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A educadora Cláudia Costin participou, na manhã de hoje (9/2), da série de lives "Mulheres que inspiram pessoas e superam desafios da atualidade", promovida pela Escola Judicial Edésio Fernandes (Ejef) do Tribunal de Justiça de Minas Gerais (TJMG). "Educação de meninos e meninas pós-pandemia" foi o tema da palestra.

A expositora Cláudia Maria Costin é fundadora e diretora do Centro de Excelência e Inovação em Políticas Educacionais (Ceipe) da Fundação Getúlio Vargas. Ela tem uma carreira de destaque em desenvolvimento de políticas públicas educacionais, foi diretora global de educação, numa parceria da Unesco e Banco Mundial, atuando em 194 países.

Trabalhou na Organização Internacional do Trabalho (OIT), agência das Nações Unidas, que tem a missão de promover oportunidades para que homens e mulheres possam ter acesso a um trabalho decente e produtivo, em condições de liberdade, equidade, segurança e dignidade. Foi ministra da Administração e Reforma do Estado, no Governo Fernando Henrique Cardoso, secretária de Cultura do Estado de São Paulo e secretária de Educação do município do Rio de Janeiro. É articulista da Folha de São Paulo e cofundadora do movimento da sociedade civil Todos Pela Educação. Integra, desde o final de 2020, o Instituto para Aprendizagem ao Longo da Vida - Institute for Lifelong Learning - da Unesco.

Durante sua fala, a palestrante chamou a atenção para a relação direta que existe entre educação e trabalho e argumentou sobre os desafios de se ampliar o acesso à educação qualitativa e quantitativamente. "O apartheid educacional começa cedo, e recuperar essa desigualdade é muito difícil. Temos que mudar a forma de ensinar, para que todos aprendam", afirmou.

Cláudia Costin falou da necessidade de adequação do ensino, diante da 4ª Revolução Industrial, que envolve inteligência artificial, robótica e máquinas fazendo máquinas. Ela disse que muitos postos de trabalho irão desaparecer, e será necessário o desenvolvimento de pensamento analítico e criatividade na educação, para formar profissionais condizentes com a nova realidade que se apresenta.

Essa nova realidade, segundo a palestrante, vai exigir ainda mais dos professores, que devem ser valorizados e treinados em competências de nível sofisticado, para que assegurem um pensamento científico, histórico e analítico, formando profissionais capazes de exercer uma cidadania ativa em escala global.

Para ela, a pandemia da covid-19 é uma tragédia, mas ao mesmo tempo é uma oportunidade de aprendizagem. "Crises são momentos de profundas aprendizagens e de sofrimentos, porém são momentos de quebra de paradigmas e inovações. Com a pandemia, houve uma brutal aceleração de inclusão digital, ensino híbrido e conectividade. Professores precisaram desenvolver metodologias e competências em tecnologia digital", analisou a palestrante.

2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Thiago Pinto

Para finalizar, Cláudia Costin disse ser otimista, que sonha com uma escola onde todos aprendam, que tanto aluno como professores trabalhem colaborativamente, que o aluno aprenda a se reinventar, uma escola onde os saberes não estejam fragmentados, que ensine a pensar e a aprender, escola que reserve tempo e espaço para formar para a autonomia.

Presenças

Estiveram virtualmente presentes, o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Thiago Pinto; o juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência do TJMG e Superintendência da Ejef, Murilo Silvio de Abreu; a juíza coordenadora do Núcleo da Ejef de Poços de Caldas, Tânia Marina Azevedo Grandal Coelho, mediadora do evento, e a procuradora de justiça Elaine Martins Parise, responsável pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Juíza coordenadora do Núcleo da Ejef de Poços de Caldas, Tânia Marina Azevedo Grandal Coelho, mediadora do evento

Presenças

Estiveram virtualmente presentes, o 2º vice-presidente do TJMG e superintendente da Ejef, desembargador Thiago Pinto; o juiz auxiliar da 2ª Vice-Presidência do TJMG e Superintendência da Ejef, Murilo Silvio de Abreu; a juíza coordenadora do Núcleo da Ejef de Poços de Caldas, Tânia Marina Azevedo Grandal Coelho, mediadora do evento, e a procuradora de justiça Elaine Martins Parise, responsável pelo Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

Foto: Divulgação