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Loyola recebe exposição cultural criada por alunos da rede pública

“Invencionática”, inspirada em obras do poeta Manoel de Barros, está em cartaz no Colégio até o dia 04 de março

Uma discussão em sala de aula sobre o descarte irregular de lixo deu origem à mostra de arte baseada em reutilização e reciclagem. O resultado é de autoria dos alunos do Ensino Fundamental da Escola Municipal Prefeito Souza Lima, bairro Jardim Vitória. As esculturas de resíduos sólidos possuem vários formatos e representações autênticas de objetos. Todas estão em cartaz, com entrada franca, na Sala Portinari e no Passinho das Artes, espaços dedicados a exposições dentro do Loyola.

“Invencionática” é uma mostra que, em sua concepção, teve influência de um projeto do Colégio, chamado “Circuito Cultural”, de 2018, em que o objetivo era levar grandes exposições da instituição a várias escolas públicas da capital. A pedido da E. M. Prefeito Souza Lima, a instituição recebeu a mostra “Manoel de Barros: das raízes crianceiras às coisas olhadas de azul”, com poemas de Manoel de Barros que tratam da infância, da natureza e exploram aspectos cotidianos da existência. Esse contato dos alunos com a obra de Manoel de Barros potencializou a ideia desenvolvida pela professora da rede pública Kátia Archanjo, em 2018, responsável por “Invencionática”.

O contato entre as duas escolas vem ao encontro da proposta da educação jesuíta relacionada à formação para a Cidadania Global, seguida pelo Colégio Loyola. O conceito orienta sobre consciência, solidariedade e responsabilidade em um mundo cada vez mais interconectado local e globalmente. O intercâmbio entre as escolas pública e particular também é pautado pela promoção de uma educação de qualidade para todos, que busca, continuamente, formar pessoas solidárias e conscientes de seu lugar na sociedade e de responsabilidade com a sustentabilidade.

A mostra

Dentre as peças criadas pelos estudantes, estão um painel feito de assemblage (composição artística realizada pela colagem de diversos materiais), um livro ilustrado e um quadro em canvas, deste mesmo painel. As peças tridimensionais são compostas, em sua maioria, por objetos que foram descartados irregularmente em frente à escola municipal. Para Archanjo, além de ressaltar a importância da reutilização de resíduos sólidos, o trabalho ainda “proporciona o desenvolvimento de novas capacidades cognitivas e da expansão do olhar crítico e sensível às pessoas e objetos, tendo como ferramentas a arte, a literatura e a imaginação”.

Foto:Divulgação

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