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A residência artística da oitava edição do projeto “Águas Gerais”, cuja edição “Rios Urbanos, Rios Humanos” teve início em outubro de 2023, chegou ao fim. E o resultado dessa imersão com grandes nomes da cena cultural de Belo Horizonte vai ser apresentado durante dois saraus, que vão acontecer nos dias 2 e 9 de dezembro, respectivamente, nos Centros Culturais Venda Nova e Padre Eustáquio, a partir das 16h. Os eventos vão reunir apresentações musicais, declamações de poesias, manifestações de arte urbana e cenografia.

“Esta edição privilegia artistas locais e tem a urgência em pautar as águas mineiras e do mundo. Com o intuito de seguir construindo junto dos territórios e abrangendo cada vez mais as pautas socioambientais, os saraus trazem esses temas em forma de arte, resultado das residências artísticas. Estamos preparando dois encontros bem bonitos, com uma galera empolgada e comprometida com o fazer artístico. Está bonito de ver”, destaca Andreza Coutinho, a Dezza, coordenadora de comunicação e produtora do projeto.

Patrocinado pela Prefeitura de Belo Horizonte, por meio da Secretaria Municipal de Cultura, os ciclos formativos do “Águas Gerais: Rios Urbanos, Rios Humanos”, que tiveram a missão de conectar artistas locais, movimentos socioambientais e a população dos territórios Glória e Pampulha, exploraram a potencialidade criativa de cada um dos participantes. “A nossa inspiração foi as histórias contadas no primeiro encontro do projeto, em que a gente resgatou lembranças do bairro Glória a partir das perspectivas dos moradores. Nessas histórias, estão a pinguela que eles usavam para atravessar o rio, o quintal de casa, o clima interiorano da região, e por aí vai”, adianta Maíra Leonel, mentora da oficina de cenografia.

Além de Maíra Leonel, os encontros da residência artística contaram com as mentorias de Julia Elisa, Luiza Brina, Henrick Tsade, Raphael Sales e Matéria Prima. Os orientadores, a propósito, foram convocados por conta da relevância artística na capital mineira e relação com os territórios. “Ter práticas de poesia, assim como o do dizer a partir de uma mulher negra, é algo libertador. O que fizemos foi nos aprofundar num local de memória para as escritas. Júlia Elisa, por exemplo, apresenta o fazer da poesia como o mais natural de nós: somos, sentimos e dizemos. O uso da fabulação poética recebe nossos desejos de mudança e enfeitiça os tempos que queremos”, enaltece Iara Musa, residente da imersão em literatura.

DIA 2/12 - No primeiro sarau, que acontecerá no Centro Cultural Venda Nova, o público vai conferir os trabalhos desenvolvidos por Ed Nasque, Izaú e Débora Cançado, na área da canção; Iara Musa, Laura Conceição e Izabella Betoni, no universo da poesia; e de Tai, Bark e Samuel Maria, no âmbito da arte urbana, mais precisamente com grafite.

DIA 9/12 - No segundo sarau, no Centro Cultural Padre Eustáquio, o público vai conferir o resultado da imersão de Corpo Júlio, RR e Arc, na área do rap; de Robert Makunza, Jéssica Marroque e Marina Reis, no universo da cenografia; e de Rogério Rodrigues, Marcos Evandro e Raíssa Vieira, no âmbito da canção.

PROJETO

O Águas Gerais nasceu em 2017 com a missão de chamar atenção para a preservação e a conscientização sobre as águas de Minas Gerais e do Mundo. Durante sete anos de existência, o projeto realizou diversos festivais em formatos inovadores. O Águas Gerais é um coletivo composto por Andreza Coutinho (Dezza), Tulio Nobre, Gustavito Amaral e Manu. Uma das iniciativas do coletivo é o “Rios Urbanos, Rios Humanos”, uma evolução natural do trabalho, conectando artistas locais e movimentos socioambientais ao público da cidade. A premissa é o direito universal à água potável, acesso às áreas verdes e a busca por qualidade de vida.

SERVIÇO: SARAU “6º ÁGUAS GERAIS: RIOS URBANOS, RIOS HUMANOS”

2/12, às 16h
Centro Cultural Venda Nova (rua José Ferreira dos Santos, 184, Jardim dos Comerciários)
Entrada gratuita

9/12, às 16h
Centro Cultural Padre Eustáquio (rua Jacutinga, 550, Padre Eustáquio)
Entrada gratuita

Foto: Arquivo-PPK