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Na sessão deste mês da mostra permanente Cineclube Francófono, iniciativa da Fundação Clóvis Salgado por meio do Cine Humberto Mauro, estará em cartaz o filme O Assassino Mora no 21 (1942), do diretor francês Henri-Georges Clouzot. No enredo, as tramas de um assassino são investigadas por um astucioso delegado. A sessão será comentada pelo pesquisador e cineasta Samuel Marotta.

Primeiro longa dirigido e roteirizado por Clouzot para a empresa Continental Films, O Assassino Mora no 21 é uma obra carregada de humor e mistério. Na narrativa, Wens (Pierre Fresnay) é designado a desvendar a identidade de um assassino que deixa pistas por meio de cartões de visitas colocados em suas vítimas. Em parceria com sua namorada Mila (Suzy Delair), uma aspirante a cantora, o investigador se muda para a pensão onde o criminoso vive e passa a desconfiar de todos à sua volta.

Henri-Georges Clouzot é considerado um dos grandes diretores do cinema mundial. Apelidado de “Hitchcock francês”, têm a filmografia composta por títulos importantes para o cinema, como Anjo Perverso (1949), Sombra do Pavor (1943) e As Diabólicas (1955), sempre abordando temáticas relacionadas aos ciúmes, inveja, imortalidade e vingança. Clozot era também roteirista, sendo pioneiro no uso dosstoryboards, uma marca do controle criativo que exercia em suas obras.

As sessões da Mostra Permanente Cineclube Francófono acontecem sempre no último sábado do mês, às 14h, e contempla a produção cinematográfica dos países que falam a língua francesa. A programação inclui uma diversidade de estilos e estéticas que compõem a filmografia desses países, com destaque para os grandes clássicos.