Eventos

Espetáculo "Talvez Eu Me Despeça" – cia Afeta

Rua Pitangui, 3613 - Horto - BH

Galpão Cine Horto

(31) 3481-5580

R$ 10 (inteira) e R$ 5 (meia) Vendas: 2 horas antes do espetáculo

18,19 e 20 de agosto - sexta, sábado e domingo, às 20h30


Além de trabalhos de repertório da companhia que neste ano completa sete anos, a mostra, que acontece em três espaços da capital mineira, convida nomes que dialogam com a pesquisa do grupo, como Fernanda Lippi (Zikzira), Cida Falabella (Zap 18), Vinícius Souza (Janelas de Dramaturgia), Barulhista e Janaína Leite (Grupo XIX de Teatro - SP), que abre o evento com o solo “Conversas com meu pai”, inédito em BH

Projeto realizado com recursos da Lei Municipal de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura, patrocínio da Una

e apoio cultural do Galpão Cine Horto e do Teatro 171

Belo Horizonte recebe entre os dias 18 de agosto e 03 de setembro a Mostra Afeta Entre Fronteiras. As atividades, que acontecem no Galpão Cine Horto, no Teatro 171 e no Lume 7, celebram os 7 anos da Afeta, com mostra de parte do repertório da companhia mineira, apresentações de espetáculos convidados, com linguagens afins e produzidos por artistas de BH e São Paulo (a preços populares), além de mesas-redondas e performances com entrada gratuita. A programação é norteada por três semanas com temáticas sobre “Autobiografia e Performatividade”, “Linguagens em Trânsito” e “Dramaturgias em processo”, que expressam as diferentes fases de experimentação vivenciadas pelo coletivo, ao longo de quase uma década de existência.

Entre Fronteiras

"Para além de uma mostra de repertório, a programação comemorativa de 7 anos da cia Afeta é uma aposta no diálogo com o outro”, defende Ludmilla Ramalho, coordenadora do projeto e cofundadora da companhia. "É no reconhecimento do valor da fronteira e de seu potencial criativo e social que se forjam ideias, urgências e desejos, fazendo emergir afinidades impensáveis e diferenças que se completam", explica.

Teatro é corporeidade e, por isso, a escolha da pele como norte para a criação da identidade visual da Mostra. O diretor e fundador do coletivo, Nando Motta, também responsável pela programação visual, explica que a pele é uma metáfora dessa fronteira do afeto entre os corpos, mas também do limite que regula, que confere identidades artísticas e que realiza trocas por sua porosidade. "É na fronteira do teatro que residem a performance e outras possibilidades cênicas que a companhia Afeta têm buscado em suas pesquisas e espetáculos, desde 2010", diz.

Assim, na primeira semana da mostra, "Autobiografia e Performatividade", o público poderá conferir os espetáculos "Talvez eu me despeça" (18 a 20 de agosto no Galpão Cine Horto), solo em homenagem a Cecília Bizzotto, pela amiga, parceira e atriz Beatriz França, integrante da cia Afeta; e Conversas com meu pai" (18 a 20 de agosto no Teatro 171), celebrado trabalho da artista Janaina Leite, conhecida por sua atuação no Grupo XIX de Teatro (SP), inédito em BH. Além de ambas propostas que levam ao palco criações cênicas motivadas e atravessadas por experiências pessoais, a primeira semana traz aperformance "Eu me rendo", com a atriz Ludmilla Ramalho (cia Afeta), no dia 19 de agosto, no Galpão Cine Horto.

"Linguagens em Trânsito", temática da segunda semana, conta com apresentação de "180 dias de inverno" (25 a 27 de agosto) - com direção de Nando Motta, a peça da cia Afeta é baseada em diários do multiartista Nuno Ramos -, e aperformance "Fuck Her", com Ludmilla Ramalho. Na última semana, a perspectiva de "Dramaturgias em Processo" poderá ser percebida na montagem "Controle de Estoque", em que o coletivo T.A.Z. (BH/MG) critica com ironia e humor o universo corporativo, e igualmente na abertura do processo de criação do solo "Orlando", da cia Afeta e Madame Teatro, e nas performances "In Memoriam" (Ludmilla Ramalho / cia Afeta) e "Dramaturgia e Outras Vinganças", da artista convidada Ana Luísa Santos.

Café-conversa

O Galpão Cine Horto e o Teatro 171 abrigarão três aconchegantes bate-papos sobre as temáticas de cada semana da programação, recebendo atrizes e profissionais envolvidos nos espetáculos, além de artistas provocadores e jornalistas convidados, sempre com a mediação do ator, dramaturgo e jornalista Daniel Toledo. A proposta é que as mesas-redondas se convertam em cafés-conversa, regados a uma boa prosa, afeto e quitutes típicos de nossa mineiridade.

19 de agosto (sábado, às 10h30, no Galpão Cine Horto) - "Autobiografia e Performatividade": Janaina Leite ("Conversas com meu pai"), Beatriz França ("Talvez eu me despeça") e Cida Falabella (ZAP 18).

26 de agosto (sábado, às 10h30, no Galpão Cine Horto) - "Linguagens em Trânsito": Nando Motta (cia Afeta), Fernanda Lippi (Zikizira) e Barulhista (trilhas sonoras para teatro, cinema e dança)

02 de setembro (sábado às 10h30, no Teatro 171) - "Dramaturgias em Processo": Ludmilla Ramalho (cia Afeta), Vinicius Souza (Janela de Dramaturgia), Ana Luisa Santos.

Oficina

De 30 de agosto a 01 de setembro, a performer e escritora Ana Luisa Santos ministrará a oficina "Outras Vinganças - Laboratório de Performance para Dramaturgia". A atividade, aberta a quaisquer interessados maiores de 18 anos, pretende fomentar um espaço de ação e investigação de performances de escuta, leitura e escrita para dramaturgia. Mestre em Comunicação Social/UFMG e Pós-Graduada em Arte da Performance/FAV, Ana Luisa atua também como curadora em artes da presença na realização de exposições e residências artísticas, núcleos de pesquisa e criação, atividades de formação e política - desenvolve trabalhos para teatro e dança, com destaque para dramaturgia e figurino, sendo idealizadora do Perfura / Ateliê de Performance e codiretora da plataforma O Que Você Queer.

Cia Afeta

A cia Afeta surgiu em 2010 na cidade de Belo Horizonte. Artistas com um desejo comum: dar vazão a seus anseios criativos, lançando mão de várias estéticas, linguagens, referências, tecnologias e conceitos em um movimento antropofágico. Um grande intercâmbio experimental a partir da junção de várias vozes criadoras com o objetivo de afetar e ser afetado. Coordenada por Ludmilla Ramalho, Nando Motta e Beatriz França, a cia Afeta tem como desafio torna-se um laboratório, uma incubadora de trabalho próprio em constante renovação e que busca dialogar diretamente com o público. O primeiro fruto dessa inquietação foi o espetáculo teatral "180 Dias de Inverno", com direção de Nando Motta, baseado na obra "Minha Fantasma", do multiartista paulista Nuno Ramos. O espetáculo parte de referências da dança-teatro, vídeo-arte, instalação, música experimental, cinema (stop motion e desenho animado) e do teatro pós-dramático. Em sua segunda investida, a companhia produziu a trilogia de intervenções urbanas "Procura-se", "Afete-se" e "Escute-se", além de manter em repertório as performances "Fuck her", "Eu me rendo", "Viuvez em capítulos" e "In Memoriam", trabalhos que refletem sobre temas como violência de gênero, memória e vida/morte. Em maio de 2014, estreou a comédia dramática “#140 ou Vão”, com direção de Nando Motta e texto de Felipe Rocha (RJ). Em agosto de 2014, estreou seu terceiro espetáculo, o teatro documentário “Talvez eu me despeça”, solo em homenagem a Cecília Bizzotto, dirigido e concebido por Ludmilla Ramalho, com idealização, concepção e atuação de Beatriz França, que desde então passou a integrar a cia Afeta. Em 2016, estreou em São Paulo o espetáculo "Do Lado Direito do Hemisfério" dirigido por Nando Motta, baseado na obra do escritor e neurologista inglês Oliver Sacks. A Cia Afeta já participou de dois festivais internacionais: FITA - Festival Internacional de Teatro do Alentejo (Portugal), com o espetáculo “Talvez eu me despeça”, e do Ciclo de Mujeres de Brasil (Argentina), festival realizado pelo Corredor Cultural Latinoamericano de Teatro, em Buenos Aires, que contou com apresentações de "Talvez eu me despeça" e da performance "Eu me rendo". Nos últimos três anos, a companhia expandiu sua investigação sobre o universo performático, com o surgimento de novos trabalhos que estarão na mostra Afeta Entre Fronteiras, a exemplo de "Orlando - um prólogo", coprodução com a Madame Teatro.

Foto: Guto Muniz

 


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