Coberturas

A Banda Somba faz lançamento do Álbum "Homônimo" em BH

Elmo

Teatro Francisco Nunes, 24/11/2014
Por Elmo Gomes

O Teatro Francisco Nunes, reformado e com uma estrutura moderna e aconchegante, foi escolhido por ser o lugar ideal para o lançamento do cd, vinil, da Banda Somba de nome “Homônimo”. O evento aconteceu dia 24 de novembro de 2014, às 20:30 horas. O álbum foi lançado em uma noite de segunda feira especial para o Somba, que mostrou ao público um trabalho diferente dos anteriores. Um som mais maduro, utilizando as modernas e antigas ferramentas de som e gravação, que resultou na produção de um vinil.

Segundo os componentes da banda, “Homônimo” foi gravado em disco de vinil, sem deixar de utilizar novas tecnologias de gravação, trazendo um toque clássico da sonoridade das músicas, uma excelência na qualidade sonora, além do visual artístico da capa, que era um dos charmes do vinil.

A Banda Somba foi criada por colegas da Escola de Música da UFMG e está na estrada desde 1998. Atualmente, é formada pelos músicos Guilherme Castro (guitarra e voz), Avelar Júnior (baixo e voz), Léo Dias (bateria e voz) e André Mola, (guitarra), o mais novo integrante do Somba, que realizou seu primeiro show nesta noite. Léo Dias afirmou que: “Terminado o disco, devido aos vários over dubs de guitarra, vimos a necessidade de colocar mais um elemento, desafogando assim o Guilherme, que canta a maioria das músicas. A ideia é proporcionar ao público um show mais aproximado ao que foi gravado. O André Mola foi escolhido por ser um grande guitarrista e por já participar de outros trabalhos conosco”.

Para os integrantes do Somba a ideia é que as letras entrassem em consonância com a proposta artística, e daí aflorasse a maior temática: questionar a relação do Somba com as coisas e com o mundo — cada vez mais artificial e descartável. As canções falam de questões da vida moderna, da efemeridade e obsolescência, problemas cotidianos antigos e que se acentuam na modernidade. Nesse sentido, a atualidade das canções dialoga com uma sonoridade 'vintage', onde o processo de gravação era mais artesanal e orgânico. Cria-se a noção de uma 'velha' modernidade, conceito que permeia toda a produção.

As primeiras músicas a serem entoadas foram “Kem Soul e Real One”, onde somente a banda ocupava o palco. Em seguida a participação de Péricles Garcia que emprestou sua voz e a batida do violão na música “Trânsito”, a música “Destino” voltou a ter somente o Somba no palco, como foi nas duas seguintes, “Light You Fire e Deus me Perdoe”. Neste momento houve uma sequência de participações a começar por Renato Savassi, (flauta) e Bruno Guinu (Percussão) na música “Mah no Cry”, na música “Carne Fraca” foi a vez de Paulo Márcio (Flugelhorn) e Bruno Guinu (Percussão), em seguida, “Vem pro Meu Lado Negro, Nega”, que contou com um time formado por Paulo Márcio (trompete), Pedro Aristides (trombone), Vinícius Augustus (sax barítono), Jonas Vitor (sax tenor), Savassi (flauta) e Bruno Guinu (Percussão), fechando essa leva de participações permaneceu no palco o quarteto de metais Paulo Márcio (trompete), Pedro Aristides (trombone), Vinícius Augustus (sax barítono), Jonas Vitor (sax tenor), para acompanhar a bela música “Musichat”. Uma pausa para o Somba realizar sozinho a canção “The Ox” que seria a deixa para Lorena Amaral, desfilar sua bela voz na “By Heart and Soul”. “Rocambole” teve a participação de Renata Vanucci e Caró Rennó (vocais), Anderson Guerra (violão) e Rodrigo Bustamante (Violino).


 Em seguida a Banda Somba ao lado de Bruno Guinu (percussão), mandaram a surpreendente “La Rica”, onde fazem uma
homenagem ao Scorpions, introduzindo a música “Still Loving You” de forma incidental no decorrer da canção. A música “Velório”, somente Somba, dá o ensejo para um Grand Finale com a música “Correria”, que contou com especial participação de todos convidados juntos no palco, uma verdadeira Orquestra Mineira de Rock.

Mas o show não poderia terminar sem um bis, que veio com o Somba mandando uma pesada música de contestação e protesto perante a atitudes e decisões da indústria fonográfica, a bem humorada e sarcástica, “Eu Queria Fazer Uma Música para Vender, mas PQP, eu não consigo”.


A noite de segunda feira teve um gosto especial para quem esteve presente no Teatro Francisco Nunes, onde o público pode assistir a um espetáculo musical de alto nível, com participações de grandes músicos ao lado da talentosa Banda Somba. Belo Horizonte mostra ao Brasil e ao mundo o quanto sua arte é promissora, contagiante e inovadora sem que para isso deixe de lado a competência e o bom gosto.

 

Fotos: Elmo Gomes
 

Fotos: Elmo Gomes
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