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Artista paranaense Keila Alaver apresenta exposição na Galeria de Arte GTO

Exposição O Jardim da Pele de Pêssego reúne objetos decorativos das andanças da artista Os mais frívolos objetos decorativos produzidos em escala industrial atraíram a atenção da artista paranaense Keila Alaver em suas andanças pelo mundo. Este é o tema da próxima exposição que ocupará a Galeria de Arte GTO do Sesc Palladium. O Jardim da Pele de Pêssego estreia no espaço em 6 de março, às 19h (apenas para convidados e imprensa), e poderá ser conferida pelo público de 7 de março a 28 de abril (de terça-feira a domingo), das 9h às 21h, com entrada franca. É a primeira vez que a artista apresenta um trabalho em Belo Horizonte e a curadoria da exposição é assinada pelo artista e galerista Eduardo Brandão. As imagens de divulgação desta programação e de outras atividades do Sesc Minas podem ser baixadas aqui . A instalação O Jardim da Pele de Pêssego evidencia o emprego recorrente dos padrões e materiais decorativos na obra de Keila Alaver. Esse dado aparentemente mundano é, na realidade, indicativo do uso particular que a artista faz do espaço urbano e de seu interesse por um tipo específico de economia: Keila Alaver é uma andante e curiosa pelo capitalismo tardio made in China. No dia 5 de março, às 19h, como uma das atividades do Programa Educativo Sesc Palladium para essa exposição, será ministrada ao público uma oficina de criação a partir da técnica da construção. As pessoas receberão orientação da própria Keila e serão incentivadas a trabalhar elegendo seus próprios interesses entre as possibilidades oferecidas, propondo uma vivência próxima a de um artista no momento de criação. Essa atividade é gratuita e os interessados deverão se inscrever até o dia 04/03, enviando nome completo e telefone de contato para [email protected]. O JARDIM DA PELE DE PÊSSEGO Esta exposição mostra uma parte da pesquisa feita com objetos não funcionais, cuidadosamente selecionados ao longo dos anos, que podem ser encontrados na casa da artista, o que prova uma perambulação constante por estabelecimentos comerciais especializados em determinados tipos de objetos de gosto popular, produzidos em escala industrial, largamente rejeitados pelas classes mais abastadas. As formas mutantes, que combinam partes de diferentes animais, como águias, porcos, caracóis ou cisnes, com galhos, conchas e outros elementos da natureza, não são nada menos que colagens e sobreposições formadas por figuras de isopor pré-moldadas, adquiridas em uma loja especializada em artigos para festas. São posteriormente recobertas com uma penugem verde ou castanha através do uso da flocagem, técnica artesanal de baixo custo que serve para aveludar diferentes tipos de superfícies, induzindo ideias de valor e sofisticação. O Jardim da Pele de Pêssego é, portanto, um jardim essencialmente tropical, formado por elementos excessivos e inúteis que se recusam a obedecer à lógica e ao rigor do cartesianismo europeu. Um jardim que cresce desordenadamente, desnecessariamente, movido apenas pelo desejo egoísta e perdulário de embelezar seu entorno e alheio às discussões esclarecidas e politicamente corretas sobre a redução da emissão de carbono ou a exploração dos trabalhadores asiáticos. E assim segue tomando o espaço, gerando formas bizarras, grotescas e absolutamente irresistíveis, crescendo proporcionalmente ao poder aquisitivo das populações dos países BRIC – Brasil, Rússia, Índia e China. KEILA ALAVER Nascida em 1970, na cidade de Londrina/PR, Keila Alaver se formou em Artes Plásticas pela Fundação Armando Álvares Penteado (FAAP), e hoje vive e trabalha em São Paulo. Suas obras variam entre pinturas, esculturas e fotografias, marcadas pela inserção da figura humana em contextos sociais ou arquitetônicos, recortes (muitas vezes indicados por estampas, volumes ou mídias diferentes), além da exploração dos limites da imagem bidimensional. Atualmente trabalha no departamento educacional do Museu de Arte de São Paulo. Já teve seis exposições individuais na cidade de São Paulo, nos espaços: Galeria Luisa Strina, Galeria Vermelho e Sesc Pompeia. Participou de diversas exposições coletivas em galerias e espaços de São Paulo, Curitiba, Salvador, Niterói, Rio de Janeiro, Recife, Porto Alegre, Londrina e na Venezuela. Em 2005 fez residência artística em Nova York. CURADORIA DE EDUARDO BRANDÃO Eduardo Brandão cursou fotografia no Brooks Institute of Photography, em Santa Barbara/Califórnia. De 1991 a 2004, trabalhou como editor de fotografia e arte das revistas da Folha de São Paulo. Foi professor de fotografia no curso de Artes Plásticas da EAV Parque Lage/RJ, de 1989 a 1992; e da Fundação Armando Alvares Penteado (FAAP), de 1995 a 2007. Atua como curador independente e é sócio-proprietário da Galeria Vermelho, em São Paulo, desde 2002. Curou, entre outras mostras, Iconógrafos (1991) no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM); Horizonte Reflexivo (1998) no Centro Cultural Light/SP; Sob Medida (1999) no Espaço Porto Seguro de Fotografia; Imagética (2003) no Museu Metropolitana de Arte de Curitiba (MUMA); Histórias de mapas, piratas e tesouros (2010) no Itaú Cultural/SP; Marcados Para – Claudia Andujar (2011), no Centro da Cultura Judaica/SP. Site: http://www.sescmg.com.br

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