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Teatro em Movimento apresenta “A Vida em Vermelho - Brecht & Piaf”, com Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto, dias 9 e 10 de junho, no Teatro Sesiminas

O Teatro em Movimento dá continuidade à sua programação de 2018, recebendo em Belo Horizonte, o espetáculo “A Vida em Vermelho - Brecht & Piaf”, com os atores Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto e direção de Bruno Perillo. O texto de Aimar Labaki imagina o encontro de dois dos maiores artistas do século 20, a cantora francesa Edith Piaf (1915-1963) e o poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht (1898-1956). Na peça, eles conversam sobre suas vidas, obras, anseios, angústias, medos, sonhos e realizações. Esse improvável encontro imaginadotrariaà tona um potente embate entre duas ideologias e visões de mundo radicalmente opostas. No palco, o casal de intérpretes, acompanhado de três músicos, executa, ao vivo, o cancioneiro de Brecht, como “Baladas de Mackie Messer" e “Ópera dos Três Vinténs” e de Piaf, incluindo “Padam, Padam", “Milord", além de outras músicas do universo dos artistas. O espetáculo teráduas apresentações no Teatro Sesiminas, dias 9 e 10 de junho, sábado, às 21h e domingo, às 19h. As sessões serão traduzidas em libras. Após a sessão de sábado haverá bate-papo com os atores.

 

“A Vida em Vermelho - Brecht & Piaf” chega à capital mineira em uma realização do Festival Teatro em Movimento com o patrocínio da Rede, via Lei Federal de Incentivo à Cultura.

 

A peça
Piaf sentiu na própria pele a miséria ao longo de sua infância, conheceu as dores do amor, tornou-se uma das cantoras mais amadas da França, viveu intensamente e encontrou a solidão no fim - poderia ser uma personagem do teatro de brechtiano. Brecht conceituou a tragédia do homem, revolucionou o teatro mundial e lançou um olhar profundo para as relações humanas no sistema capitalista, a mesma sociedade que a consumiu.

Num final de tarde, em um antigo cabaret, Bertolt e Edith ensaiam o espetáculo que apresentarão naquela noite acompanhados por três músicos. Eles interpretam suas composições e outras músicas famosas de sua época como se estivessem em uma competição. A partir de cartas, solilóquios, memórias e autocitações, Brecht coloca o homem em xeque, enquanto Piaf expõe a própria alma.

Além de sua evidente qualidade artística, as canções - sempre executadas ao vivo - revelam visões de mundo bem diferentes. Por isso, mais do que competir pelo título de melhor cancioneiro, os dois artistas disputam pelo melhor modo de vida. Ao longo da encenação, esses dois universos mostram que podem coexistir.

O encontro é usado para evocar uma série de temas importantes tanto para o Brasil como para o mundo contemporâneo. Letícia Sabatella e Fernando Alves Pinto interpretam os protagonistas e outros personagens que vão invadindo a ação.

AIMAR LABAKI

Considerado um dos nomes mais importantes da dramaturgia brasileira atual, o autor, diretor, tradutor e roteirista Aimar Labaki largou a faculdade de direito para virar crítico teatral no jornal Folha de S.Paulo, para o qual escreveu de 1986 a 1990. Também já publicou seus textos no Jornal da Tarde, n’O Estado de S. Paulo, na Vogue, na BRAVO! entre outros. Além disso, foi jurado do Prêmio Shell por 17 anos, consultor de teatro da Secretaria de Estado da Cultura, diretor da Casa de Cultura Mazzaropi e curador de vários festivais. Entre as peças escritas por Labaki, estão “Zibaldoni” (2017);"Marlene Dietrich, As Pernas do Século" (2010), "Miranda e a Cidade" (2008), "Poda/Campo de Provas" (2007), "O Anjo do Pavilhão Cinco"(2006) e "Vestígios" (2005). Alguns dos espetáculos dirigidos por ele são “Dark Room” (2016), de Mário Viana; “Prego na Testa” (2016/2005), de Eric Bogosian; e “Sonata de Outono”, de Ingmar Bergman (2014).

 

BRUNO PERILLO

Formado em Rádio e TV pela FAAP - Fundação Armando Álvares Penteado, o ator e diretor paulistano Bruno Perillo começou sua carreira teatral com o Grupo TAPA, em 1993. Desde então, já atuou em mais de 30 espetáculos, como “As Duas Mortes de Roger Casement” (2016), de Domingos Nunez, “Ópera do Malandro” (2015), de Chico Buarque, “Dançando em Lúnassa” (2013), de Brian Friel; “Credores” (2012), de August Strindberg; e “Le Devin Vilage” (2012), de Rousseau.Na televisão, atuou em novelas como “Viver a Vida”, “Passione”, “A Favorita” e “Belíssima”, da TV Globo, além da série “O Negócio”, do canal HBO. E, no cinema, participou dos filmes “A Felicidade de Margô”, de Mauricio Eça; “Submersa”, de Fabia Karklin; “Salve Geral”, de Sérgio Rezende; ”Sonhos Tropicais”, de André Sturm; “Ação Entre Amigos”, de Beto Brant, entre outros.

SINOPSE

O espetáculo apresenta uma coletânea das principais canções de dois grandes artistas do século 20, o poeta e dramaturgo alemão Bertolt Brecht e a cantora francesa Edith Piaf, que possuem realidades e ideologias opostas. Em um encontro hipotético na sala de ensaios, eles falam sobre suas vidas, obras, anseios, angústias, medos, sonhos e realizações. O que começa como a tentativa de montar uma peça termina em um tsunami de sensações e pensamentos.

Foto: Flavia Canavarro

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