Coberturas

Um verdadeiro time de músicos se juntou a mais de mil vozes na tarde deste domingo, 1º, para a festa de encerramento da 12ª edição do Festival Internacional de Corais, o FIC. Com o tema “Cantando o Futebol Mundial”, uma alusão ao amor dos brasileiros pelo esporte, cerca de cinco mil pessoas se reuniram no Parque Municipal de Belo Horizonte para conferir, além da apresentação dos coralistas, sucessos de grandes nomes da música mineira, como Lô Borges, Marcus Viana e Tianastácia.

Entre canções futebolísticas e preciosidades mineiras, o Grand Finale do FIC foi marcado pela diversidade musical. No mesmo palco, Lô Borges, Toninho Horta, Tavito, Tadeu Franco e 14 Bis dividiram espaço com Wilson Sideral e Tianastácia. Todos eles acompanhados, claro, dos corais jovens e adultos que participaram desta edição do FIC.

O FIC 2014 teve início em 1º de maio, na casa do futebol mineiro, o Mineirão. A cada novo evento, um tema é definido como carro chefe da edição. Como este é o ano da Copa do Mundo, o FIC não poderia fugir à regra. E o encerramento do festival contou com uma seleção de artistas do mais alto escalão. As canções, escolhidas a dedo, resgatam a paixão pelo futebol, que impera em todo o país, e composições que fazem parte da cultura de Minas Gerais.

É o caso de Rua Ramalhete, de Tavito.  Primeira atração da tarde, o compositor mineiro levantou a plateia com um de seus maiores sucessos. “É um momento de celebração. É Copa do Mundo, nós estamos em festa, e o sentimento não pode ser diferente. Aos poucos, o amor pela seleção vai voltando”, disse. Também autor de Coração Verde e Amarelo, clássico a cada Copa, Tavito elogiou a iniciativa do FIC em espalhar a cultura por todo o estado. “Ele – o FIC – leva música para várias cidades do interior. Isso é ótimo, é cultura circulando”.

Foi a partir dessa perspectiva de descentralizar a cultura em Minas que o FIC foi criado, explica o organizador do festival, maestro Lindomar Gomes. Segundo Lindomar, o evento sempre é pensado para fomentar a diversidade musical brasileira. Nesta edição, “a arte do futebol é cantada e interpretada por diversos autores. Nós reunimos um time de craques da música mineira para mostrar o resultado que existe quando o futebol encontra a música”, disse Lindomar.

O maestro também apontou a grande adesão de público que tem sido percebida pela organização do evento ao longo dos anos. Para Lindomar, o balanço do FIC é “extremamente positivo, pois os eventos são gratuitos, diversos e descentralizadores”, apontou. Ele ainda revelou, em primeira mão ao BH Eventos, que o tema do próximo FIC será Bandas e Corais. “Ainda não há nada uma programação definida. É muito cedo. O que dá para adiantar é que vamos tentar promover um encontro desses dois segmentos musicais”, finalizou.

Uma das atrações mais aguardadas, o compositor Marcus Viana, destacou o diálogo entre diferentes estilos musicais em um mesmo festival. “O meu trabalho sempre busca mesclar o clássico com o popular. Nesse festival, o que mais se encontra é essa diversidade de repertório”, apontou.

Para Viana, que é uma das referências musicais da organização do festival, o grande legado do FIC é de promover, a cada nova edição, um espaço democrático para uma das manifestações culturais mais expressivas de Minas Gerais, a música. “É, realmente, muito gratificante poder participar do festival e ter a certeza de que, de alguma forma, nós estamos contribuindo para que mais pessoas possam apreciar diferentes estilos musicais”. 

Fotos: Cássia Marquez