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Campanha “Titane Doce Música Guerreira” faz lançamento nacional de discografia completa da cantora Titane, em plataformas digitais, a partir de 31/08 (sexta)

Ao todo serão disponibilizados seis álbuns que revelam as diferentes vertentes dos mais de 30 anos de carreira da artista

Começa no dia 31 de agosto (sexta) a campanha “Titane Doce Música Guerreira”, que prevê lançamento nacional em plataformas digitais da discografia completa da cantora Titane. O primeiro trabalho a ser disponibilizado é o DVD do espetáculo "Titane e o Campo das Vertentes", agora convertido em álbum virtual. As canções estarão nas plataformas Spotify, Deezer, Amazon, Apple Music, Youtube, Napster, Claro Música, Google Play. Em abril deste ano a artista também disponibilizou seu mais recente trabalho, "Titane Canta Elomar" (2018).

"Os CDs físicos, assim como os antigos LPs, ficam fora de catálogo rapidamente. A distribuição digital abre a possibilidade de manter a obra em catálogo permanentemente. Fazer essa campanha de disponibilizar toda minha discografia me dá a oportunidade de observar tudo o que produzi, de poder olhar com distanciamento e perceber que produzi bastante nesses quase 40 anos. E que agora, essas gerações que não teriam acesso aos meus trabalhos mais antigos, poderão acompanhar esse percurso, compreender por onde caminham minhas escolhas artísticas. O digital vem como uma ferramenta para perpetuar essa memória musical", afirma a artista.

De agosto a outubro de 2018 serão disponibilizados três álbuns lançados pela artista no século XXI. Já a partir de 2019, serão colocados, nas plataformas, três que datam do século XX, propondo ao público um mergulho em obras mais raras da cantora. Confira a sequência: 31 de agosto - "Titane e o Campo das Vertentes" (2012); 28 de setembro - "Sá Rainha" (2000); 26 de outubro - "ANA" (2008); 30 de janeiro de 2019 - "Inseto Raro" (1993); 22 de fevereiro - "Verão de 2001" (1990); 29 de março - "Titane" (1986).

Titane apareceu no cenário musical brasileiro no início da década de 1980, trabalhando na fronteira de gêneros, propondo diálogos e contrastes estéticos, algo raro e pioneiro para os padrões artísticos da época. De perfil artístico indomável, sempre se colocou em risco durante a pesquisa de um novo trabalho, com a intenção de se reinventar e de ventilar suas estratégias de criação. O caráter “híbrido” de sua arte, que veio a vigorar posteriormente na virada do século como uma característica da produção contemporânea, não tinha abertura em palcos e gravadoras. Do primeiro álbum em 1986, ao mais recente, em 2018, desvela-se uma inquietude que perpassa toda sua longeva carreira, que se engrandece como artista brasileira, de forma consistente, atuando por todo o país, mas mantendo-se radicada em Minas Gerais, seu estado de origem.

Por tudo isso, Titane pode ser considerada hoje uma referência na música popular brasileira com trabalho de repercussão internacional. Intérprete por excelência, faz parte da geração que renovou a MPB a partir dos anos 80. Amalgamando canções de domínio público, anônimos, compositores clássicos ou emergentes da música brasileira, a cantora lança mão de diferentes culturas musicais para criar, com segurança e personalidade, seu universo musical. Os mais de 30 anos de estrada são marcados por fortes parcerias e pelo primor estético.

Com foco em seus trabalhos solos mais emblemáticos, não incluindo parcerias e participações especiais, a campanha de disponibilização da discografia em plataformas digitaisé, neste sentido, uma forma de abrir o baú de histórias e mergulhar na musicalidade única de cada álbum, a começar por "Titane e o Campo das Vertentes".

TITANE E O CAMPO DAS VERTENTES – do espetáculo às plataformas digitais

Com repertório inspirado na cultura afro-mineira, “Titane e o Campo das Vertentes” traz canções dos músicos Sérgio Pererê e Makely Ka, transitando entre linguagens populares e urbanas da cultura que emerge da região das Minas Gerais. O trabalho reúne também temas de Luiz Tatit, Beto Guedes, Chico César, João Bosco, Aldir Blanc.

Criado originalmente como espetáculo em 2005, "Titane e o Campo das Vertentes" experimenta a música e suas interfaces com o corpo e com as artes cênicas. Dirigido por João das Neves, com direção corporal de Irene Ziviani, o show cênico estreou em 2006 no Palácio das Artes, circulando por capital e interior de Minas e Rio de Janeiro, até a gravação ao vivo e lançamento do DVD em 2012. O DVD, agora convertido em álbum virtual e disponibilizado nas plataformas digitais, registra o show em que a artista leva ao palco do Palácio das Artes (Belo Horizonte - MG) uma produção musical onde a contemporaneidade pressupõe a utilização de recursos vários de linguagem, incluindo aqueles remanescentes das tradições, das culturas populares, em especial do Congado mineiro.

No palco, Titane foi acompanhada por um coro de 22 vozes, aliando espontaneidade, movimentos cênicos e uma musicalidade percussiva. A banda contou com a formação dos veteranos Adriano Campagnani (baixo), Rogério Delayon (guitarra, violões, charango e cavaquinho) e Serginho Silva (bateria e percussão).

"O trabalho celebra o encontro de compositores, músicos e elenco com heranças afro-brasileiras, especialmente a afro-mineira. As composições do álbum partem dessa rítmica própria, de discurso poético e lírico, dessa maneira de sentir o mundo bem afro-mineira, que não se constitui apenas de ritmos, mas de palavra, corpo, pensamento e reflexão", explica Titane.

O dialogo entre arte e raízes do congado não acontece por acaso na produção de Titane. Natural de São João Del-Rei, a cantora cresceu em Oliveira, cultivando uma forte relação com a cidade do Campo das Vertentes e com a cultura que emerge de lá - a artista é integrante de Guardas de Congado da cidade e desenvolveu grande interação nas cidades do entorno.

Logo nos primeiros anos da sua carreira, protagonizou ao lado de contemporâneos como Milton Nascimento, Yuri Popoff, Sergio Santos e Maurício Tizumba, o momento em que as heranças afro-mineiras passam a ser fonte de criação musical. À sua maneira, a cantora incorporou história, instrumentos, sotaques rítmicos como o Serra-Abaixo e outros toques do congado mineiro ao arsenal da música brasileira. Esta influência se estende hoje à produção da geração seguinte, representada por Sérgio Pererê – em participação especial neste DVD - e por artistas da nova cena autoral mineira, que fizeram parte e se profissionalizaram durante a criação e circulação de “Titane e o Campo das Vertentes”, a exemplo de Irene Bertachini (vencedora do Prêmio Flávio Henrique 2018 do BDMG Cultural), Larissa Horta (baixista profissional, atualmente integrante da banda de Fernanda Takai), Kátia Aracelle (atriz profissional com ampla trajetória no teatro e no cinema), Bia Nogueira (cantora, diretora musical e atriz, fundadora do Grupo dos Dez), Rodrigo Jerônimo (ator, diretor teatral e dramaturgo, fundador do Grupo dos Dez e atual diretor da Associação Campo das Vertentes), Rubens Aredes (integrante do Bloco “Então Brilha!”, protagonista do carnaval de Belo Horizonte), Marcos Mateus (músico e ator), dentre outros.

Foto: Daniel Iglesias

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