Eventos

Espetáculo: “Eu Capitu”

Praça da Liberdade, 450 - Funcionários, Belo Horizonte

CCBB Belo Horizonte

(31) 3431-9400

R$30 (inteira) R$15 (meia)

Segunda-feira, 20 de novembro, às 20h


Um dos mais conhecidos romances da Literatura Brasileira, “Dom Casmurro”, publicado em 1900, se tornou obrigatório em listas e leituras escolares, além de popularizar os personagens Bentinho e Capitu no inconsciente coletivo. A famosa história permaneceu no imaginário público e, após mais de um século, vai ser finalmente revista, refletida e retratada pelo olhar feminino no teatro.

Com texto inédito de Carla Faour, escrito a partir desta provocação sobre o original machadiano, e com direção artística de Miwa Yanagizawa, a força do coletivo feminino se expande para todas as esferas da montagem, com mulheres em cena (Flávia Pyramo e Mika Makino) e na maioria da equipe criativa. “Eu Capitu” faz temporada no Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte (CCBB BH), de 3 a 20 de novembro, de sexta a segunda, às 20h. A entrada é acessível: ingressos a R$30,00 (inteira) e R$15,00 (meia-entrada), disponíveis no site ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH.

No dia 4 de novembro, sábado, a sessão vai contar com acessibilidade em Libras e também uma roda afetiva de conversa com a equipe, ao final do espetáculo. Também no dia 4, será oferecida a Oficina “Eu Outra”, com a diretora Miwa Yanagizawa. E no dia 11 de novembro, acontece uma oficina de produção, com o idealizador e diretor geral da montagem, Felipe Valle. As oficinas são gratuitas.

O ESPETÁCULO

No palco, as atrizes encenam uma história que se passa no Brasil de hoje, quando Ana, adolescente presa em um ambiente de tensão doméstica, presencia o fim de um relacionamento abusivo de sua mãe, Leninha, que começa a experimentar novas experiências com o término. A menina – cuja leitura obrigatória de ‘Dom Casmurro’ para o colégio segue incompreendida – costuma se isolar em um mundo imaginário para fugir de seus problemas. É neste refúgio que encontra uma mulher misteriosa e, aos poucos, descobrimos se tratar da própria Capitu.

“Logo de início, entendi que não queria uma peça realista. Se o assunto era muito duro e pesado, eu queria falar de uma forma doce e lúdica, com a criação de um universo simbólico e metafórico”, resume Carla Faour, que chama a atenção pelo fato de a peça dar voz a mulheres em um mundo que tem a narrativa masculina, seja na política, nas artes, na história ou nas famílias.

“No texto, o universo todo está na perspectiva desta menina, que sai da infância e entra na adolescência, um momento de extrema vulnerabilidade, e tenta entender as opções da mãe, o que é ser mulher e também o próprio livro de Machado de Assis”, comenta a autora.

A direção de Miwa Yanagizawa foi criada em um processo guiado pelo olhar, pelas múltiplas perspectivas e pela intensa troca com todas as artistas da equipe do espetáculo: “Nos interessa instigar o olhar da plateia, convidá-la a imaginar outras possibilidades narrativas, tomar consciência das coisas se valendo de mais de uma perspectiva. Portanto, juntas, levantamos questionamentos e nos apropriamos deles para desdobrá-los ao invés de buscar soluções definitivas: é mais sobre apreciar fazer mais perguntas e dar abertura para uma cena menos linear e acabada em que a pessoa que assiste também colabora, na medida em dialoga com o espetáculo fazendo uso de seus poderes de observação, raciocínio, imaginação e compreensão tornando-se também uma intérprete”, analisa a diretora.

SINOPSE

Desde pequena, Ana tem por hábito se isolar em um mundo imaginário como forma de fugir dos problemas que enfrenta em casa. Sua mãe, Leninha, vive um relacionamento abusivo com o marido. A tensão doméstica acaba por refletir no rendimento escolar da menina que precisa tirar boas notas em Literatura para não repetir o ano. A prova final vai ser em cima da obra Dom Casmurro, de Machado de Assis. No entanto, a leitura afeta diretamente a menina que passa a enxergar pontos em comum entre o livro e sua vida. Em seu refúgio fantástico, Ana começa a misturar ficção com realidade e recebe a visita de uma mulher misteriosa, que tem o rosto parecido ao de sua mãe. Aos poucos descobrimos que esta mulher é Capitu, a personagem ícone da obra Machadiana. Nesses encontros, Ana dá voz àquela mulher que só conhecemos através do olhar masculino. A improvável ligação entre elas serve à menina, que está entrando na adolescência, como um rito de passagem para o universo feminino adulto, em que ela começa a entender o que significa ser mulher num mundo narrado por homens.

O espetáculo “Eu Capitu” é apresentado e patrocinado pelo Banco do Brasil.

FICHA TÉCNICA

Direção Artística: Miwa Yanagizawa / Texto: Carla Faour / Diretora Assistente: Maria Lucas / Idealização e Direção Geral: Felipe Valle / Direção de Produção: Bárbara Galvão, Carolina Bellardi e Fernanda Pascoal (Pagu Produções Culturais) /Coordenação de Projeto: Trupe Produções Artísticas / Elenco: Flávia Pyramo e Mika Makino / Direção Sonora, Trilha Original e Preparação Vocal: Azullllllll / Direção de arte: Teresa Abreu / Iluminação: Ana Luzia Molinari de Simoni / Produção Executiva: Fernando Queiroz / Design Gráfico e Fotografia: Daniel Barboza / Gestão de Comunicação: Incerta Comunicação / Assessoria de Comunicação: Cristina Sanches (CS Comunicação e Arte) / Produtora Associada: Pagu Produções Culturais / Realização: Trupe Produções Artísticas / Patrocínio: Banco do Brasil

OFICINAS

Oficina “Eu Outra”
Ministrante: Miwa Yanagizawa
A oficina busca a construção de fricções entre narrativas pessoais e ficcionais a partir de objetos afetivos escolhidos pelas participantes.
Data: 04/11 (sábado) 
Local: CCBB BH
Horário: 14h às 17h
Duração: 3 horas
Capacidade: 15 pessoas
Público-alvo: Artistas, estudantes de teatro
Inscrições: https://bit.ly/EuOutraBH

Ministrante: Miwa Yanagizawa - Atriz, diretora de teatro, fundadora do AREAS Coletivo, assina a direção artística do espetáculo Eu Capitu. Entre seus trabalhos, estão “Nastácia”, de Pedro Brício, obra a partir do romance “O Idiota”, de Fiódor Dostoiévski, que recebeu o Prêmio Shell e Prêmio APTR de melhor direção do ano de 2019, “Plano sobre queda”, dramaturgia realizada em colaboração do coletivo com Emanuel Aragão e “Breu”, de Pedro Brício, que recebeu Prêmio Questão de Crítica de Melhor Direção e Iluminação e Prêmio APTR de Melhor Cenografia e entre vários outros.

Oficina de Produção
Ministrante: Felipe Valle – Produtor e Gestor Cultural
A oficina é voltada para artistas, produtores e fazedores de cultura de modo geral e abordará os passos para a criação, planejamento e elaboração de um projeto cultural, tais como apresentação, objetivos, justificativa, cronograma, público-alvo, contrapartidas, plano de divulgação, democratização do acesso e orçamento.
Local: Teatro I 
Data: 11/11 (sábado)
Horário: 14h às 17h
Capacidade: 262 vagas
Público-alvo: Artistas, produtores, gestores, estudantes em artes e interessados.
Inscrições: https://bit.ly/OficinaProducaoBH

Circuito Liberdade

O CCBB BH é integrante do Circuito Liberdade, complexo cultural sob gestão da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo (Secult), que reúne diversos espaços com as mais variadas formas de manifestação de arte e cultura em transversalidade com o turismo. Trabalhando em rede, as atividades dos equipamentos parceiros ao Circuito buscam desenvolvimento humano, cultural, turístico, social e econômico, com foco na economia criativa como mecanismo de geração de emprego e renda, além da democratização e ampliação do acesso da população às atividades propostas.

SERVIÇO: Espetáculo: “Eu Capitu”
Data/Horário: de 3 a 20 de novembro, sexta a segunda, às 20h.
Local: Teatro I do Centro Cultural Banco do Brasil Belo Horizonte - CCBB BH
Ingressos: R$ 30 (inteira) - R$ 15 (meia-entrada). Disponíveis em ccbb.com.br/bh e na bilheteria do CCBB BH
Sessão com Libras e bate-papo após o espetáculo: 04/11 (sábado)
Classificação: 14 anos | Duração: 90 min
Clientes BB têm direito à meia-entrada na compra com Cartão Ourocard.

Mais informações: 31 3431 9400 – bb.com.br/cultura
E-mail: [email protected]
Facebook: /ccbb.bh | Twitter: @CCBB_BH | Instagram: @ccbbbh

Foto: Daniel Barboza


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