Eventos

Exposição “Prosaica Humanidade"

Av. Brasil, 75, loja 11 - Santa Efigênia - BH

cAsA – Obras sobre papel

(31) 2534-0899

Entrada Franca

Até 31 de janeiro


O homem comum em suas atividades, do banal, passando pelo sofrimento e o trabalho até chegar à morte. A partir dessa linha de condução, a cAsA - Obras Sobre Papel volta o olhar ao seu acervo e inaugura sua nova exposição, a coletiva “Prosaica Humanidade", no dia 28 de setembro. São 37 gravuras de 29 artistas, entre eles Erik Desmazières, Käthe Kollwitz, Evandro Carlos Jardim, Francisco Goya, Marc Chagall, Oswaldo Goeldi e Renina Katz.

A curadoria assinada pela equipe da cAsA, Lucia Palhano, Paulo Rocha e Thyer Machado, Prosaica Humanidade busca trazer a discussão sobre a representação do homem que, na historiografia tradicional das artes, sempre foi retratado com idealização. “A mostra revela a face dos vencidos, do homem comum, colocando em relevo outras narrativas a contrapelo da história dos vencedores. Em uma sociedade que frequentemente renega experiências de sofrimento e compele o ser humano a vivências anestesiadas, a arte (quem sabe) pode oferecer outras possibilidades, a partir do encontro com as imagens. Tal relação dos corpos com estas obras talvez possa questionar e impactar quem se lança nesse embate”, explicam os curadores.

As gravuras da exposição expõem o banal, pessoas em suas atividades íntimas, a vida rotineira em família, mães amamentando, pessoas bebendo, trabalhadores dormindo. Pode-se ver também o sofrimento, como a figura materna acolhendo o filho morto na obra impactante de Käthe Kollwitz. O trabalho se faz presente por meio de imagens de operários, açougueiros, trabalhadores campesinos e desempregados, revelando a face desumana do labor. Rostos humanos também aparecem, caminhando do realismo até imagens degradadas, em que na última gravura, de Erik Desmazières, há apenas uma caveira. O fim.

Este mote revela a representação do humano no acervo da cAsA, mas de maneira a buscar um olhar mais apurado para o homem, não uma mera visão romântica. “Em grande parte, os artistas aqui presentes almejavam que o espectador desenvolvesse um olhar crítico e consciente, não simplesmente compadecendo-se com o mundo e suas vicissitudes. Seria então possível permanecer alheio e insensível às representações do sofrimento e da vida tantas vezes bovina? Os rostos e corpos expostos nesses quadros são alteridades que falam e interpelam o espectador, como se nos despertassem o que há de mais prosaico e banal em nós mesmos: nossa própria humanidade”, finalizam os curadores.


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