Coberturas

Willi de Carvalho apresenta a exposição “Folia das Cores e do Movimento” no Centro de Arte Popular de BH

Awiili

Centro de Arte Popular, 21/11/2019
Por Luiza Miranda

A exposição “Folia das Cores e do Movimento”, que apresenta obras de arte do artista plástico Willi de Carvalho, sediada no Centro de Arte Popular (CAP), espaço cultural que integra o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte, foi aberta dia 21 de novembro. A mostra é composta por 25 trabalhos, inclluindo miniaturas, esculturas e alegorias ricas em detalhes, ilustrando cenas das cidades do interior, suas festas, tradições, religiosidade e fé.

Willi de Carvalho, natural de Montes Claros, começou a carreira pintando quadros, produzindo cenários e confeccionando figurinos para grupos de teatro da cidade. O artista é uma referência no mercado da arte quanto à criação de miniaturas e pela utilização da técnica tridimensional.  Willi já realizou mais de 40 exposições individuais e participou de cerca de 200 coletivas.

As peças são produzidas com materiais comuns como papel, pano, arame, palitos e caixas de fósforos, de remédios, miçangas, fitas, serragem. São oratórios, esculturas, microcenários de manifestações culturais populares como o Reinado, Congado, Catopés, Caboclinhos, Folia de Reis, Bumba meu boi, entre outras.

Willi descreve seu trabalho como surrealista, onde tudo pode. “Mini bonecos passeiam pelos cenários como se estivessem vivos, "brincando" nas folias, nas procissões ou em alguma festa. Brinco com temas diversos, do sacro ao profano", revela o artista. Um dos temas centrais da sua obra são as festas populares mineiras. Símbolos como o estandarte, peça importante em tais festas, e os espirais, representando a lembrança barroca das cidades históricas de Minas, encantam pela beleza e combinação de cores e pelos materiais utilizados para sua confecção.

Willi Carvalho considerou: “Montes Claros possui uma riqueza cultural muito grande e festas populares. O título “Folia das cores e do movimento” foi escolhido devido ao fato de que o trabalho é uma obra estática, mas vislumbramos movimento, pois ao observamos os detalhes, vemos que as pessoas estão brincando, dançando ou seguindo uma procissão. O tema “folia” remete à alegria e vai de encontro às festas de carnaval e a que mais aprecio é a folia de reis”.

“Me inspiram também as viagens, música, literatura, sendo que meu tema preferido é Guimarães Rosa e li algumas vezes o “Grande Sertão Veredas”, para me basear em suas narrativas. Tenho uma obra no Museu Casa de Guimarães Rosa, onde realizei a exposição “Filigranas”, que remete a Portugal e suas rendas em ouro, assim como suas danças, violas e máscaras. Gostaria que as pessoas visitassem a exposição, pois acho que em Belo Horizonte falta muito ainda a valorização da arte popular. No Centro de Arte Popular poderão visualizar cada detalhe e imaginar o que está presente no trabalho, pois cada um conta uma história”, finaliza Willi.

Cláudia Jannotti comentou: “Sou curadora, fiz meu curso de curadoria em marketing e produção cultural na escola Lecartt, em Paris, para tomar consciência do que é o movimento cultural. No que tange ao trabalho do Willi, considero que nós, os brasileiros, ficamos muito tímidos para contar nossa história, mas somos um povo que possui uma grande riqueza de biografias. O Willi, que elabora um trabalho genuinamente brasileiro, pega uma história e conta outra história, ilustrada em seus objetos e na sua arte”.

“A arte popular brasileira é arte brasileira para mim, pois creio que não deveria existir esta divisão, por mais simples que seja a composição de um artista, engloba matéria prima, riqueza de detalhes e formato. Traduzindo, dessa forma, um movimento relativo à vibração humana originada das nossas festas, das lendas, da nossa flora e fauna. Willi faz isso com mestria, de uma forma, aparentemente lúdica, mas de uma maturidade e conceito extraordinário. Ele é conhecido como mestre Willi de Carvalho e é um dos artistas brasileiros mais citados em livros de arte do mundo. Possui obras em todos o mundo como na Bélgica, Bruxelas, França, Japão, Tóquio e muitos colecionadores da Europa visitam o Brasil para adquirir seu trabalho. Willi, além de amigo, é um artista fantástico e uma pessoa extremamente preciosa para a nossa arte, cultura e para manutenção do pensamento que visa mostrar o que somos, pois não precisamos de arte internacional”, concluiu Jannotti.

Centro de Arte Popular-CAP  -  Rua Gonçalves Dias, 1.608 - BH
A visitação gratuita se estende até 8/3/2020. De terça a sexta, das 10h às 19h; sábados, domingos e feriados, das 12h às 19h
 http://www.circuitoliberdade.mg.gov.br

Fotos: Thiago Miranda
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