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“In Sane Days”: primeiro single da banda mineira Dada Hotel convida o ouvinte a abraçar a canção

Lançada nesta quinta-feira (15), na web, música integra o álbum “Dilúvio/Deserto”, que sai nos próximos meses;

Sane Days” é o primeiro cartão de visita do Dada Hotel, banda que se prepara para lançar seu disco de estreia, “Dilúvio/Deserto”, nos próximos meses. Disponibilizada nas plataformas digitais nesta quinta-feira (15), a faixa sintetiza a estética sonora do grupo idealizado por Fabio Walter (alter ego do mineiro Fábio Corrêa) junto a Marcus Soares (baixo) e Victor Piva Schiavon (bateria), que passeia entre o rock alternativo, o eletrônico, o pop e o pós-punk. A canção também ganhou um videoclipe gravado e editado por Correa, que aborda na letra a relação das pessoas com seus demônios nestes tempos bicudos. Além de cantar, tocar guitarra e assinar as composições, o músico gravou teclados, sintetizadores e ainda produziu o disco com Fabrício Galvani (Estúdio Casa Antiga), que também foi responsável pela mixagem e pela masterização.


“Eu tentei falar sobre coisas pesadas, mas de forma irônica. Também busquei fazer um som diferente, esquisito, mas com uma pegada radiofônica. Uma estrutura simples, que todo mundo entende”, explica Fabio, que também é jornalista. “A letra fala sobre assumir os próprios demônios, aquele seu lado que não é tão bonito. A gente só assume nossos próprios BOs quando se coloca por inteiro. E pode ser tranquilo viver com os nossos paradoxos, com o dilúvio e o deserto. Viver dias sãos, mas que podem ser insanos. Viver o seu demônio no ônibus lotado, na fila do banco, e ter que suportar ele; mas também poder tomar uma cerveja com ele, à noite”, reflete.


Segundo o músico, “In Sane Days” foi uma das primeiras canções que ele compôs para a banda Parana Avenue, embrião da Dada Hotel. “Ela era uma música em inglês, que tinha uma onda mais pós-punk. Como eu precisava de uma música para completar o disco, a resgatei. Reescrevi a letra, falando as mesmas coisas, em português. Só o refrão que não consegui mudar. Modéstia à parte ficou bem melhor do que se eu tivesse mantido em inglês. Ainda bem que ela entrou. É uma música muito interessante. Melódica, irônica, potente. Tanto que virou o primeiro single”.


Na sequência, devem sair outros dois ou três singles, todos com lyric videos ou clipes, como no caso de “In Sane Days”. O videoclipe traz imagens ruidosas, com estética lo-fi, de Fabio e sua companheira, Soraya Belusi, dançando e encarando a câmera. “Eu tinha várias ideias para o vídeo. Ia usar imagens de uns livros de hipnose, com a gente dançando por cima. Mas gravamos um take e quando eu vi achei tão legal e representativo. A gente dança meio torto, interagindo com a tela, porque está se vendo na câmera. Tem a ver com este momento, em que não podemos sair para dançar, então dançamos em casa, de frente para a tela. Dias insanos, mas que podem ser dias sãos, também”, afirma. “Quando vi o vídeo, pensei: ‘eu já tenho o clipe’”.


A próxima faixa a sair é “Ninguém” e, depois, a faixa-título, “Dilúvio/Deserto”. “É uma música instrumental que eu compus em casa, numa tarde em que choveu muito em Belo Horizonte, que é uma cidade que tem só duas estações, dilúvio e deserto. De cinco a sete meses sem chuva nenhuma, tempo seco, sol, rinite; e os outros meses de muita chuva. Comecei a pensar nisso como um conceito, como uma forma de expressão da própria cidade. Quase como se fosse o yin-yang dos belo-horizontinos. E dá para ir além, já que todo mundo passa por momentos de dilúvio e deserto na vida”, reflete. “Acho que o mesmo acontece com o disco. As músicas também seguem esse fluxo. De muito e pouco. De certa forma, tudo vai passar e vai ficar”.

Dada Hotel – “In Sane Days”

à Escute “In Sane Days” nas plataformas digitais

à Assista ao clipe de “In Sane Days”

Mais. Dada Hotel no Instagram

Foto: Alexandre Mota

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