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Com o início da pandemia, a bióloga Joana Heine Coutinho perdeu grande parte da renda, que vinha da prestação de serviços de consultoria nas áreas de meio ambiente e direito minerário. Somado a isso, havia o desafio de ter os dois filhos em casa, em tempo integral: Mateus, de 11 anos, estava em fase de adaptação às aulas virtuais e Júlia, de 4, tinha interrompido a iniciação na pré-escola.

Tentando encontrar uma alternativa que tornasse a rotina mais confortável para toda a família, Joana, que sempre gostou da vida interiorana, resolveu se mudar para um pequeno sítio em Piedade do Paraopeba, distrito de Brumadinho. “Lá as crianças conseguem ficar livres e eu cuido das minhas paixões, minha horta e meus animais”, explica.

A partir daí, a questão seguinte foi o reestabelecimento da renda. Como sempre adorou cozinhar, Joana uniu a habilidade com a necessidade e, assim, nasceu a Congelados Gourmet, em fevereiro de 2021. “Via delivery, vendo refeições congeladas feitas artesanalmente. A ideia é levar para a mesa de outras famílias comida artesanal, saborosa e feita com muito carinho. O cardápio conta com empadões, massas e molhos deliciosos e, a cada dia, a empresa cresce mais”, conta.

Desafios de empreender em meio à pandemia

Trabalhando pela primeira vez como microempreendedora individual (MEI), Joana fala sobre os desafios que enfrenta como dona de um negócio. Ela explica que ainda precisa aprender a utilizar o marketing digital de forma correta para divulgar os produtos, a pensar em como minimizar o contato entre entregadores e clientes para protegê-los, além de criar mecanismos para impulsionar as vendas por meio de promoções, fidelizações e de cardápios especiais em datas comemorativas.

Conciliar os papéis de mãe e empreendedora é difícil, mas é possível, segundo Joana. Para ela, entre as principais dificuldades está equilibrar as necessidades das crianças, a rotina das tarefas domésticas e as demandas da empresa, que vão além da fabricação de produtos, com atividades como divulgação e agendamento de entregas.

Ainda assim, ela ressalta as compensações da decisão de empreender. “É extremamente gratificante poder passar um tempo maior e de qualidade com meus filhos, trabalhar em horário flexível e, na maioria das vezes, determinado por mim, além de morar um pouco mais afastada da cidade, onde as crianças têm espaço livre para brincar”, comemora.

“Não ter uma renda mensal fixa é um ponto que ainda considero negativo. Mas, de uma forma geral, tem sido uma jornada de muitos aprendizados”, finaliza.

Fique por dentro das ações desenvolvidas na região de Brumadinho para os pequenos negócios acessando brumadinho.sebraemg.com.br/.

Saiba mais: 

Estudo do Sebrae Minas mostra que mães empreendedoras são as mais impactadas pela pandemia. A sobrecarga com os afazeres domésticos levou 33% das mulheres com filhos a reduzirem o tempo dedicado aos negócios, contra 24% dos pais. Acesse ao release disponibilizado na Agência Sebrae de Notícias.

Foto: Divulgação