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Orquestra Sesiminas Musicoop apresenta “Marcelo Dai canta SIMONAL”

A transmissão é ao vivo, dia 30 de junho (quarta), às 20h, pelo Youtube da orquestra.

No dia 30 de junho, quarta-feira, a Orquestra Sesiminas Musicoop segue a comemoração dos 35 anos de história e apresenta “Marcelo Dai canta Simonal”, em homenagem ao cantor carioca Wilson Simonal, chamado também de “rei do swing” e “mestre da pilantragem”. O show reúne clássicos e revela também o “lado B” do artista, com pérolas ainda pouco conhecidas do grande público. Durante a apresentação, o cantor e baterista Marcelo Dai, que tem despontado na cena musical de BH, interpreta 12 canções acompanhado de banda: Luiza Mitre (Piano), Rogério Delayon (Guitarra e Violão), André Limão (Bateria) e Thiago Santos (Baixo Elétrico e Contrabaixo). A regência e direção artística são de Felipe Magalhães. Um aperitivo da noite é o depoimento do produtor e músico, Wilson Simoninha, sobre o pai e artista. O show integra a série de concertos “Sempre às Quartas” e começa às 20h, no palco do Teatro Sesiminas (sem a presença do público), com transmissão, ao vivo, pelo canal do Youtube da orquestra. Classificação indicativa: livre. Duração: 60 minutos.

“Wilson Simonal é um grande representante dos anos dourados da música popular brasileira, nas décadas de 60 e 70. Uma música alegre, despretensiosa e bem-feita, e os resquícios da era do rádio se refletem em grandes arranjadores entorno dele e nos grupos instrumentais que o acompanham. Tempos áureos que antecedem o recrudescimento da ditadura militar, no país, que levou a criação musical para um caminho de contraponto. Sempre o admirei como cantor e intérprete e tenho sensação de que não é tão reconhecido no ambiente da música nacional”, pondera o maestro e diretor artístico Felipe Magalhães.

Para prestar homenagem ao artista brasileiro, não poderia ser qualquer intérprete. O cantor e multi-instrumentista Marcelo Dai, que começou o estudo musical, aos 7 anos, em projetos sociais, é hoje revelação na cena belo-horizontina, com prêmio BDMG Jovem Instrumentista (2018) e participação no NAMM 2020 (Califórnia, EUA). O artista já dividiu palco com a Orquestra Sesiminas Musicoop, em live, no ano passado, interpretando canções de Chuck Berry e Pink Floyd. “Ficamos impressionados com a presença dele e pensamos em repetir a dose. Faria mais sentido que Marcelo cantasse, então, o repertório de outro intérprete, também negro e brasileiro, como Simonal. Nós e o artista concordamos que seria um casamento maravilhoso”, conta.

Para Marcelo Dai, apesar dos anos que o separam de Simonal, ambos têm muito em comum. “Nossas causas são parecidas, atuais. Também sou negão, pobre. Ele e eu quase não nascemos. Nossas mães tiveram gestações complicadas, mas resistimos ao parto. A música é o que mais gosto de fazer. Ter esse poder de fala, um microfone na mão, ser o embaixador de uma mensagem de consciência e justiça. Acredito que como ele, trilho o caminho da música e da simpatia, com sorriso, espontaneidade, malandragem e coragem de entrega quando canta. Estou longe ser o que ele já foi. Simonal é, para mim, uma inspiração”.

Para o jovem artista, o show foi uma oportunidade de se encontrar: “Eu não conhecia profundamente sobre Simonal, além dos sucessos. E me apaixonei, me encontrei como artista. Quero honrá-lo na sua grandeza, essa entidade Simonal. Não ser um cover. Levar sua arte para as novas gerações. Sua interpretação rica e simples, ao mesmo tempo”. O cantor afirma que tem ensaiado bastante o repertório, e mesmo assim, será um desafio: “não estou acostumado a cantar as canções, principalmente com as entonações que ele faz”.

O repertório reúne doze canções eternizadas na voz de Simonal, que foram compostas por Carlos Lyra, Vinícius de Moraes, Marcos Valle, Tom Jobim e outros nomes da MPB. “Escutei muitos discos dele, alguns eu não conhecia. Montei um repertório que mesclasse lado A e lado B. Então, o público vai ouvir, desde sucessos consagrados, como ‘Sá Marina’, ‘Nem vem que não tem’, ‘Mamãe passou açúcar em mim’, ‘Meu limão meu limoeiro’, até algumas pérolas como ‘Está nascendo um samba’, ‘A vida é só para cantar’, ‘chuva’, ‘Evie’, que quando ouvi, pela primeira vez, tive a sensação de serem clássicos”, afirma o maestro Felipe Magalhães.

Os arranjos das músicas ficam a cargo do Fred Natalino, compositor acostumado ao diálogo entre a MPB e orquestra. “Ele é muito bom nos chamados medley, o famoso ‘pout-pourri’: junções de diferentes músicas, dentro de um movimento só. Nós aproveitamos alguns medleys que o próprio Simonal gravou e o Fred vai arranjar, e outros, que a gente mesmo criou, com a sequência de “Sá Marina”, “Nem vem que não tem” e “Mamãe passou açúcar em mim”. O público pode esperar um show inusitado e surpreendente”, garante o maestro.

Para o músico e produtor filho de Simonal, Wilson Simoninha, que fará participação com depoimento durante a transmissão do show, a escolha do repertório foi interessante, com músicas menos óbvias. “Uma homenagem que vem de uma orquestra com essa excelência, e de Minas, me deixa muito feliz. Pai e mãe de Simonal também eram mineiros, sempre tivemos carinho pelo estado”, conta. O músico acrescenta que seu pai foi um divisor de águas para a MPB. ”Ele inovou a música brasileira em relação à performance e poder de comunicação com o público. Ninguém antes dele tinha feito assim, essa forma de interagir e transformar a plateia como participante do espetáculo, sem falar que era um cantor de estilo único”.

PROGRAMA DO CONCERTO

1 - Está Nascendo um Samba (Romeu Nunes e Tito Madi)

2 - A vida é só pra Cantar (C. François, D. Gylsbi e T. Greef)

3 - Samba do Carioca (Carlos Lyra e Vinícius de Moraes)

4 - Nanã / Consolação (Moacir Santos e Mário Telles / Vinícius de Moraes e Baden Powell)

5 - Balada do Vietnam (David Nasser e Elizabeth Sanches)

6 - Canção Nº 21 (Eduardo Souto Neto e Sérgio Bittencourt)

7 - Sá marina/Nem Vem que não tem/Mamãe passou açúcar em mim (Antônio Adolfo e Tibério Gaspar / Carlos Imperial / Carlos Imperial)

8 - Meu Limão, Meu Limoeiro (José Carlos Burle)

9 – Evie (Jimmy Webb)

10 – Chuva (Durval Ferreira e Pedro Geraldo Camargo)

11 - Opinião /O Morro não tem vez /Batucada Surgiu (Zé Ketti / Tom Jobim e Vinícius de Moraes / Marcos Valle e Paulo Sérgio Valle)

12 - Tributo a Martin Luther King (Ronaldo Bôscoli e Wilson Simonal)

 

FICHA TÉCNICA

ORQUESTRA SESIMINAS MUSICOOP - 35 ANOS

Regência e direção artística: maestro Felipe Magalhães

Cantor convidado: Marcelo Dai

Violinos primeiros: Elias Barros (Spalla), Ravel Lanza, Vitor Dutra, Henrique Rocha, Filipi Sousa e

Hozana Barros

Violinos segundos: Simone Martins, Gláucia Borges, Olivia Maia, Sergio Arraes e Olga Buza

Violas: Cleusa Nébias, Gláucia Barros, Alex Evangelista e Claudison Benfica

Violoncelos: João Cândido, Firmino Cavazza e Antônio Viola

Contrabaixo: Thiago Santos, Filipe Augusto Costa

Banda convidada: Luiza Mitre (Piano), Rogério Delayon (Guitarra e Violão), André Limão (Bateria) e Thiago Santos (Baixo Elétrico e Contrabaixo)

Gerência da OSM: Jussan Fernandes

Produção: Clarice Fonseca, Patrícia Roussin e Chayene Sousa

Coordenação de comunicação e imprensa: Beatriz França

Gestão de redes sociais: Renata Rocha

Design: Igor Laranjo

Realização: Musicoop

Patrocínio: Sesi

 

SERVIÇO

Orquestra Sesiminas Musicoop apresenta “Marcelo Dai canta SIMONAL”

show da série Sempre às Quartas

30 de junho, quarta, 20h - ao vivo, no Youtube da Orquestra Sesiminas Musicoop

https://www.youtube.com/orquestrasesiminasmusicoop

Foto: Fabiana Pinheiro

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