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FILARMÔNICA DE MINAS GERAIS LANÇA SUA ACADEMIA DE MÚSICA E ABRE EDITAL PARA FORMAÇÃO DE INSTRUMENTISTAS DE ORQUESTRA

Parceria do Instituto Cultural Filarmônica com o Instituto Cultural Vale beneficiará profissionais mineiros de 15 a 30 anos

Um sonho que vem desde a fundação da Filarmônica de Minas Gerais é a criação da sua Academia de Música, destinada à formação específica de instrumentistas para a atuação profissional em orquestras. E por que isso? Quem nos conta é o maestro Fabio Mechetti, Diretor Artístico e Regente Titular da Orquestra, idealizador de mais essa iniciativa, destinada a profissionais de 15 a 30 anos e parte do Programa Vale Música: “Entre a formação individual, ou mesmo universitária, desses músicos, há grande lacuna no que se refere à formação direcionada ao exercício competente da função de um músico profissional sinfônico”. O edital da Academia Filarmônica será aberto no dia 17 de maio e seguirá até 6 de julho. Serão 17 vagas destinadas a instrumentistas residentes em Minas Gerais. Tanto o edital, como o formulário de inscrição e o repertório exigido para a inscrição estarão disponíveis no site da Orquestra, no endereço fil.mg/academiafilarmonica.

Segundo Mechetti, a Filarmônica de Minas Gerais teve a “oportunidade histórica” de ser uma das poucas orquestras mundiais construídas, praticamente, do zero. “Em função disso, foi necessário, especialmente em 2008 e 2009 – primeiros anos da Orquestra –, realizar audições para preenchimento de mais de cinquenta vagas de músicos profissionais. Naquele processo, constatamos o imenso talento dos jovens músicos brasileiros, mas, também, o despreparo técnico de muitos deles para o trabalho em orquestra. A Osesp também constatou isso em sua reestruturação, há duas décadas. O processo de formação da Filarmônica de Minas Gerais só veio confirmar essa questão”.

O tempo passou, a Filarmônica passou a integrar o time de orquestras parceiras do Programa Vale Música em 2020 e, em 2021, será possível concretizar este importante objetivo da Filarmônica de Minas Gerais. “Ficamos muito felizes por, agora, graças ao indispensável patrocínio do Instituto Cultural Vale, darmos vida a esse sonho antigo, com o anúncio da formação da Academia Filarmônica, visando, exatamente, suprir essa lacuna tão importante na vida profissional dos músicos”, destaca Mechetti. Nos próximos meses, será implementada uma série de ações para identificar talentos musicais a serem trabalhados. “Desenvolveremos um trabalho sério e contínuo, que vem a complementar as inúmeras propostas educacionais da Filarmônica”, completa.

Entre os programas educacionais da Filarmônica de Minas Gerais, realizados desde a criação da Orquestra, estão o Festival Tinta Fresca, que tem o objetivo de fomentar a criação musical sinfônica, divulgar e estimular jovens compositores brasileiros (as 10 edições do Festival tiveram 312 inscritos e 89 finalistas, gerando a estreia mundial de 97 obras inéditas), e o Laboratório de Regência, iniciativa pioneira no Brasil que possibilita a jovens regentes ter, sob sua batuta, uma orquestra profissional e aprender, na prática, os desafios da regência (em 11 edições, participaram do Laboratório 152 maestros, sendo que 44 conduziram a Filarmônica nos concertos de encerramento). A Orquestra realiza, também, os Concertos Didáticos, dirigido a alunos dos ensinos médio e fundamental, jovens adultos e instituições sociais. Os Didáticos recebem, a cada temporada, cerca de 7 mil alunos de escolas públicas e privadas.

Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais e Instituto Cultural Vale, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal. Apoio: Programa Amigos da Filarmônica.

A Academia Filarmônica integra o Programa Vale Música, em que a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, em parceria com o Instituto Cultural Vale, atuará na formação qualificada de jovens músicos, abrindo oportunidades para que estejam preparados para ingressar em grandes orquestras.

 

Celeiros de novos artistas

A Academia Filarmônica integrará a plataforma educacional do Instituto Cultural Filarmônica e vem possibilitar o aprimoramento técnico-musical de músicos de elevado potencial artístico, residentes em Minas Gerais, por meio do ensino de excelência, com vistas à prática sinfônica. Assim, será possível criar, no Estado, um curso de referência para formação de músicos qualificados, que terão mais oportunidades de ingresso no mercado de trabalho das orquestras profissionais do país.

Desenvolvido a partir de padrões implementados em importantes orquestras internacionais, o projeto prezará pelo aprimoramento cultural necessário aos alunos para o exercício da profissão em orquestras de qualidade, respeitando a diversidade de níveis de informação e as habilidades de seus participantes.

 

Sala Minas Gerais e Academia Filarmônica

Com a Sala Minas Gerais, a Orquestra conta com estrutura necessária a ampliar sua contribuição à formação e à produção musical de Minas Gerais, por meio da criação da Academia Filarmônica. “No Brasil, não temos número suficiente de músicos qualificados para algumas posições. Com a Academia, a Orquestra pode ajudar, pois será possível acolher os jovens talentos que estão por aí, habilitados e pensando seriamente na carreira, além de viabilizar os instrumentos necessários para que possam desenvolver sua aptidão”, comenta o maestro, ao destacar que os músicos da própria Filarmônica serão os professores da Academia.

 

Parceria e Investimento

“Diferentemente do entretenimento, a cultura é o que enraíza, cria laços de pertencimento e permanência no tempo. A Filarmônica de Minas Gerais se orgulha da parceria com a Vale, uma empresa que entendeu este conceito, apoiando um projeto que visa somar valor, tocar sensibilidades e, acima de tudo, ampliar as capacidades, pela educação e formação musical. Com a Academia Filarmônica, a Vale nos ajuda a estabelecer, ainda mais, as bases do legado cultural que há 13 anos estamos construindo, abrindo ao jovem músico um futuro mais promissor, um horizonte de empregabilidade pela música de concerto que, como toda arte, transforma e emancipa as comunidades onde ela se faz presente.” Diomar Silveira, Diretor-Presidente do Instituto Cultural Filarmônica.

“Acreditamos no poder transformador da cultura e no potencial da juventude do nosso país. É uma honra para nós, do Instituto Cultural Vale, ter a Academia Filarmônica como parte do Programa Vale Música, que integra as grandes orquestras aos núcleos de formação musical, dando oportunidades para crianças, adolescentes e jovens brasileiros. Que seja um sucesso!” Christiana Saldanha, Gerente do Instituto Cultural Vale.

 

Como funcionará a Academia Filarmônica

Para o ingresso na Academia Filarmônica serão aceitos instrumentistas com idade entre 15 e 30 anos, residentes em Minas Gerais. As inscrições poderão ser feitas entre os dias 17 de maio e 06 de julho de 2021, somente online. O edital, o formulário de inscrição e o repertório estão disponíveis no site da Filarmônica, no endereço fil.mg/academiafilarmonica. Dúvidas podem ser esclarecidas pelo e-mail [email protected].

Todos os jovens músicos selecionados para a Academia Filarmônica receberão bolsa-auxílio no valor de R$ 1.500,00 (um mil e quinhentos reais), a fim de contribuir com despesas pessoais relativas a transporte, alimentação e manutenção do instrumento.

 

Eis os objetivos do projeto:

Possibilitar o aperfeiçoamento técnico-artístico de jovens músicos, com vistas à realização de práticas de desempenho profissional de alto nível;

Aprimorar a capacidade de ler partituras, assim como de tomar decisões interpretativas e técnicas a partir da compreensão das estruturas musicais em discursos composicionais diversos;

Desenvolver o ouvido harmônico, para adquirir a capacidade de se situar no contexto de uma obra orquestral.

 

Conteúdo programático

A Academia Filarmônica oferecerá dois currículos complementares, dentro de uma proposta híbrida: virtual e presencial, tendo como objetivo a formação do músico sob o ponto de vista dos conhecimentos teórico-práticos e do aprimoramento cultural necessários a exercer a profissão em orquestras de qualidade. A formação do músico profissional implica treinamentos que levam à sua autonomia progressiva quanto à compreensão da partitura, sob todos os aspectos, e à sua realização.

O processo pedagógico de formação incluirá cursos paralelos, que venham a enriquecer e reforçar o preparo técnico, com a exposição do músico a outras áreas do conhecimento musical, como teoria, harmonia, percepção, contraponto, história da música e análise musical. Para tanto, as atividades educacionais serão distribuídas dentre os seguintes conteúdos:

Aulas individuais e coletivas: a formação do músico de orquestra será primordialmente focada em sua habilidade como instrumentista. Consequentemente, todas as disciplinas deverão ter foco na prática de domínio técnico do respectivo instrumento. Diante disso, as metodologias didáticas se basearão, majoritariamente, na realização de aulas semanais com profissionais da Filarmônica de Minas Gerais, em dois formatos: aulas individuais de instrumento e masterclasses.

Análise musical: treinar a análise de obras (morfológica e harmônica), visando fornecer ao aluno uma visão dos processos composicionais mais frequentemente empregados pelos compositores, municiando-o de ferramentas que o capacitem a formular suas próprias interpretações musicais.

História da música: analisar, por meio da apreciação auditiva e visual, usos e funções da música em seus contextos de produção, relacionando as práticas musicais às diferentes dimensões da vida cultural, histórica, estética e ética. Além disso, pretende-se educar o ouvido e esclarecer dúvidas quanto a estilos musicais, andamentos e formas de interpretação.

Percepção musical: treinar a percepção sobre os elementos constitutivos da música (altura, intensidade, timbre, melodia, ritmo etc.), visando o desenvolvimento da leitura rítmico-melódica e da identificação e da compreensão de diferentes formas de registro musical (tradicional e contemporânea) e a execução de estruturas rítmicas complexas.

Seminários: o Plano Pedagógico da Academia Filarmônica prevê cursos de conteúdo complementar, com carga horária e periodicidade em aberto. Dentre as temáticas sugeridas, figuram Tópicos de História da Música, Estética e estilística comparada. Para realização dos seminários, serão convocados professores especialistas nos tópicos abordados, com reconhecida experiência profissional.

Música de câmara: tocar em uma orquestra é fazer música de câmara em larga escala. A disciplina Música de Câmara abordará a interpretação musical em diversas formações sob variadas óticas, tais como sincronismo, equilíbrio e dinâmica. Além disso, irá ampliar o conhecimento acerca da literatura camerística a partir da escolha e do estudo de diferentes repertórios.

 

Avaliação

Os bolsistas serão permanentemente avaliados pelo seu empenho nas atividades e no desenvolvimento por eles alcançados dentro da Academia. As avaliações serão realizadas pela coordenação do projeto e pelo professor ou pelos professores designados a orientar e acompanhar, individualmente, cada aluno.

 

Realização das aulas

O modelo da Academia Filarmônica priorizará aulas individuais via internet, enquanto durar a pandemia da covid-19, migrando para um modelo presencial assim que possível, de modo a permitir que algumas atividades sejam realizadas na Sala Minas Gerais, enquanto outras ainda serão organizadas de forma online. Em todos os casos, a profissionalização dos estudantes será o foco, o que significa intensa atividade presencial de contato direto entre professor e aluno, dando condições para que eles possam realizar provas e apresentações solo ou em grupos de câmara.

 

Sobre a Filarmônica de Minas Gerais

A Orquestra Filarmônica de Minas Gerais foi fundada em 2008 e tornou-se referência no Brasil e no mundo por sua excelência artística e vigorosa programação. Conduzida pelo seu Diretor Artístico e Regente Titular, Fabio Mechetti, a Orquestra é composta por 90 músicos de todas as partes do Brasil, Europa, Ásia e das Américas. O grupo recebeu numerosos menções e prêmios, entre eles o Grande Prêmio da Revista CONCERTO em 2020 e 2015, o Prêmio Carlos Gomes de Melhor Orquestra Brasileira em 2012 e o Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Artes (APCA) em 2010 como o Melhor Grupo de Música Clássica do Ano. O CD Almeida Prado – obras para piano e orquestra, com Fabio Mechetti e Sonia Rubinsky, lançado em 2020 pelo selo internacional Naxos em parceria com o Itamaraty, foi indicado ao Grammy Latino 2020. A recente premiação dada pela Revista Concerto teve como tema “Reinvenção na Pandemia” e destacou as transmissões ao vivo de concertos realizadas pela Filarmônica em 2020, em sua Maratona Beethoven, e ações educacionais como a Academia Virtual.

Suas apresentações regulares acontecem na Sala Minas Gerais, em Belo Horizonte, em cinco séries de assinatura em que são interpretadas grandes obras do repertório sinfônico, com convidados de destaque no cenário da música orquestral. Tendo a aproximação com novos ouvintes como um de seus nortes artísticos, a Orquestra também traz à cidade uma sólida programação gratuita – são os Concertos para a Juventude, os Clássicos na Praça, os Concertos de Câmara e os concertos de encerramento do Festival Tinta Fresca e do Laboratório de Regência. Para as crianças e adolescentes, a Filarmônica dedica os Concertos Didáticos, em que mostra os primeiros passos para apreciar a música de concerto. Além disso, desde 2008, várias cidades receberam a Orquestra, de Norte a Sul, passando também pelas regiões Leste, Alto Paranaíba, Central e Triângulo.

A Orquestra possui 9 álbuns gravados, entre eles dois que integram o projeto Brasil em Concerto, do selo internacional Naxos junto ao Itamaraty, com obras dos compositores brasileiros Alberto Nepomuceno e Almeida Prado. O álbum de Almeida Prado, lançado em 2020, foi indicado ao Grammy Latino de melhor gravação de música erudita. A Sala Minas Gerais, sede da Orquestra, foi inaugurada em 2015, em Belo Horizonte, tornando-se referência pelo seu projeto arquitetônico e acústico e uma das principais salas de concertos da América Latina. A Filarmônica de Minas Gerais é uma das iniciativas culturais mais bem-sucedidas do país. Juntas, Sala Minas Gerais e Orquestra vêm transformando a capital mineira em polo da música sinfônica nacional e internacional, com reflexos positivos em outras áreas, como, por exemplo, turismo e relações de comércio internacional.

 

Programas educacionais

Os Concertos para a Juventude, realizados em manhãs de domingo, são dedicados à família e à formação de público. Ao desvendar o universo orquestral, a série aproxima público e música. As apresentações são gratuitas.

Os Concertos Didáticos são dedicados a crianças e adolescentes do ensino fundamental e médio e a instituições sociais. Para o melhor aproveitamento do concerto, os alunos são preparados em suas salas de aula por monitores da Escola de Música da Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG).

O Festival Tinta Fresca destina-se ao fomento da criação musical sinfônica entre jovens compositores brasileiros. Com inscrições provenientes de todo o país, um júri, formado por compositores renomados, é responsável pela seleção das peças. Feito isso, Orquestra e criadores dão início ao processo de transformação de partituras em músicas, que, ao fim, são reveladas em concerto gratuito aberto ao público.

O Laboratório de Regência reúne, a cada ano, 15 jovens regentes vindos de todo o país, em busca do aprimoramento de seus talentos. Eles recebem orientação do regente titular da Filarmônica, Fabio Mechetti, e, ao final de uma semana de aulas técnicas e teóricas, quatro deles conduzem a Orquestra em concerto gratuito aberto ao público.

Os Concertos de Câmara da Filarmônica buscam criar um contato mais próximo com grupos de instrumentos da Orquestra – cordas, madeiras, metais e percussão –, aprofundar a percepção sobre a diversidade de timbres, assim como promover diálogo estreito entre público e músicos.

Os Concertos Comentados são palestras de 30 minutos conduzidas por diferentes profissionais sobre aspectos do repertório dos concertos das séries Presto, Veloce, Allegro e Vivace. Dirigidas, presencialmente, ao público desses concertos, as palestras são gravadas em áudio e ficam disponíveis no site da Orquestra.

 

Sobre o Instituto Cultural Vale

O Instituto Cultural Vale parte do princípio de que viver a cultura possibilita às pessoas ampliarem sua visão de mundo e criarem novas perspectivas de futuro. Tem um importante papel na transformação social e busca democratizar o acesso, fomentar a arte, a cultura, o conhecimento e a difusão de diversas expressões artísticas do nosso país, ao mesmo tempo em que contribui para o fortalecimento da economia criativa. Em 2021, são mais de 200 projetos criados, apoiados ou patrocinados em 24 estados e no Distrito Federal. Dentre eles, uma rede de espaços culturais próprios com visitação gratuita, identidade e vocação únicas: Memorial Minas Gerais Vale (MG), Museu Vale (ES), Centro Cultural Vale Maranhão (MA) e Casa da Cultura de Canaã dos Carajás (PA). Visite o site do Instituto Cultural Vale para saber mais sobre sua atuação: institutoculturalvale.org

Foto: Bruna Brandão

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