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Exposição “O Imaterial e o Insignificado”, de Gilberto Macruz

Rua Professor Estevão Pinto, 211, Serra - BH

Vila 211

Entrada Franca

de segunda a sexta-feira, das 10h às 19h; sábado, das 10h às 14h.


Uma exposição que surgiu de um intenso aprendizado não só nas artes visuais e na música, mas de uma vida de labor com o ferro e a madeira. “O Imaterial e o Insignificado” é a síntese de anos de trabalho e pesquisa do artista mineiro Gilberto Macruz. Reunindo obras inéditas que exploram a imaterialidade do som na escultura cinética, bem como fotos, vídeos e instalação, a exposição começa na próxima terça-feira (7) e vai até dia 25 de novembro, na Vila 211.

Além de um interesse precoce pela luthieria não convencional, a formação em escultura e cerâmica pela UEMG proporcionou ao artista uma abertura de visão no campo escultórico. “As máquinas e objetos têm como matéria estrutural a madeira e o ferro, e como técnicas bases a marcenaria e a serralheria”, explica Gilberto Macruz. “São técnicas aprendidas por necessidade financeira e por interesse próprio na realização de qualquer projeto tridimensional. Apesar de a maior parte do que produzi terem sido encomendas funcionais como móveis, cenografias ou trabalhos artísticos para terceiros, sempre apareciam ideias, registradas em desenhos”, completa.

A exposição traz obras que dialogam com o som, outra característica do trabalho de Macruz. “O som aparece desde cedo em minha pesquisa escultórica, não só no intuito de fundir as artes num corpo sem distinção, mas também de expandir a escultura através da imaterialidade de um som não necessariamente musical”, afirma. “O ‘Mecanismo Compositor’ é uma invenção que tem quatro motores e vários mecanismos que, através do acaso, decide as notas e o momento de ligar ou desligar os sistemas pré-programados. Já o ‘Ciclofone’, por funcionar apenas quando em movimento no espaço, torna-se uma intervenção sonoro-urbana”, explica, ressaltando que a abertura da exposição contará com a performance “Ato Sonoro”.

O artista lembra que “O Imaterial e o Insignificado” traz, ainda, mais de cem fotos que ilustram a abstração geométrica de cidades e construções humanas, além de aproximadamente 80 desenhos, a maioria de projetos que vão desde ideias arquitetônicas a instrumentos. “Têm, também, quatro vídeos. Um de natureza experimental da imagem; dois de registros de um projeto em tridimensionalidade que participei no Vale do Jequitinhonha, em 2009; e um do ‘Ciclofone’ em ação junto à orquestra de Teófilo Otoni”, elenca. “Há dois cartazes de lixeiras que venho fotografando desde 2003, e que nomeei como ‘Esculturas Públicas’, e uma instalação que funciona como uma caixa acústica”, completa.

Para Macruz, o que amarra a exposição, que traz suportes variados e peças de épocas diferentes, são as ideias que se encontram no título. “O imaterial é essa expansão da escultura como corpo físico e estático para a inserção de imaterialidades como o movimento e o som. E o insignificado é a busca da abstração que permeia todas as peças no sentido construtivista da negação do eu para algo que se torna a própria pesquisa da matéria, criando-se uma linguagem universal e não local ou pessoal”, finaliza.

Foto: Divulgação


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