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Coletivo Pegada celebra 10 anos com festa no Matriz reunindo artistas da cena independente

O Coletivo Pegada nasceu em 2008 e fez muito barulho na cidade, aglutinando diversos agentes culturais ligados à música, entre artistas, produtores e jornalistas.

Uma década depois e com histórico de vários shows, debates e um festival que segue firme no calendário da cidade, o Transborda, o coletivo comemora essa história com uma grande festa em uma das mais tradicionais casas ligadas à música autoral da capital mineira, o Matriz (Rua Guajajaras, 1353 - Terminal JK - Belo Horizonte/MG). A festa acontece no dia 27 de maio, a partir das 15h e os ingressos custam R$ 10,00 (antecipado – Sympla) e R$ 20,00 (no local). As atrações são, em sua maioria, artistas ligados à cena da cidade e que participaram direta ou indiretamente na construção do coletivo ao longo dos anos. Shows com Túlio Araújo, Léo Moraes, Alambradas, Roger Deff, Jota Quércia, Não-Não Eu, Duzão Mortimer, Damas do Nada, Quase Coadjuvante, Aldan, Carmem Fem além de uma atração surpresa.

O Coletivo pegada foi criado no final dos anos 2000, período marcado por várias incertezas em relação ao que seria o chamado mercado da música ao mesmo tempo em que apontava a possibilidade de ascensão de bandas e artistas, sem que gravadoras fossem a única opção. As plataformas de streaming, os downloads e os festivais independentes ofereciam novas maneiras de formação de público e era nisso que o Coletivo Pegada, um grupo formado por jovens bandas, artistas e gestores, apostava. O saldo destes 10 anos é muito positivo com muitos dos colaboradores participando de forma ativa da chamada cadeia produtiva da música, como fotógrafos, técnicos, jornalistas, produtores músicos e, é claro, músicos das mais diversas linguagens.

OS CONVIDADOS

Túlio Araújo

Com dois álbuns já lançados (“Manguêra” em 2012 e “East” em 2014), Túlio Araújo já percorreu o país a convite dos mais renomados festivais nacionais e, a partir de 2013, passou a receber, também, convites constantes internacionais, mais precisamente dos Estados Unidos. Durante quase 3 anos ele mergulhou fundo em estudos focados em polirritmia e modulações métricas, que mais parecem física quântica a, necessariamente, música. Túlio sempre teve uma "queda" por números, o que me o ajudou ainda mais a ser completamente atraído por esse universo matemático. O nome do disco é uma criação dele: "Mondu" sendo Mundo, "Land" sendo Terra e "Monduland" sendo as modulações.

Carmen Fem

O trio mineiro cria um som moderno com muito electro, pop e punk. É um espetáculo de reverência, irreverência, amor e microfonia. Sobre a estética do trio, a artista visual e vocalista Camila Buzelin explica que a coisa surgiu como uma “onda retrô-chique- brega”. “O nome reflete uma personagem mulher-macho contemporânea, que traduz nossa intenção artística”, explica.

Alambradas (SP)

Alambradas é a banda-de-uma-mulher-só de Nicole Patrício, cambaleando na cena independente paulistana desde 2013. “De vez em quando, alguns amigos tocam comigo, mas, é atrás de um microfone, um teclado e um computador que, na maioria das vezes, você vai me encontrar”. Após 03 EPs - “EP?”, “Amargo” e “Cíclica” - ela prepara o repertório para seu álbum cheio com o projeto chamado “Pro Primeiro”, onde apresenta novas músicas e novas ideias, como uma espécie de “ensaio aberto” para o público.

Roger Deff

MC, jornalista e integrante da banda Julgamento, Deff traz em seu trabalho solo uma sonoridade que viaja por ritmos brasileiros e pela universalidade da música negra, tendo a cultura Hip Hop como base de construção. A narrativa é de contestação ao mesmo tempo em que apresenta um olhar mais pessoal e introspectivo sobre a vida cotidiana.

Duzão Mortimer

Tecido em ritmos diversos, como funk, reggae, rock, blue e samba, o CD “Homem de Laboratório” mostra a reviravolta na carreira do autor de “Trip Lunar”, de um intimismo bem mineiro, presente no primeiro disco solo, a um afrontamento da violência, do desastre ambiental, das armas nucleares e dos homens de laboratório, neste segundo trabalho solo.

Jota Quércia

O trabalho traz originalidade em sua tentativa de não ser original. E o release, genial por si só, diz (ou não diz) muito sobre a banda: Unindo o pop-funk-rock-suave do ex-governador de São Paulo Orestes Quércia e as políticas conservadoras e anti-populares da banda mineira Jota Quest, vem aí o Jota Quércia. Com belas melodias ecléticas que passeiam pelo Rock, Deep Rock e o Tech Rock (basicamente Rock), com uma pitada de carisma, bom gosto em roupas e um árduo trabalho de convencimento através de técnicas de hipnose orientais.

Damas do Nada

Nascida na cidade litorânea de Rio das Ostras (RJ) em 2014, a banda Damas do Nada vem ao mundo através da amizade de anos entre Hélio Abreu (voz e violão) e Rodrigo Andrade (voz e guitarra). Em decorrência da caminhada musical, a dupla encontrou os mineiros de Itaúna que viriam a completar a formação, Matheus Tarabal (bateria) e Glauco Sapucaia (contrabaixo). Há dois anos morando em Minas Gerais, os músicos vêm consolidando a carreira em terras montanhosas e participando de shows importantes ao lado de bandas como: Francisco, elhombre (SP), Camarones Orquestra Guitarrística (RN), Maglore (BA), Ventre (RJ) e a banda inglesa Flamenco Thief.

Quase coadjuvante

Nostalgia. Essa talvez seja a tag que melhor define aquilo que tangencia a sonoridade peculiar das canções do grupo belo-horizontino Quase Coadjuvante. A banda, formada por Jonathan Tadeu (guitarra/voz), Tiago Sales (guitarra/voz), Filipe Monteiro (bateria) e Marcelo Luiz (baixo), lança mão da densidade atingida por alguns dos grupos da década 90 em contraponto com os elementos velozes e múltiplos da música pop contemporânea (anos 2000) para compor sua obra e seu imaginário.

Aldan

Banda de anti-rock , como eles mesmos de classificam, formada por Marcus Vinícius Evaristo (guitarra e voz), Fernando Bones (baixo e voz), Bruno Carlos (bateria e voz) e Tiago Sales Gomes (guitarra e voz).

Léo Moraes

Velho conhecido da cena musical da cidade, Leo Moraes foi integrante da banda Gardenais e anos depois formou o Valsa Binária. Sempre presente nas articulações sobre a cena musical, Léo é um dos sócios fundadores da A Autêntica. Atualmente o músico encontra-se na fase de produção do seu primeiro disco solo.

Não Não-Eu

Formado pelos ex-integrantes da banda mineira Lollipop Chinatown, Não Não-Eu (2017, PWR Records) é, como resume o texto de apresentação da obra, “um ritual de passagem, um processo de reinvenção“. Melodias eletrônicas, ruídos, batidas e vozes tecidas com melancolia que refletem o esforço do trio composto por Pâmilla Vilas Boas (voz, guitarra, synths), Cláudio Valentin (baixo, synts) e Thiago Carvalho (bateria) em provar de novas sonoridades a cada novo fragmento do disco.

Foto: Flávio Charchar

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