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Márcia Feres apresenta “Diz que fui por aí”, dia 4 de novembro, n’A Casa de Cultura

Intérprete da MPB, cantora aposta em repertório dedicado ao samba em seu novo show

A trajetória musical de Márcia Feres é marcada por muitas memórias. A cantora sempre esteve ligada à música e ao rádio, mesmo que não imaginasse ser cantora desde o princípio de sua vida. Adulta, começou a estudar canto e, quando percebeu, o lado musical já havia ganhado espaço importante no seu dia-a-dia.

Dando continuidade a esse caminho, a artista se prepara para apresentar "Diz que fui por aí", o seu novo show, no próximo dia 4 de novembro, às 22h, n'A Casa de Cultura, no bairro Santo Efigênia em Belo Horizonte. Os ingressos custam R$20. No repertório, Márcia aposta no samba, trabalhando em parceria com grandes instrumentistas do gênero na cidade: Betinho Moreno (violão de sete cordas e direção musical), Rogério Sam, Mônica Santos e Túlio do Pandeiro (percussão) e Fabrício Cássio (cavaco).

 

Por sinal, a cena de samba mineira é uma das grandes forças desse trabalho. Canções de compositores como Sérgio Santos, Warley Henrique, Rodrigo Brasileiro, Betinho Moreno, Juninho de Souza, Evandro Mello e Tito Amorim, compõem o setlist de Márcia. O fortalecimento da cena mineira nos últimos anos é campo fértil para a cantora, que como sugere o título do show, tem buscado ocupar novos espaços e traçar novas conexões.

A seleção traz ainda músicas de Nelson Cavaquinho, Paulinho da Viola, Paulo César Pinheiro e João Nogueira, além de homenagem a Mangueira, tradicional escola de samba do Rio de Janeiro. O repertório explora canções de um samba mais dolente. A ideia é expandir o vocabulário musical do ouvinte, sem deixar de lado a energia e o envolvimento das rodas de samba.

Para a artista, o lugar da mulher no samba e na MPB é também uma marca de seu trabalho. Enfrentando os desafios diários, é preciso valorizar o papel da mulher na música. Segundo Márcia, é fundamental que as mulheres ocupem também as rodas, os palcos, os teatros, cantando e compondo. Nesse sentido, duas grandes referências para ela são as sambistas Dona Ivone Lara, pelo pioneirismo no samba nacional, e Fabiana Cozza, grande nome da nova geração de cantoras.

 

Em "Diz que fui por aí", Márcia busca cantar com emoção, potencializando sua performance enquanto intérprete e encontrando um estado de efetiva presença no palco, numa troca verdadeira com os espectadores. Para isso, a artista acredita que além da preparação vocal, é preciso estudar o que está por trás música, encontrar a “personagem” de cada canção.

Márcia também se dedica a pesquisar a história do samba, da MPB e de suas composições. Ela não descarta novidades, como canções autorais em breve. O show abre passagem para uma variedade de sons e sonoridades. Transborda o palco para ampliar os caminhos e sentidos de cada espectador, de cada pessoa que "está por aí", nesse mundo afora.

SOBRE MÁRCIA FERES

Márcia Feres é cantora e assistente social. Começou os estudos em canto em 2003 e, de lá pra cá, tem se dedicado à música, cantando em tradicionais redutos boêmios e rodas de samba de Belo Horizonte. Participou também de trabalhos de amigos músicos e projetos culturais da cidade. Em 2011, trabalhou em parceria com o grupo Lúdica Música, de Juiz de Fora, após o primeiro contato numa oficina de percussão musical.

"Diz que foi por aí" é um show que marca um recomeço na trajetória da cantora. A música ganha foco na carreira da artista, que tem se preocupado em defender cada vez mais o lugar da mulher no samba e na MPB, o fortalecimento do samba mineiro e as formas de se empreender uma carreira artística hoje. Canto que também ecoa como reflexão.

Foto: Marco Aurélio Prates

 

 

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