Eventos

Exposições de Marcos Chaves e Bruno Faria e do norte-americano Bill Viola

Rua Bernardo Guimarães, 911 – Funcionários – BH/MG

dotART galeria

Informações: (31)3261-3910

Entrada franca

De segunda a sexta, das 09h às 19h | Sábados, das 09h às 13h


A dotART galeria segue com programação intensa em 2016 e prepara a abertura de suas próximas três exposições no mês de novembro, com os artistas Marcos Chaves, Bruno Faria e Bill Viola. Com entrada gratuita, as três mostras têm curadoria assinada pelo diretor artístico da dotART galeria, Wilson Lazaro. A abertura será no dia 30 de novembro, a partir das 18h30, com a presença de Marcos Chaves e Bruno Faria. As exposições ficam em cartaz na galeria até o dia 3 de março de 2017.

O carioca Marcos Chaves apresentará ao público mineiro sua exposição “Crônicas”, recorte de 20 anos de sua produção artística, entre 1996 e 2016, composto por fotografias e uma obra em vídeo. Trabalhando sobre os parâmetros da apropriação e da intervenção, sua obra é caracterizada pela utilização de diversas mídias, transitando livremente entre a produção de objetos, fotografias, vídeos, desenhos, palavras e sons.  “Marcos Chaves une a poesia, o ritmo e o humor na sua obra para criar”, destaca o curador da exposição, Wilson Lazaro.

Marcos Chaves faz da palavra, do humor e da crônica fotográfica seus instrumentos para colocar em questão as incertezas, suas e coletivas, e desafiar as certezas do mundo. O uso do texto em seu trabalho abre diferentes significados, ampliando as possibilidades de leitura e percepção de situações, às vezes, bastante simples e óbvias. Sobre seu processo de trabalho, o artista comenta: “O texto pode propor leituras mais complexas, dobras, propiciando o expectador acesso a outras possíveis interpretações do assunto em questão. Às vezes, com a supressão de uma vírgula, um acento ortográfico ou mesmo a eliminação do espaço entre as palavras, procuro dar visibilidade a uma nova maneira de observar o que parecia ser o óbvio ou o clichê”.

Um dos mais conhecidos trabalhos de Chaves, que trabalha justamente o texto, e suas camadas de significados, em diálogo com a fotografia, estará presente na dotART galeria, “Eu só vendo a vista”, de 1998. “Nesta obra, a junção da frase ‘Eu só vendo a vista’ com a fotografia da Baía de Guanabara, principal cartão postal carioca, é uma síntese da cidade, sobre ser carioca, ser artista no Rio, sobre o mercado, no caso o da arte e o imobiliário”, aponta Wilson Lazaro.

O artista recifense Bruno Faria apresentará na dotART galeria a exposição “Panorama El Viajero”, partindo de um deslocamento entre diferentes paisagens, colocando-se como um etnógrafo, um sujeito que procura conhecer e entender o mundo. A exposição tem como ponto central um olhar sobre as distintas linguagens que o artista trabalha: desenho, colagem, pintura, escultura e arte sonora. “Partindo de contextos específicos, o trabalho de Bruno Faria revela seu olhar crítico sobre o mundo em que vive”, destaca Wilson Lazaro.

No trabalho de Bruno Faria há um frescor ao lado de certas lembranças e antigas memórias. Ao se utilizar de objetos encontrados carregados de memórias, Bruno se expressa através da ressignificação destes itens. Sobre seu trabalho, o artista aponta: “Acredito que uma boa obra de arte contemporânea seja um reflexo do presente, algo que traga frescor. Minhas obras podem ser vistas em diferentes linguagens, do tradicional desenho, uma instalação ou uma ação no espaço público. Para cada obra, a apresentação dela é pensada sobretudo em relação ao público que verá”.

O videoartista norte-americano Bill Viola ocupa a Sala Pensando com trabalho “I Do Not Know What It Is I Am Like”. Seus trabalhos consistem em vídeos que se utilizam de alta tecnologia, mas que se caracterizam pela linguagem direta e pela simplicidade, buscando fazer com que o espectador trilhe um caminho para o autoconhecimento através da percepção sensorial. O curado Wilson Lazaro comenta: “Uma jornada épica em cinco capítulos, “I Do Not Know What It Is I Am Like” é uma investigação pessoal sobre os estados internos e conexões com a consciência animal que todos possuímos. Em um fluxo de imagens de notável claridade, profundidade e beleza, tecidas dentro de um sutil campo de som natural, Viola cria uma visão atemporal do mundo natural e nosso lugar nele”.

Inaugurada em abril de 2016, a “Sala Pensando” é um lugar que propicia o diálogo e a experimentação entre o pensamento contemporâneo e todas as formas de criação e manifestação na arte. O espaço abriga e pretende ampliar o diálogo entre obras de diversas áreas artísticas como moda, música, literatura, artes visuais, artes cênicas, audiovisual e tecnologia, transformando-se numa rede contínua de troca de movimentos, atitudes e ações dos artistas, trazendo um frescor para o ambiente de galeria de arte. Dessa forma, a dotART pretende resignificar a relação do público com a galeria, convidando-o, também, a conhecer e participar do processo.

 

Sobre os artistas

Marcos Chaves

Nasceu no Rio de Janeiro em 1961, e iniciou sua atividade artística na segunda metade dos anos 1980. Trabalhando sobre os parâmetros da apropriação e da intervenção, sua obra é
caracterizada pela utilização de diversas mídias, transitando livremente entre a produção de objetos, fotografias, vídeos, desenhos, palavras e sons. Participou da Manifesta7 - The European Biennial of Contemporary Art, Itália, 25a Bienal Internacional de São Paulo, SP; 1a e 5a Bienais do Mercosul, Porto Alegre, Brasil, 17a Bienal de Cerveira, Portugal, 4a Bienal de Havana, Cuba; 3a Bienal de Lulea, Suécia. Realizou exposições individuais e coletivas em instituições e galerias como o Mori Art Museum, Tóquio, Japão; Martin-Gropius-Bau, Neuer Berliner Kunstverein (NBK), Ludwig Museum e  Zeppelin Artprogram, Alemanha; Kunsthal KAdE, Amersfoort e Museum Beelden aan Zee, Holanda; Vaanta Art Museum, Finlândia; Gallery 3.14, Bergen, Noruega; Galeria S2, Galeria Lehmann Maupin, Nova Iorque, EUA; Fri-Art – Centre d’Art Contemporain de Fribourg, Suíça; Espace Topographie de L’Art, Paris, França; Somerset House, Butcher’s Project, Londres, G39, Cardiff e Northern Gallery, Sunderland, Reino Unido; Iziko South African National Art Gallery, África do Sul; Jim Thompson, Bangkok, Tailândia; Centro per l’Arte Contemporânea Luigi Pecci, Prato e Milão, Itália; Focus Brasil e MAC de Santiago, Chile; Centro de Arte Caja de Burgos, Burgos; IVAM, Valencia; Patio Herreriano de Valladolid; Kiosco Alfonso y del PALEXCO e Galeria Blanca Soto Arte, Espanha; Fundação Calouste Gulbenkian e Galeria Graça Brandão, Lisboa Portugal; Museu de Arte de São Paulo, Museu de Arte Moderna de São Paulo, Centro Cultural Banco do Brasil, Museu da Imagem e do Som e Galeria Nara Roesler, São Paulo; Centro Cultural Banco do Brasil, Museu de Arte Moderna do Rio de Janeiro, MAR – Museu de Arte do Rio, Museu Nacional de Belas Artes, Museu de Arte Contemporânea de Niterói, FUNARTE, Museu da Chácara do Céu, Centro Cultural da Caixa, Galeria Laura Alvim, Galeria Laura Marsiaj, A Gentil Carioca, Progetti, Galeria Artur Fidalgo e Fundação Eva Klabin, Rio de Janeiro, Brasil.

 

Bruno Faria

Nasceu em Recife (PE), em 1981, vive e trabalha em São Paulo. Graduado em Artes pela FAAP e Mestre em poéticas visuais pela Escola de Belas Artes da UFMG, desenvolve trabalhos em diferentes mídias como desenho, escultura, instalação, intervenção e publicação. Seus projetos partem de contextos específicos, no quais revelam seu olhar crítico sobre o mundo que vive. Exposições coletivas selecionadas: “Há escolas que são gaiolas e há escolas que são asas” Museu de Arte do Rio – MAR, curadoria Paulo Herkenhoff e Janaína Melo (2014), Metrô de Superfície II, Centro Cultural São Paulo – SP, curadoria Bitu Cassunde e Clarissa Diniz (2013), Ititenários, Itinerâncias: 32o Panorama da Arte Brasileira, MAM – SP, curadoria Cauê Alves e Cristiana Tejo (2011), Individuais: Assalto Olímpico, Centro Cultural São Paulo (2016), Restauro, MAMAM (2016).

 

Bill Viola

É um videoartista norte-americano nascido em 25 de janeiro de 1951, em Nova Iorque. Seus trabalhos consistem em vídeos que utilizam-se de alta tecnologia, mas que se caracterizam pela linguagem direta e simplicidade, que buscam fazer o espectador trilhar um caminho para o autoconhecimento através da percepção sensorial. Iniciadas em 1972, suas obras possuem apelos ligados à morte, nascimento e demais aspectos da vida humana, que são imperceptíveis aos olhos rotineiros devido à grande imersão em tarefas cotidianas em que todos estão imersos. Foi influenciado por artistas como Nam June Paik, Joseph Beuys, Wolf Vostell, Bruce Nauman e Peter Campus. Seu trabalhos em vídeo consistem em instalações, vídeos e performances, sendo marcados por um uso transparente do aparato videográfico, um controle e entendimento complexo do tempo, e por um inventivo uso do som.

 

Sobre a dotART galeria

A dotART galeria fez de seu espaço um lugar para ser, pensar, produzir, experimentar, celebrar e comercializar a arte de uma forma poética. Isso possibilita, ao longo de sua trajetória, uma maior eficácia na relação entre o espectador e o objeto de arte em foco.

Com uma programação de exposições constantes, apresenta um elenco de criadores com diferentes linguagens e suportes. Crê que cada objeto de arte é um canal factível com potência de irradiar cultura, e amplia o seu campo de ação ao estimular a rede de colecionadores, arquitetos, designers de interiores e amantes da arte com a qualidade e o frescor das criações dos seus artistas. A larga experiência e seriedade na parceria com novos valores faz da galeria também um posto avançado da produção mais atual da arte no Brasil e no mundo. Ao longo desses 40 anos, vários artistas já passaram pela galeria, que tem um acervo cuidadoso e especial que transita entre o acadêmico, moderno e o contemporâneo. 

Com planejamento e pesquisa, desenvolve um plano para a carreira de cada um dos artistas que representa. Buscando as soluções mais criativas e eficientes, apoiados em pesquisa, consultoria, curadoria, publicações e gestão de projetos para as instituições, trazendo para a superfície todo o pensamento de realizar a sua criação que proporciona o cuidar e conviver numa pulsão entre Vida e Arte.

 

Foto: Divulgação


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