Eventos

Exposição Ópera – Marco Paulo Rolla

Av. Afonso Pena, 737

Galeria Mari’Stella Tristão

(31) 3236-7400

Gratuita

4 de agosto a 21 de outubro de 2018 - De terça-feira a sábado, das 9h às 21h; domingos, das 16h às 21h


A Galeria Mari’Stella Tristão recebe a exposição individual Ópera, do artista mineiro Marco Paulo Rolla. Com curadoria de Júlio Martins, a mostra faz parte do programa ARTEMINAS e reúne trabalhos do artista em diversas linguagens – performances, pinturas, desenhos, gravuras, vídeos, fotografias, instalações, esculturas e objetos apropriados – tendo por marca mais notável a presença do corpo e da figura humana. O título que batiza a exposição diz respeito a uma característica forte da produção artística de Marco Paulo Rolla, comum ao gênero histórico “Ópera”: a multiplicidade e pluralidade de seus meios e linguagens.

Explorando o corpo e a noção da existência humana no mundo atual, a exposição conta com trabalhos como a animação Com muito amor (2011), no qual o artista trabalha com a apropriação de uma escultura em porcelana no estilo rococó; e a série de pinturas Esvaziamento cotidiano (2014), na qual o artista retrata cenas domésticas cotidianas com um toque de melancolia. Já na série Peludos (1998 – 2003), objetos apropriados e interferidos pelo artista lidam com a característica tátil de certos materiais felpudos – como em Cabeludo (1998), objeto construído a partir de um conjunto de chapéus feitos de peles de animais, pelúcia e luva. Esta mesma ambivalência entre presença e ausência, atração e repulsa, é encontrada na obra Pele (1999), um casaco de pele apropriado e com desenhos em seu interior, feitos como tatuagens de caveiras.

 

A temática da efemeridade da vida também é abordada numa série de desenhos feitos com pó. O artista desenha relógios, escavando os objetos diretamente sobre a fina película de pó que foi se depositando no papel sob seu controle. Também faz parte da exposição a série de desenhos Estado de Espírito (2001), na qual o artista define como “apenas uma inflamação no papel”.

Em suas imagens, Marco Paulo Rolla constrói cenografias para os corpos que revelam seus desejos e dinâmicas ao lado de situações e objetos estranhamente familiares e cotidianos. O artista se interessa por momentos inesperados em que o cotidiano apresenta algo inesperado e o corpo é tomado como lugar de desejo e experimentação, desenvolvendo suas obras sob vários suportes e linguagens.

A expressiva produção artística mineira é o destaque das galerias do Palácio das Artes durante o programaARTEMINAS, de agosto a outubro de 2018. Norteada pelo mote roseano “rumozinho forte das coisas”, as exposições buscam explorar a força da arte manifesto.

Marco Paulo Rolla – Natural de São Domingos do Prata, Minas Gerais, nasceu em 1967. Mestre em Artes pela Escola de Belas Artes da UFMG em 2006, fez residência na Rijksakademie van Beeldende Kunsten – Amsterdam, Holanda, 1998 e 1999. Desde 2001 é criador, coordenador e editor do CEIA - Centro de Experimentação e Informação de Arte – Belo Horizonte. Realizou exposições individuais no Brasil, Alemanha, Argentina e Holanda. Participou de exposições coletivas no Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro; Museu de Arte Moderna de São Paulo; Rohrbach Zement, Dotternhausen, Alemanha; Muu Gallery, Helsink, Finlândia; e na Foundazione Pistoletto, Italy. Realizou a mostra individual de desenhos em técnica mista, Construções Fatais, no Palácio das Artes de Belo Horizonte e participou da programação de Performance da 29ª Bienal de São Paulo, 2010. Em 2015 participou da exposição Terra Comunal com curadoria de Marina Abramovic SESCSP. Ganhador do Prêmio de Aquisição do Salão Nacional da FUNARTE, Rio de Janeiro e do Prêmio Edgard Gunther de Pintura do Museu de Arte Contemporânea de São Paulo. Seus trabalhos encontram-se em coleções como a do Museu de Arte Moderna de São Paulo, Instituto ITAU Cultural de São Paulo, Museu de Arte da Pampulha de Belo Horizonte, Centro Cultural Inhotim, Brumadinho e FUNARTE do Rio de Janeiro. Como performer vem se destacando em festivais no Brasil e no exterior. Como coordenador do CEIA – realizou entre outros eventos a MIP – Manifestação Internacional de Performance, 2003 e 2009. Desde 2013 é o curador de performance do Memorial Minas Vale. É professor da escola Guignard UEMG, desde 2009, onde criou a disciplina de Performance e é orientador e curador da Mostra Perplexa de performance. Também atuou como orientador nas turmas de atelier de especialização de Pintura na mesma instituição.

Foto: Marco Paulo Rolla


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