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"Aldebaran" Na França no Festival Le Manifeste

Depois de 38 anos de atividades ininterruptas e com diversos espetáculos em seu currículo, o GOM recebeu em 2015 um convite para participar do Festival Le Manifeste (de 3 a 13 de julho) no norte da França com o espetáculo "Aldebaran". O espetáculo estreou em 2013, em Belo Horizonte, e já se apresentou em diversas cidades do país, além de ter sido convidado para se apresentar em festivais nacionais e internacionais no Brasil.

 

O Festival Le Manifeste assumiu os gastos de cinco passagens, além das despesas com estadia, alimentação para toda a equipe, e a realização local de parte do material cênico. Mesmo assim nos faltam quatro passagens para serem compradas, afinal, somos nove integrantes na equipe (6 atores, 1 diretora, 1 iluminadora e 1 técnico de vídeo). Além disso, serão de nossa responsabilidade os gastos com o transporte de parte do material cênico.

 

Certos da importância deste investimento entramos em contato com a Fundação Municipal de Cultura e conseguimos duas datas no mês de junho, no Teatro Francisco Nunes, isenta de taxas, para realizar duas apresentações do espetáculo "Aldebaran" com ingressos vendidos a preços populares e a bilheteria voltada para arrecadar recursos para cobrir esta soma de gastos.

 

Nesta curta temporada em BH, antes de se apresentar na França, o GOM fica em cartaz no Teatro Francisco Nunes, dias 13 e 14 de junho, sábado às 21h e 

domingo às 19h. Ingressos a preços populares: R$ 20,00 – inteira e R$ 10,00 – meia; e ingressos antecipados pelo valor de R$ 10,00 (preço único).

 

Dirigido por Ione de Medeiros, o espetáculo foi resultado final do projeto Aldebaran, do Grupo Oficcina Multimédia da FEA – patrocinado pela PETROBRAS. O elenco é formado por Diego Matos, Escandar Alcici Curi, Gabriel Corrêa, Henrique Mourão, Jhonathan Oliveira, Jonnatha Horta Fortes e Sérgio Salomão.

 

RELEASE DO ESPETÁCULO

"Aldebaran" é inspirado na observação dos dias atuais, daquilo que nos rodeia, compreendendo desde o desequilíbrio ecológico, até as distorções psíquicas dos falsos líderes, ditadores e detentores do poder. “Os abusos e arbitrariedades humanas se alastraram por todos os cantos. Se, nestes tempos apoteóticos, as leis proliferaram, e o politicamente correto se instalou como uma regra social, paradoxalmente, nunca se viu tanto horror, tanta violência e tanta crueldade”, comenta Ione de Medeiros.

 

O espetáculo trata exatamente desta soma de desvios e arbitrariedades, que desencadearam no planeta, uma desordem que se estendeu para a natureza e para tudo o que nos cerca, como a falsa mensagem de felicidade ao alcance de todos, que frustra, gera doenças e depressão.

 

“Hoje, morre-se por chuvas, raios e desabamentos, mas também por pais que atiram seus filhos pelas janelas, ou por filhos que matam seus pais a machadadas; por sádicos que se divertem em colocar fogo em pessoas, morre-se pelas consequências de um progresso exacerbado e falsamente divulgado como um bem comum, instalando no planeta, um circo de horrores do qual todos somos cúmplices e temos nosso papel de coadjuvante.” relata a diretora.

 

Os monstros têm papel fundamental em "Aldebaran", porque permitem tratar desta realidade sob a ótica da fantasia e da imaginação. “Nos dias de hoje, os monstros chegam a ser reconhecíveis e às vezes tão familiares, que geram simpatia. Passamos a adotá-los e a incorporá-los em nossos cotidianos. Eles tornaram-se próximos, pois começamos a perceber que eles refletem a própria dualidade do ser humano” pondera Ione.

 

Eles refletem também a grandiloquência de nossa época e não mais se restringem ao mundo da ficção, transitando entre o horror, o divertimento e a leveza deslocando do mundo real para aquele do conto de fadas, onde tudo é possível. Sob a ótica de um conto de fadas Aldebaran, estrela de altíssimo brilho, vem para salvar o planeta resgatando da Terra  aquilo que temos de mais precioso, rumo à construção de um novo mundo em qualquer ponto distante do universo.

 

HISTÓRICO DO GOM

O Grupo Oficcina Multimédia foi criado em 1977 pelo compositor Rufo Herrera, e, desde então, se propõe a desenvolver um projeto de encenação que prioriza a pesquisa interdisciplinar e o aprimoramento da construção de uma linguagem multimeios. Em 1983, Ione de Medeiros assume a direção mantendo a coerência com a proposta original e seus princípios norteadores – flexibilidade na escolha de fontes referenciais para as montagens, compromisso com a busca de formação e informação, com a liberdade de expressão criativa e com o risco e a experimentação.

 

Nesse percurso o grupo vem se consolidando a partir de um repertório original e se expandindo como um centro de pesquisa e produção cultural, formando atores e investindo na criação de eventos como: Bloomsday, Kafé K, Bienal dos Piores Poemas, MARP.  No ano de 2007 o GOM lançou o evento Verão Arte Contemporânea – um projeto cultural realizado em parceria com artistas e produtores locais que se instalou em Belo Horizonte como um estímulo para os criadores e pesquisadores das diferentes linguagens artísticas. O VAC reúne dança, teatro, música, artes visuais, cinema, moda, literatura, arquitetura e gastronomia, e, na 9ª edição (2015), confirmou, mais uma vez, a sua importância no panorama cultural da cidade.

 

Ficha Técnica

Direção, Roteiro, Concepção Cenográfica e Figurino: Ione de Medeiros

Elenco:  Diego Matos, Escandar Alcici Curi, Gabriel Corrêa, Henrique Mourão, Jhonathan Oliveira, Jonnatha Horta Fortes e Sérgio Salomão.

Assistência de Direção, Figurino e Preparação Corporal: Jonnatha Horta Fortes

Execução Cenográfica, adereços e bonecos: Daniel Herthel e Grupo Oficcina Multimédia

Assessoria de Movimentação Cênica e Coordenação de Pesquisa de Preparação Corporal para a cena: Mônica Ribeiro

Iluminação: Telma Fernandes

Trilha Sonora: Francisco Cesar

Assistente de Desenho Sonoro: Pedro Durães

Vídeo: Ione de Medeiros, Henrique Mourão e Marco Vieira

Projeto Gráfico: Adriana Peliano

Fotógrafo: Netun Lima

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