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UniBH realiza mutirão de atendimentos em saúde na APAC Feminina de Belo Horizonte

Agenda faz parte de projeto extensionista que visa expandir a grade curricular dos acadêmicos por meio da atenção a grupos vulneráveis da capital

No objetivo de promover a educação médica continuada e a oferta de serviços de saúde a comunidades mais vulneráveis, o UniBH realiza, semanalmente, mutirões de atendimento em medicina e odontologia na Associação de Proteção e Assistência aos Condenados (APAC) Feminina de Belo Horizonte, por meio de um projeto de extensão no qual os acadêmicos desenvolvem, na prática, atendimentos e procedimentos reais de suas áreas de interesse.

Através deste serviço, 137 mulheres integrantes do sistema prisional têm acesso a atendimentos médicos individuais em ginecologia, psiquiatria e odontologia, bem como oficinas em Saúde Mental, Saúde da Mulher, Exercício Físico, Nutrição e Abordagem em Saúde LGBT. Além disso, as agendas contam com trocas de experiências sobre temas sensíveis a este público, como a cessação do Tabagismo e cuidados com a saúde oriundos do comportamento.

“Quando fomos à APAC e conhecemos essas mulheres, percebemos que havia uma demanda grande para atendimento odontológico: canal, prótese, extração, urgência e muitas pacientes com dor, com a autoestima baixa também, devido à condição de saúde bucal e da estética. Por meio do nosso trabalho de extensão, conseguimos levar um consultório para o equipamento, no qual contamos com o envolvimento de mais de 20 alunos para atendimentos semanais que melhoram diretamente a qualidade de vida dessas pessoas”, conta o especialista em periodontia e implantodonta e docente do Centro Universitário UniBH, Mateus Carazza Ferreira.

Além da odontologia, a iniciativa envolve professores, alunos e monitores dos cursos de Medicina, Nutrição, Educação Física, Psicologia e Enfermagem, além dos estudantes da pós-graduação em Psiquiatria na instituição. A APAC é uma instituição que faz parte do sistema prisional voltada à reinserção social e recuperação de pessoas privadas de liberdade. Na unidade feminina, as internas desenvolvem atividades voltadas ao trabalho e aprendizado, recebem atendimento psicológico e participam de projetos de desenvolvimento pessoal e emocional.

De acordo com a Médica da Família e Comunidade e docente do curso de Medicina do UniBH, Neoma Mendes de Assis, a atividade extracurricular explora um potencial de benefício coletivo, trazendo resultados positivos para quem promove e recebe a ação: “Estamos diante de um projeto muito potente que, além de oferecer um atendimento que qualidade a uma população carente desse cuidado, proporciona aos nossos alunos vivências práticas em cenários reais, que impactam diretamente sua formação e os coloca em contato com a realidade do nosso país”, conta.

Foto: Divulgação

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