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12ª edição do ‘Festival Bar em Bar’

Belo Horizonte e mais sete cidades do interior do estado

Vários Bares

Entrada Franca

08 de novembro a 07 de dezembro


O universo das PANCs (Plantas Alimentícias Não Convencionais) é o tema da 12ª edição do ‘Festival Bar em Bar’, megaevento gastronômico, realizado pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes em Minas Gerais (ABRASEL-MG). O circuito acontece de 08 de novembro a 07 de dezembro em 35 bares de Belo Horizonte e mais sete cidades do interior do estado: Brumadinho, Divinópolis, Ibitipoca, Juiz de Fora, São João Del Rey, Uberlândia e Viçosa.

Para participar do festival, os estabelecimentos envolvidos tiveram a ajuda do chef especialista em PANCs, Michel Abras, que realizou uma consultoria para a ABRASEL-MG e, junto aos donos dos bares, selecionou todas as plantas que farão parte do evento, além de ensinar aos empresários as peculiaridades destes alimentos. Após esta ‘aula’, as casas criaram uma receita exclusiva com PANCs, que levam diversas delícias, como por exemplo, taioba, Maria Gondó, capuchinha, ora-pro-nóbis, umbigo de banana, entre outras. Todas serão inseridas no cardápio durante os 30 dias do concurso a um preço máximo de R$ 36,90.

O público, por sua vez, poderá eleger o melhor petisco Bar em Bar PANCs através de notas de 1 a 10. Para votar, basta retirar uma das cédulas disponíveis nos restaurantes participantes e depositá-la, já com o voto, em uma urna contida no restaurante. Estas informações serão apuradas pela organização do concurso após o término do festival e os três primeiros estabelecimentos que atingirem a maior pontuação serão os vencedores.

De acordo com o presidente da Abrasel-MG, Ricardo Rodrigues, a escolha das PANCs como protagonistas desta 12ª edição do Bar em Bar vem para coroar uma das maiores premissas da entidade: não apenas movimentar o setor de alimentação fora do lar, como também lançar tendências no segmento de gastronomia e mostrar ao grande público ingredientes com sabor inigualável mas ainda desconhecidos. “As PANCs já foram bastante usadas no passado, principalmente pelos mais idosos. Entretanto caíram em desuso, devido, por exemplo, a expansão da indústria alimentícia, que introduziu os fast-foods e as comidas mais rápidas. Agora, porém, o que a gente observa é uma retomada da alimentação mais saudável. O crescimento dos orgânicos está aí para provar que não estou blefando. Nesse sentido, as PANCs ganham espaço por nascerem de forma espontânea, livres de agrotóxicos e fertilizantes químicos”, explica.

Outro motivo que, segundo Ricardo, influenciou na escolha dessas plantas é o fato delas serem encontradas, com mais facilidade, na agricultura familiar. “Desse modo conseguimos reunir o agricultor, que é o que vende; o dono do restaurante, que compra o alimento e o transforma; e por último, o consumidor final, que esperamos não só aprovar como incorporar estas hortaliças em seus hábitos de consumo”, conta. Ainda conforme o empresário, é esperado um incremento de 15 a 20% no faturamento das casas participantes durante esta edição do evento.

Circuito Cultural Bar em Bar

Os pratos com PANCs do 12º Festival Bar em Bar poderão ser experimentados ao som do chorinho. Isso porque cada bar participante receberá uma apresentação do gênero musical, que acontecerá nos dias 13, 14, 20, 21, 27 e 28 de novembro; e também em 4 e 5 de dezembro. As apresentações, feitas por grupos de destaque na cidade, serão comandadas pelos instrumentistas Marcos Frederico, [que também assina a curadoria do Circuito], Aloízio Horta, grupo de choro do Salomão, além do cavaquinista Warley Henrique. Este último, inclusive, é considerado pela crítica especializada um dos instrumentistas mais brilhantes da nova geração em Minas Gerais, tendo como referência grandes nomes da música brasileira, entre eles Pixinguinha, Tom Jobim, Waldir Azevedo, Cartola, Jacob do Bandolim, Chico Buarque e Milton Nascimento.

Festa de lançamento

Para dar início aos trabalhos do 12º Festival Bar em Bar, a ABRASEL-MG está preparando uma megafesta de lançamento que acontece no dia 10 de novembro, sábado, de 12h às 21h, na Rua Bernardo Mascarenhas, em frente ao Museu Histórico Abílio Barreto, no bairro Cidade Jardim, região Centro-Sul de Belo Horizonte.

Na programação haverá shows com grupos de chorinho do Circuito Cultural Bar em Bar, enquanto a atração principal é ninguém mais ninguém menos que o renomado músico carioca Hamilton de Holanda. Conhecido pela imprensa americana como o “Jimmy Hendrix do bandolim”, Holanda é ganhador do prêmio de melhor instrumentista por unanimidade, na única edição e nas duas categorias - erudito e popular, do Icatu Hartford de Artes 2001, o que lhe permitiu viver em Paris por um período de um ano, dando asas internacionais ao seu trabalho. Com seu primeiro CD solo, ‘01 byte 10 cordas’, que também foi o primeiro CD de bandolim 10 solo do mundo, recebeu o título CHOC de uma das mais importantes publicações europeias de música, a “Le Monde de la Musique”.

Além disso está confirmada uma feira de agricultura familiar com barracas de produtos PANCs e mineiros, espaço kids, cozinha show com o chef Michel Abras, que vai ensinar uma Paella ao vivo, a partir de 13h30, e a presença de 16 bares participantes do Bar em Bar 2018, com os pratos do festival a preço mais baixo.

Os interessados em participar da festa de lançamento podem retirar os ingressos gratuitamente nowww.socerva.com.br/barembar. No dia do evento também é necessário levar 1kg de alimento não perecível, exceto sal e fubá, que será entregue a organização na entrada.

Sobre as PANCs

A sigla PANC (planta alimentícia não convencional) surgiu em 2008, proposta pelo botânico Valdely Ferreira Kinupp. Essa denominação engloba plantas e partes de plantas que, apesar de serem comestíveis, não são utilizadas frequentemente pela população como alimento por falta de costume ou de conhecimento. Elas surgem de forma espontânea em quintais, terrenos baldios e canteiros.

Para chamar uma planta de PANC, no entanto, é importante analisar o local em que essa espécie é encontrada. Em algumas regiões, uma determinada planta pode ser consumida por uma grande parcela da população e, por isso, não ser considerada uma PANC, entretanto, em outras áreas, ela assume essa denominação por seu uso ser ignorado na culinária daquela região.

Mesmo que ainda pareçam estranhas para grande parte das pessoas, as PANCs já caíram nas graças de chefs consagrados, como Alex Atala, Helena Rizzo e Ivan Ralston. Este último, por exemplo, utiliza mais de 350 variedades em seu restaurante, o Tuju, em São Paulo.

Foto: Divulgação


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