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“Viola de Feira” Mostra o universo da Viola Caipira Segunda edição * Bilora convida Letícia Leal 25/março às 11h

O projeto “Viola de Feira”, uma produção da Picuá Produções Artísticas, dá sequência à sua segunda edição com o show “Bilora convida Letícia Leal” no domingo, 25/março às 11h no Centro Cultural Padre Eustáquio. O projeto pretende fomentar e difundir a viola caipira, realizando shows mensais no Centro Cultural Padre Eustáquio, no último domingo do mês sempre às 11h. Localizada em um ponto estratégico que atende toda a região noroeste, anexo ao Centro Cultural se encontra a Feira Coberta, um tradicional ponto de encontro dos belo-horizontinos, uma ótima oportunidade para os feirantes e o público que está em compras ter contato com a verdadeira cultura de raiz.

Este projeto foi realizado com recursos da Lei de Incentivo à Cultura de Belo Horizonte. Fundação Municipal de Cultura. Projeto nº 288/2015 e patrocínio do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais - BDMG e Impacto Conservação e Limpeza Ltda, através da Lei Municipal de Incentivo à Cultura. Com este projeto pretendemos realizar seis apresentações musicais, com violeiros e cantores mineiros. Cada violeiro receberá um artista convidado, de forma a estabelecer um vínculo cultural e possibilitar o diálogo com a música brasileira.

O público será presenteado com um repertório variado, com canções autorais e peças da cultura popular brasileira. Este projeto possibilita, sem dúvida, um leque de opções, de encontros e trocas culturais, jogando um facho de luz sobre a cultura brasileira.

Para que a arte de pintar também faça parte do Viola de Feira, o cenário dos espetáculos foi pintado pela artista plástica Marina Jardim durante a primeira edição do projeto no dia 25 de fevereiro.

Bilora

Bilora apresentará seu show interativo de viola e voz, “Viola que ri e que chora”, acompanhado de violão e vocais de André Oliveira. O violeiro estabelece um diálogo com o público, mesclando o som de sua viola caipira com suas letras, ora irreverentes outras poéticas, intimistas. Ativa a participação do público nos refrões de fácil aprendizagem, brinca e levanta risadas e mexe com o lado sentimental.

Bilora nasceu em Santa Helena de Minas, Vale do Mucuri, MG, divisa com o sul da Bahia e com o Vale do Jequitinhonha. Viveu na região em contato com a cultura popular: folias, batuques, cantigas de roda, contradanças, festas juninas, cordéis, etc. Atualmente reside em Contagem, MG. Formado em Letras, atuou por 10 anos como professor de Língua Portuguesa e Literatura Brasileira e por 3 anos como instrutor de Oficina de Música no interior de Minas. Atua na música desde 1990.

É um dos compositores mais premiados em festivais da canção pelo Brasil, em cidades de Minas Gerais, São Paulo, Paraná, Bahia, Goiás, Rio Grande do Sul, Rio de Janeiro e Goiás. Citando alguns: *premiado no Canta Minas- 95 com três prêmios (Organizado pela Rede Globo Minas); Vencedor das duas edições do festival “Canto das Águas” de Três Marias, MG em 2008 e 2010; vencedor da FAMPOP, Avaré, SP, em 2005. Cerca de 140 prêmios no total. O prêmio mais notável foi o 3º lugar com a música "Tempo das Águas" no Festival da Música Brasileira de 2000, organizado pela Rede Globo. Em 2014, foi o vencedor do Festival de MPB de Ilha Solteira, SP. Em 2005, foi um dos selecionados no Festival de Música da TV Cultura, com a música "Sertão Urbano". Em 2011, foi um dos selecionados no Projeto Música Minas Intercâmbio Internacional para show em Buenos Aires, Argentina.

Gravou 4 cds: De Viola e Coração, Tempo das Águas, Nas Entrelinhas e o mais recente “Balanciô” com composições voltadas para sua região natal e com participações da comunidade de onde nasceu, do seu filho Djavan Carvalho (Djah) e de índios Maxakali. Este cd recebeu o “Prêmio Rozini de Excelência da Viola Caipira 2013”, como Melhor CD de viola do ano. Bilora tem músicas gravadas por variados músicos, grupos, corais e orquestras do país. Tem músicas incluídas em dezenas de cds coletivos. É um dos violeiros do projeto VivaViola - Sessenta Cordas em Movimento, de muito sucesso de público e crítica em Minas desde 2008. Integrou o projeto “Causos e Violas das Gerais” do SESC/MG, que percorre o interior do estado de Minas com shows, desde 2003. Bilora é um compositor que preza pelo valor poético de suas letras juntando-as ao universo da cultura popular e da viola caipira.

Letícia Leal

Cantora, compositora e instrumentista, Letícia nos mostra como é possível colocar um instrumento tido como antigo em um cenário atual. Do sertão à cidade, do clássico ao contemporâneo: A viola de 10 cordas é o meio, onde as tantas vertentes do nosso Brasil se sobressaem. Mineira natural de Teófilo Otoni-MG, prepara agora seu primeiro trabalho autoral a ser ainda lançado. Compõe o Duo de Violas junto do violeiro Caio de Souza e o Projeto Rabiola com o rabequeiro Rodrigo Salvador, onde trabalham as músicas da cultura popular em rabeca e viola de 10 cordas, ambos os grupos de música instrumental. É ainda maestrina da Orquestra de Viola Caipira em BH/MG, onde promove a disseminação do cancioneiro popular por meio do instrumento.

O show traz um passeio pelo nosso Brasil, onde o baião se destaca, trazendo canções tão aclamadas pelos anos, com composições de João do Vale, Luiz Gonzaga e Humberto Teixeira, Dominguinhos e claro, outros tantos compositores que fizeram a história da música brasileira, como Almir Sater e Hermeto Pascoal, além da própria Letícia Leal e do Fernando Sodré. A mistura de timbres e de sons fica a cargo do piano de Matheus Ribeiro. Claro não vai faltar a brincadeira entre os dois violeiros do evento, onde eles trazem canções do cancioneiro caipira para agraciar o público em uma bela execução.

Matheus Ribeiro é músico, formado em piano pela UEMG. Integrante do Duo Vera Cruz e do Grupo Irepó, ambos grupos de música instrumental com ênfase em ritmos brasileiros e influências do jazz, onde toca piano e acordeon. Atua na capital mineira há mais de 15 anos e já tocou com vários ícones da cena musical do estado.

Foto: Israel de Oliveira

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