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Comunidade Judaica celebra o Pessach, a Páscoa Judaica

Na noite de 18 de abril, cerca de 120 mil judeus de todo o país dão início às comemorações do Pessach, a Páscoa Judaica, celebração que marca a libertação do povo judeu da escravidão no Egito (que ocorreu por volta de 1300 A.C.). O Pessach é comemorado por oito dias, e durante esse período é proibido comer, beber ou ter posse de qualquer alimento fermentado, substituindo-se o pão e seus derivados por um pão ázimo e sem fermento chamado “matzá”, que relembra o Êxodo, quando o Povo de Israel fugiu do Egito, e não houve tempo para o pão fermentar. A celebração é marcada por dois jantares em dias seguidos, nos quais é lida na “Hagadá” (narração) a história da Páscoa Judaica, estimulando a participação das crianças da família. Os judeus têm por mandamento narrar às futuras gerações a libertação do Egito. “A liberdade tem para o povo judeu um valor supremo. Na maioria de nossas rezas, recordamos a saída do Egito como uma das maiores realizações de liberdade, não só física como espiritual”, disse Claudio Lottenberg, presidente da Conib. Segundo Marcos Brafman, Presidente da FISEMG – Federação Israelita do Estado de Minas Gerais, “a liberdade, em todas as suas dimensões, é uma das características marcantes dos valores judaicos razão pela qual a celebração do Pessach é tão importante”. Conheça a simbologia dos alimentos do Pessach Matzá – alimento básico da festa, é uma espécie de bolacha não fermentada feita de farinha de trigo e água, sem sal nem açúcar. Como observa o rabino Pinchas Stolper, o pão é considerado o alimento básico, mas a matzá é o pão mais básico ainda, a comida mais simples feita pelo homem. A matzá inclui a mistura dos três elementos essenciais que definem o homem civilizado: grão, água e fogo. Ela representa também o pão da miséria que foi comido pelos judeus na terra do Egito e desperta a consciência de que ainda há muitas pessoas desprivilegiadas em nossa época. Quando comemos matzá, interiorizamos a humildade. Zroá - Pedaço de osso de cordeiro ou galinha grelhado - simboliza o poder com que Deus tirou os judeus do Egito e recorda o carneiro pascal, que era sacrificado no Templo de Jerusalém. Maror - Raiz forte - erva amarga que remete ao sofrimento dos judeus escravos no Egito. Charosset - Mistura de nozes, canela, cravo, passas, maçã e vinho tinto- representa a argamassa com a qual os judeus trabalhavam na construção das edificações do faraó. Ainda que lembre o trabalho escravo, sua doçura traz a esperança de liberdade. Beitzá - Ovo cozido – Depois da destruição do Segundo Templo em Jerusalém, pelos romanos, tornou-se impossível celebrar os sacrifícios do Pessach. O ovo os substituiu e serve de lembrança aos antigos sacrifícios. Karpass – Salsão - a verdura molhada em vinagre ou água salgada representa as lágrimas derramadas pelos judeus no Egito. Os alimentos são colocados em um prato especial (“keará”) em frente ao lugar do chefe da família. Ao lado, coloca-se uma vasilha com água salgada, para lembrar as lágrimas derramadas durante o período de escravidão. Nessa água, devem ser molhadas todas as verduras antes de serem levadas à boca.

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