Ópera As Bodas de Fígaro, composta por Wolfgang Amadeus Mozart.

A emoção de interpretar ao lado dos dois corpos artísticos da FCS também passa pela voz da soprano Ana Paula Machado, que escolheu a ária"C'era una volta un principe" da ópera O Guarani, de Carlos Gomes. “Para cantar uma ária, é preciso muito tempo de estudo, quanto mais se canta, mais se conhece a peça. É necessário encarnar, fazer com que a canção faça parte do seu corpo, e só assim poder transmiti-la a quem escuta”, afirma. Já a soprano Melina Peixoto, que teve sua primeira participação como cantora contratada pelo CLMG há 17 anos, diz ter partido de seu domínio da obra e da beleza musical para escolha da ária. A cantora interpreta "Chi il bel sogno di Doretta", da ópera La Rondine, deGiacomo Puccini. “As notas agudas são um desafio, mas a melodia, extremamente doce e encantadora, faz com que a música se torne fácil e de muitíssima emoção, o que, por outro lado, pode ser seu ponto de maior dificuldade. Pretendo atingir o resultado final que é tocar o público com o melhor que tenho a oferecer”.

O concerto conta ainda com a participação das vencedoras Ariadna Fernandes, interpretando a ária "Pace, pace mio Dio" da ópera A Força do Destino, de Giuseppe Verdi, e Débora Burgarelli com a ária de Giacomo Puccini "Vissi D'arte", da ópera Tosca. Burgarelli, que iniciou os estudos de canto no ano de 2012, comemora a vitória no Concurso Jovens Solistas pela segunda vez. “Me inscrevi novamente devido a mudança na classificação vocal. Venci o concurso anterior como mezzosoprano, e desta vez como soprano. Isso significa muito para mim e reafirma que estou em constante evolução”, conta.

Já Giovanni Martins, vencedor do concurso na categoria instrumental, iniciou os estudos musicais aos 8 anos com a flauta doce, mudando para o oboé com 12. Nos concertos, interpreta temas de sua ópera preferida, La Favorita de Donizetti, de Antonio Pasculli. “É uma peça alegre, e para mim, música representa alegria. Apesar dos desafios encontrados nas partes mais aceleradas, me identifico muito com a composição”, conta.

A categoria de sopro conquistou os jurados não só com as interpretações de Giovanni, mas também pela atuação de Wellington Carlos, que estuda trombone desde 2008 e atua no mercado profissional há cinco anos. Wellington que abrirá as apresentações com uma obra considerada standart do repertório dos trombonistas – Concerto para Trombone e Orquestra, do dinamarquês Launy Grondahl –, é uma experiência única ter dois corpos artísticos comprometidos em ajudar o solista a atingir uma boa performance. “Escolhi a peça por conhecê-la bem e me sentir à vontade na interpretação. Existe uma relação de importância da obra com a técnica e história do trombone, mostrando todas a características da escrita para o instrumento”, destaca.

Já o vencedor pianista Rafael Ruiz iniciou sua trajetória musical com seis anos, e prosseguiu nos estudos até o Bacharelado em Piano pela UFRJ. Desde os 15 anos participa de concursos nacionais e internacionais, vencendo pela segunda vez o Concurso Jovens Solistas. Nos concertos, o jovem solista interpreta o Concerto para Piano e Orquestra nº 2, do compositor russo Sergei Rachmaninoff. “Essa peça é o sonho de todo pianista, e exige muito do intérprete. Além disso, é uma das favoritas do público, e carrega uma história muito interessante – Rachmaninoff a compôs em homenagem ao seu psiquiatra que o ajudou a se recuperar de um período de depressão – e se tornou uma das principais composições do repertório pianístico”, conclui.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Considerada uma das mais ativas do país, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Seu atual regente titular é Silvio Viegas. Criada em 1976, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais em 2013. Participa da política de difusão da música sinfônica promovida pelo Governo de Minas Gerais, por meio da Fundação Clóvis Salgado, a partir da realização dos projetos Concertos no Parque, Concertos Comentados, Sinfônica ao Meio-dia, Sinfônica em Concerto, além de integrar as temporadas de óperas realizadas pela FCS. Mantém permanente aprimoramento da sua performance executando repertório que abrange todos os períodos da música sinfônica, do barroco ao contemporâneo, além de grandes sucessos da música popular, com a série Sinfônica Pop. Já estiveram à frente da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais os regentes Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui programação artística permanente e que interpreta repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Dentro das estratégias de difusão do canto lírico, o Coral Lírico desenvolve os projetos Lírico Sacro, Lírico no Museu, Lírico ao Meio-Dia e Lírico em Concerto e participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado. O objetivo desse trabalho é fazer com que o público possa conhecer e fluir a música coral de qualidade. Atualmente, Lincoln Andrade é o maestro do corpo artístico. Em sua trajetória, o Coral Lírico de Minas Gerais teve como regentes os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu Miranda Gomes, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda e Márcio Miranda Pontes.

Roberto Tibiriçá, regente convidado – Nascido em São Paulo (SP), recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire e Gilberto Tinetti. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho, com quem trabalhou durante 18 anos após vencer o Concurso para Jovens Regentes da OSESP. Ocupou o cargo de Regente Assistente no Teatro Nacional de São Carlos (Lisboa/Portugal) e em 1994 tornou-se Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Sinfônica Brasileira. Entre 2000 e 2004, foi Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra Petrobras Sinfônica e, entre 2005 e 2011, Diretor Artístico da Sinfônica Heliópolis, do Instituto Baccarelli (SP). Em 2010, assumiu a regência da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais onde permaneceu até 2013. Foi também Regente Titular e Diretor Artístico da Orquestra Sinfônica de Campinas (SP), da Orquestra Filarmônica de São Bernardo do Campo (SP) e da Orquestra Sinfônica do Sodre (Uruguai). Dentre os muitos prêmios e honrarias que recebeu, destacam-se o XIII e XIV Prêmio Carlos Gomes como Melhor Regente Sinfônico; a Ordem do Ipiranga (SP); a Grande Medalha Presidente Juscelino Kubitschek (MG) e o Prêmio APCA (Associação Paulista dos Críticos de Arte) como Melhor Regente. Ocupa a Cadeira Nº 5 da Academia Brasileira de Música.

Foto: Divulgação


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