Notícias

Verão Arte Contemporânea

Verão Arte Contemporânea oferece dois espetáculos teatrais em fevereiro Depois do seu lançamento, com a apresentação “Um Caminho” e do Salão QuasiArte, o Verão Arte Contemporânea prossegue depois do carnaval com os espetáculos “A Acusação”, do Grupo Oficcina Multimédia e “Dias Felizes –Suíte em 9 Movimentos”, da diretora Rita Clemente. No Teatro Francisco Nunes, “A Acusação” começa dia 27 de fevereiro, terça-feira, e fica em cartaz até o dia 4 de março, domingo. Dias Felizes estréia no Verão dia 28, quarta-feira, no Teatro Marília, e permanece também até o dia 4 de março. O espetáculo do Grupo Oficcina Multimédia é uma livre adaptação de O Processo, de Franz Kafka, com direção de Ione de Medeiros. Ele propõe contar a história de Josef K., um personagem anônimo que de repente se vê acuado e envolvido nas tramas de uma justiça sem rosto, por motivos que ele mesmo desconhece. Na peça, os atores manipulam bonecos e circulam por um cenário móvel, composto de estruturas metálicas, portas, escadas e adereços cênicos, numa referência à verticalidade da arquitetura urbana e à horizontalidade dos corredores da burocracia. “A Acusação” alterna diferentes linguagens artísticas em uma encenação multimeios, que reúne atores, bonecos, dança, material cênico, texto, e, ainda, mantém a permanente proposta do Grupo de integrar as artes. “Dias Felizes – Suíte em 9 Movimentos”, com texto de Samuel Beckett, é uma história de amor em que Winnie, uma senhora “enterrada” no chão, comanda o seu mundo de objetos e ilusões. O espetáculo, com a atriz e diretora Rita Clemente, estreou no Festival Temporales Internacionales do Chile, em julho de 2006 e foi apresentado em espanhol para cerca de 1.200 espectadores, em quatro localidades, tendo sessão extra na cidade sede do festival, Puerto Montt. Ele utiliza recursos musicais na linguagem teatral e seu cenário apresenta o máximo de simplicidade e simetria, proposição clara do autor, e toda a pesquisa é baseada em textura e cor. O Verão Arte Contemporânea, realizado pelo Grupo Oficcina Multimédia, tem a co-realização da Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Fundação Municipal de Cultura e integra artes cênicas, dança, música, cinema, literatura e artes plásticas. Sua programação vai até o dia 1º de abril, incluindo o Salão QuasiArte com entrada gratuita no saguão do Teatro Francisco Nunes. De terça a sábado, os espetáculos acontecem às 20h e aos domingos, às 19h, com ingressos a R$10,00 (inteira) e R$5,00 (meia entrada para maiores de 60 anos, menores de 18 e estudantes com carteira). Além das atrações, o público poderá encontrar-se com artistas no bar e no café dos teatros Marília e Francisco Nunes, que ficarão abertos das 17h às 22h. Informações para a imprensa pelos telefones 3277-4620 ou 3277-4621. A Acusação Grupo Oficcina Multimédia De 27 de fevereiro a 4 de março De terça-feira a sábado, às 20h. Domingo, às 19h Teatro Francisco Nunes Av. Afonso Pena, s/n (Parque Municipal) Dias Felizes - Suíte em 9 movimentos Rita Clemente De 28 de fevereiro a 4 de março De quarta-feira a sábado, às 20h. Domingo, às 19h Teatro Marília Av. Alfredo Balena, 586, Sta. Efigênia Ingressos R$10,00 (inteira) e R$5,00 (Meia-entrada para menores de 18 anos, maiores de 60 anos e estudantes mediante apresentação de documento). Informações www.oficcinamultimedia.com.br/veraoartecontemporanea.htm Imprensa 3277-4620 e 3277-4621 “JOSEF K, O SENHOR FOI CONSIDERADO CULPADO!!!” Grupo Oficcina Multimédia volta em cartaz com A ACUSAÇÃO, um reencontro com Kafka após 20 anos Espetáculo é uma livre adaptação de O Processo Evento: Espetáculo teatral A ACUSAÇÃO, direção Ione de Medeiros – Oficcina Multimédia Local: Teatro Francisco Nunes, Av. Afonso Pena s/n, Parque Municipal/Centro Data: 27 e 28 de fevereiro e 01,02,03 e 04 de março de 2007 Hora: Terça-feira a sábado, às 20 hs; domingo, às 19 hs Preço: R$ 10,00 (inteira) R$ 5,00 (meia entrada) Informações: 3277.6325 Patrocínio: USIMINAS Apoio: Lei Estadual de Incentivo à Cultura O Grupo Oficcina Multimédia volta em cartaz em Belo Horizonte com sua nova montagem – A ACUSAÇÃO, uma livre adaptação de O Processo, de Franz Kafka, com direção de Ione de Medeiros. Esse espetáculo alterna diferentes linguagens artísticas em uma encenação multimeios, que reúne atores, bonecos, dança, material cênico, texto, e, ainda, mantém a permanente proposta do Grupo de integrar as artes. A ACUSAÇÃO pretende revelar um mundo regido pela burocracia e pelas leis que vigiam uns e são ineficazes para outros. Em 1984, a Oficcina Multimédia produziu o espetáculo "K", montagem que levou para a cena música ao vivo, adereços circenses, trapézio e pernas de pau para dividir com o público a temática da repressão, passando por vários contos de Kafka. Em 2005, com a montagem de A Acusação, o grupo retomou a obra deste autor e busca em O Processo a base para contar a história de Josef K, um homem comum que, detido injustamente, vê-se de um dia para o outro engolido por uma engrenagem judicial arbitrária e inverossímil. No espetáculo atual, as cenas se desenvolvem em um cenário que reflete a arquitetura de uma paisagem urbana, com linhas verticais e longas diagonais, vias de acesso aos “box contemporâneos” – habitações miniaturizadas – que enfatizam a verticalidade típica das grandes metrópoles. Em algumas cenas, bonecos interagem com os atores, para representar a manipulação das pessoas pelo sistema. Segundo Ione de Medeiros, este complexo de formas que se entrecruzam em múltiplas combinações, é constituído por uma série de estruturas metálicas, presentes nos cubos superpostos, nas passarelas suspensas, nas escadas, com o objetivo de evidenciar a supremacia da matéria e o achatamento do indivíduo dentro da atual engrenagem social. “Enquanto os atores manipulam e transitam pelo cenário, subindo e descendo, ou correndo de um lado para o outro, desmantela-se a máquina repressora, latente nos diversos segmentos de nossa estrutura social. Nosso objetivo também é inserir na cena um caráter lúdico e divertido, contrapondo à sisudez da burocracia e às tensões dos corredores judiciais diante dos quais somos todos impotentes”, comenta Ione de Medeiros. A diretora lembra que para assimilar Kafka, não bastam as cenas nem as palavras. O espectador tem que se desprender da realidade “morna” e se deixar levar por um certo clima que situa a ineficácia da Justiça e a burocracia exagerada presentes no dia a dia, objetos kafkianos típicos. “O público tem que se deixar envolver por esse universo”, recomenda Ione. Estréia Nacional – A ACUSAÇÃO fez sua estréia nacional no 3º Festival do Teatro Brasileiro – Cena Mineira, realizado no mês de setembro de 2005 em Brasília/DF, no Teatro Nacional e se apresentou em Belo Horizonte dos dias 13 a 16 de outubro no Teatro SESIMINAS. O espetáculo conta com o importante trabalho do DJ paulista, Paulo Beto da ANVIL FX, que se inspirou em Bernard Herrmann para criar os climas densos da narrativa e do discurso e do humor sarcástico característico das obras do autor. A música acompanha o personagem no seu discurso dramático, e reforça a melancolia de um condenado sem nenhuma chance de se salvar. A iluminação de Davi Brito (com assistência de Richard Zaira e Joana D’Arc) também atua dramaticamente reforçando o caráter ilusionista da encenação. O Grupo – O Grupo Oficcina Multimédia, pertence à Fundação de Educação Artística desde 1977, quando foi criado pelo compositor argentino Rufo Herrera, que trouxe para Belo Horizonte a proposta de mesclar as diversas manifestações artísticas em um mesmo trabalho. Rufo dirigiu as primeiras montagens do Grupo, abrindo novas perspectivas para a linguagem cênica teatral em Minas Gerais. O espetáculo Sinfonia em Ré-fazer, de 1978, inaugurou a linguagem multimeios e, pela primeira vez, levou para o palco os instrumentos de Marco Antônio Guimarães (UAKTI) integrados ao texto, aos movimentos e aos materiais cênicos. A partir de 1983, Ione de Medeiros assumiu a direção do Multimédia e realizou diversos espetáculos, todos pautados na busca da integração das diversas formas de expressão. Destacam-se nessa trajetória, a TRILOGIA JOYCE (de 1989 a 1991): Navio-Noivo e Gaivotas, Epifanias, e Alicinações, além do espetáculo infanto-juvenil Happy Birthday to you, BaBACHdalghara, Zaac e Zenoel e A Casa de Bernarda Alba. Franz Kafka – “Franz Kafka nasceu em Praga a 3 de julho de 1883. Filho de um abastado comerciante judeu, Kafka cresceu sob as influências de três culturas: a judia, a tcheca e a alemã. (...) Suas obras conseguem formalizar e abrigar leituras totalmente relacionadas com a condição do ser humano moderno. O olhar kafkiano é direcionado para coisas como a opressão burocrática das instituições, a “justiça” e a fragilidade do homem comum frente a problemas cotidianos. (...) Para ler Kafka são necessários alguns cuidados especiais, entre eles: contar com uma certa atenção à maneira com que toda obra se constrói, principalmente, seus períodos; estar sempre consciente de que toda a criação literária de Kafka foi dolorida, feita com o intuito de não parecer bonita, de ser uma obra baseada na dor; ficar atento a todos os detalhes do texto, pois em Kafka, até as imperfeições são propositais. Segundo Theodor Adorno, até “as deformações em Kafka são precisas”. (...) Durante sua vida, Kafka nunca conseguiu grande fama com seus livros, porém, algum tempo depois de sua morte, no dia 3 de junho de 1924, em um sanatório perto de Viena, onte internara-se por causa de sua tuberculose, sua obra literária atingiria enorme influência sobre as pessoas, passando a ser cultuada por leitores de quase todo o planeta”. Renato Roschel FICHA TÉCNICA Direção: Ione de Medeiros Elenco: Escandar Alcici Curi, Fábbio Guimarães, Henrique Mourão, Jonnatha Horta Fortes, Leandro Acácio, Pedro Santana Assistência de Direção: Jonnatha Horta Fortes Preparação Corporal e Vocal: Leandro Acácio e Jonnatha Horta Fortes Roteiro, Concepção Cenográfica* e Figurino: Ione de Medeiros Assistência Cenográfica: Francisco Cesar Trilha Sonora: Paulo Beto – Anvil FX Iluminação: Davi de Brito Alves Assistência de Iluminação: Richard Zaira e Joana D’arc Bonecos e Adereços Cênicos: G.O.M. e Júnia Mellilo (Boneco Sósia) Voz em off: Walter Motta Ferreira Produção : G.O.M. Desenhos: Ione de Medeiros Fotos: Sérgio Martins Projeto Gráfico: Adriana Peliano *os cubos foram idealizados por José Otávio Cavalcanti para o espetáculo Querida Molly e readequados na concepção cênica deste espetáculo. COM ESTE ESPETÁCULO RENDEMOS HOMENAGEM À CIA. PIA FRAUS E À MEMÓRIA DO AMIGO BETO LIMA Patrocínio: USIMINAS Apoio: Lei Estadual de Incentivo à Cultura Espetáculo: DIAS FELIZES, de Samuel Beckett, com direção e atuação de Rita Clemente Duração: 60 min Local : Teatro Marília Período: 28/fevereiro a 04/março/2007 Horário: de quarta a sábado 20hs; domingo: 19hs Verão Arte Contemporânea Informações : Rita Clemente – 55 31 34610651 ou 55 31 87091034 “Dias Felizes” – Suíte em 9 movimentos”, com a atriz e diretora Rita Clemente estreou no Festival Temporales Internacionales do Chile, em julho de 2006. O espetáculo foi apresentado em espanhol para cerca de 1200 espectadores, em quatro localidades, tendo sessão extra na cidade sede do festival, Puerto Montt. RITA CLEMENTE Rita Clemente é, atualmente, um dos nomes mais importantes da cena teatral de Minas Gerais. Rita Clemente é graduada em Educação Artística (Licenciatura em Música) pela Universidade Estadual de Minas Gerais e em Artes Cênicas pela Fundação Clóvis Salgado (CEFAR - PALÁCIO DAS ARTES) onde lecionou, durante 10 anos, no Curso Técnico de Formação de Atores, as disciplinas de: Preparação Corporal, Improvisação e Interpretação. Também foi professora, das mesmas cadeiras, no Curso de Licenciatura em Artes Cênicas da Universidade Federal de Ouro Preto. Estréia como diretora em “Luas e Luas”, peça destinada ao público infantil, ganhadora do Prêmio Bonsucesso/Simparc, na categoria de Melhor Direção de Espetáculos para Crianças em 1995. Desde 1996 dirige, atua e produz vários espetáculos, assinando a concepção geral de suas peças, como atriz ou como diretora. Dirigiu, em 2004, a Cia Luna Lunera, no Projeto Cena 3x4, do Galpão Cine Horto, sob a orientação de Antônio Araújo e Luiz Alberto de Abreu. Atualmente, coordena o grupo de teatro O CLUBE. A montagem mais recente do grupo, o espetáculo “Dias de Verão”, estreou em 2004 e recebeu, em 2005, os prêmios SESC/SATED E USIMINAS/SIMPARC – na categoria de melhor direção de espetáculos adultos. Seu trabalho mais recente de direção foi com o grupo Espanca!, no espetáculo AMORES SURDOS. DIAS FELIZES Em DIAS FELIZES – SUITE EM 9 MOVIMETOS , Rita Clemente investiga mais uma vez este universo e reafirma seu interesse em utilizar recursos musicais na linguagem teatral. Nas montagens anteriores em que dirigiu e atuou – ‘O Inominável’ e ‘Enquanto Espera’, inspirados em textos de Becket, o interesse principal de Rita Clemente concentrou-se na apropriação dos recursos semânticos da forma SONATA para a composição das cenas. Pela primeira vez como diretora Rita faz um mergulho na forma musical. “O que me parece intrigante é submeter o texto ‘Dias Felizes’ de Samuel Beckett, a essa forma. Para os Becketianos de “carteirinha”, poderá parecer uma afronta, mas é clara a aproximação do texto com alguns pontos básicos do universo musical: Beckett apresenta um texto todo pontuado por suas rubricas como numa partitura musical - as pausas não são para o personagem se calar, como em geral são apresentadas num texto dramático. As pausas em ‘Dias Felizes’ indicam modulações, mudanças de ritmo - não se trata de meras indicações de intencionalidade ou de proposições para entendimento do texto – às vezes é isso também – mas é, fundamentalmente, sugestão para uma leitura rítmica e melódica da situação, porque nesta partitura o autor reforça a métrica tanto na palavra quanto no gesto”, investiga a diretora “o que quero não a representação do sentido do texto, é concretizar este sentido, deixar que ele apareça”. Outros deliciosos indícios da musicalidade de Beckett, segundo Rita, estão no texto propriamente dito. Winnie, a personagem central da peça, faz menção clara a uma canção que deve ser cantada pois, segundo a própria Winnie, existe ‘a hora certa de cantar, nem mais nem menos’ – metalinguagem indicativa da crítica ao musical. E, por fim, é o Tempo que está presente em todas as situações da peça, dirigindo o espetáculo. O tempo é este Deus imutável, do qual não se pode fugir – ‘o tempo é de Deus e meu...’, diz Winnie. Considerado um dos protagonistas, ele manifesta sua presença na relação de Winnie com os objetos: no espelho que lhe revela as rugas, no tubo de pasta de dentes que já está no fim, nas cerdas desgastadas da escova de dentes e em todos os elementos que repetidamente se reapresentam na cena. “É sobre o tempo que fala nossa personagem. E é com ele que ela dialoga. E a música, claro, a música parece flagrar o tempo com mais evidência. De certo modo, a música consegue capturar o tempo real e dar a ele novas dimensões, outros planos”, pontua. O espetáculo pode, tranqüilamente, ser incluído no gênero da tragicomédia musical. O cenário apresenta o máximo de simplicidade e simetria, proposição clara do autor, e toda a pesquisa é baseada em textura e cor. PINK FLYD Nessa montagem, a presença dos músicos que executam as canções ao vivo, representa também a importância do personagem WILLIE, em geral tido como secundário, mas nessa montagem Willie adquire importância: “... Sabe com o que é que eu sonho às vezes, sabe o que é que eu sonho Willie? - que você vem viver desse lado de cá, ao alcance dos meus olhos...” – diz Winnie a seu amado. E prossegue: “eu me transformaria numa outra mulher”, pontua a protagonista . São 04 músicos, quatro versões do antagonista de Winnie que, através da fusão de timbres (eletrônico e acústico) dialogam com o texto de Beckett estabelecendo uma relação ainda mais presente, mais concreta, onde este “corpo de sons” de que fala o escritor, possa se instaurar. A música de Pink Floyd apresenta características importantes que vão desde sua estrutura clássica e melódica até, paradoxalmente, arroubos dissonantes e ousados, tão a propósito para uma interpretação da obra Beckettiana. Aliado a isto, está a fascinante “forma concerto” que muito se assemelha às composições do Pink Floyd e que aqui, em “Dias Felizes – Suíte em 09 movimentos”, estrutura todo o espetáculo. O texto foi subdividido em 09 partes e não mais em dois atos mas ainda assim preservando o texto do autor: 1. _ “Sonho ao amanhecer” – Prelúdio. 2. – “O mundo de Winnie” – Capricho. 3. – “Há alguém além de mim” – Acalanto. 4. – “O que faço aqui?” – Fantasia. 5. – “De que são feitas as alegrias” – Scherzo. 6. – “Deus te abençoe, Willie” – Moteto. 7. – “Não me abandone” – Ária. 8. – “É quase o fim” – Vocalize. 9. – “E agora?...” – Ostinato. FICHA TÉCNICA Texto: Samuel Beckett Direção geral, concepção e atuação: Rita Clemente Roteiro adaptado: José Antônio Zille e Rita Clemente Direção Musical: Daniel Mariano Instrumentistas: Daniel de Moraes Quirino e Mateus Castelo Branco Preparação Vocal, regência e supervisão musical: Marisa Simões Gontijo Preparação Corporal (aikido): Vanessa Campos Iluminação: Richard Zaira Fotos: Bianca Aun Produção: Rita Clemente – o clube Produção executiva: Natália Barud

Selecionamos os melhores fornecedores de BH e região metropolitana para você realizar o seu evento.