Eventos

Exposição Arte Favela - Memórias Urbanas

Rua da Bahia, 1201 – Centro - BH

Museu Inimá de Paula

(31) 3213-4320

Entrada Franca

de 2 de fevereiro a 28 de abril - terça, quarta, sexta e sábado: 10h às 18h30 - quinta: 12h às 20h30 - domingo: 10h às 16h30


O Museu Inimá de Paula recebeu no dia 2 de fevereiro a exposição Arte Favela - Memórias Urbanas, que apresenta 35 telas feitas por sete artistas convidados do projeto Arte Favela. As obras utilizam diversas técnicas, e representam a identidade dos artistas participantes, sendo eles, Ataide Miranda, ED-Mun, Gud Assis, Hely Costa, John Viana, Nilo Zack e Scalabrini Kaos. A mostra tem como objetivo valorizar um pólo artístico e fortalecer a identidade cultural de artistas urbanos. A entrada é gratuita. O Museu Inimá de Paula tem sua manutenção patrocinada pelo Banco Santader através de incentivos da Lei Rouanet.

A exposição tem como fundamento trabalhar o Graffiti, no contexto das artes visuais, tomando como pressuposto a tentativa de ampliar suas possibilidades técnicas, expressão criativa e difusão cultural. Desse modo, ela possibilita oferecer aos seus praticantes e apreciadores outros olhares e reflexões críticas e estéticas, em contramão aos atos de vandalismo e depredação ao patrimônio público. A mostra propõe criar um ambiente de discussão quanto ao aspecto da particularidade da criação local, a partir da incorporação de elementos históricos da nossa cultura, dialogando com o museu e os espaços urbanos.

A mostra dá continuidade ao projeto Arte Favela, realizado desde 2003, na Vila Presidente Vargas, bairro Goiânia, região nordeste de BH. Ele surgiu em um momento em que a comunidade enfrentava um aumento na violência local em função de conflitos envolvendo adolescentes diretamente ligados à criminalidade. Diante disso, o grafitti foi identificado como uma linguagem artística de interesse dos jovens e se tornou uma saída para contribuir para a mudança da realidade do local.

A perspectiva de futuro é tida como um dos elementos mais importantes da representação do projeto, o que mostra a associação das atividades ao desenvolvimento de experiências que permitam ascender a uma carreira, além da possibilidade de melhorar a qualidade de vida dos participantes. O processo de criação evidencia e potencializa a representação social dos participantes em relação a arte. Embora o produto final seja considerado importante, o processo de criação é que apresenta um desenvolvimento social entre os participantes e a comunidade.

Evidencia-se, também, a categoria de desenvolvimento artístico, e às consequências imediatas derivadas da prática de trabalho no projeto. Portanto, é valorizada a construção e elaboração como procedimentos artísticos, e acrescentada ao fazer artístico a compreensão da dimensão histórica, social e estética. O projeto enfatizar a visão pessoal dos participantes na interpretação da realidade e emoção como um fator a ser alcançado, as artes não são só concebidas numa perspectiva de livre expressão.

Sobre os artistas convidados:

Hely Costa

Hely Costa é artista plástico com formação acadêmica e experiência reconhecida. Graduado em Desenho e Plástica e Pós-graduado em Ensino e Pesquisa no Campo da Arte e da Cultura pela Universidade Estadual de Minas Gerais, UEMG, começou seus trabalhos nas artes visuais nos anos 80 e aprendeu a técnica do Graffiti quando adolescente. Como artista, já participou de várias exposições, com destaque em duas edições no Museu Inimá de Paula (BH). Ganhou vários prêmios, entre eles, Prêmio Vivo Modernismo em Movimento (2010) e Prêmio Bom Exemplo Rede Globo, categoria Cultura (2016) e Prêmio Cultura das Periferias – Canela Fina (2017). Seu trabalho, como artista plástico e muralista, é inspirado na memória das culturas Mineira, Renascentista e Barroca. O uso variado de cores e ilustrações realistas, com destaque ao olhar dos personagens com relação ao apreciador, contrasta com adornos do Congado Mineiro. As histórias e vivências de diferentes pessoas são expressas nos seus trabalhos, tendo como impulso a observação do cotidiano, hábitos culturais e o olhar estético em relação as comunidades e seus costumes.

Ed-Mun

Iniciou seus trabalhos em 1997 em sua cidade natal, Belo Horizonte. Participou de grandes eventos em todas regiões do Brasil, também em países da América Latina, America do Norte, Europa e Estados Unidos, onde expôs em Museus e Festivais importantes. Fundou o grupo PDF Crew, e também faz parte da DMC Rock, um dos grupos espanhóis mais antigos, formada em 1987 e também é membro da FX Crew, uma das crews mais antigas do mundo que surgiu junto com o nascimento do graffiti em Nova York e reuniu artistas muito importantes da época. Além de artista, Ed também trabalha como Arte Educador. Formou-se como Agente Cultural por um projeto de extensão da Universidade Federal de Minas Gerais e FAE, Faculdade de Educação. Desde 2001 vem trabalhando com oficinas, palestras e workshops de graffiti para crianças, adolescentes e professores universitários.

Gud Assis

Além de ter várias de suas obras pelos muros de BH, o artista do graffiti já participou de diversos eventos - como a comemoração dos 300 anos de Mariana e a Campanha Outubro Rosa (de combate ao câncer de mama, realizada pelo Governo de Minas), além de já ter tido seu trabalho exposto na Bienal Internacional de Grafite de Belo Horizonte, no Museu Histórico Abílio Barreto e de ilustrar cartões postais da capital com suas obras. Foi um dos artistas convidados do projeto Telas Urbanas, que reuniu nomes de peso do cenário nacional.

Nilo Zack

Artista visual, bacharel em Cinema de Animação e Artes Digitais pela UFMG, estudou Cinema e Design Multimídia na UBI, em Covilhã, Portugal. Desde 2006, dedica-se a intervenções urbanas e projetos educacionais, promovendo uma série de oficinas em parceria com diversas ONGs, instituições públicas e privadas. Em 2010, produziu a série “Os meninos palhaços”, um de seus trabalhos mais importantes, promovendo-o nacionalmente e credenciando-o ao reconhecimento no exterior.

Ataide Miranda

Nascido em Belo Horizonte, Ataíde Miranda é um ilustrador autodidata que se inspira em temas lúdicos, mitológicos e teatrais. Em 2010 ingressou na  faculdade para cursar Design Gráfico e foi nas aulas de História da Arte que uma professora percebeu seu dom para as artes plásticas. Além de nanquim e acrílica, o grafite é outra técnica que ele já experimentou como forma de exprimir sua arte.

John Viana

Artista mineiro, autodidata, arte educador, trabalha com arte urbana há 10 anos. Além do graffiti nas ruas, pinturas em tela é outra maneira que ele usa como forma de exprimir sua arte. Em sua trajetória ele almeja provocar uma reflexão profunda sobre questões urgentes relacionadas aos caminhos e descaminhos da humanidade. Com referências do barroco mineiro, ele busca impactar a sociedade com temas atuais. As obras do artista estão expostas em diversos países da America do sul e da Europa. Na Alemanha integrou o Meeting of Styles, o maior evento de grafite do mundo. Em 2015 realizou exposição no museu de arte da Pampulha, em Belo Horizonte,, desenvolvendo tema da va lorização das relações familiares. Atualmente integra a exposição “Da Arte Arte Urbana As Galerias”, mostra coletiva em prol do patrimônio histórico de Minas Gerais.

Scalabrini Kaos

Artista mineiro, nascido em Belo Horizonte, Rodrigo Scalabrini Aguiar “Kaos”, artista plástico e empreendedor, traz em suas pinturas artísticas o ideal entre o dripping (gotejamento/respingo), o impressionismo e o expressionismo abstrato. Autodidata, iniciou a vida artística no final da década de 90, quando chamou sua atenção a arte de rua, popularmente chamada de Graffiti. A liberdade de criação e harmonia de cores fazem com que o artista com características inovadoras se destaque em meio à profusão de intervenções artísticas. O conceito e contexto das suas obras busca a reflexão do apreciador para as culturas populares Brasileiras e sua importância, preservando a história de uma país através de seus costumes e tradições, ajudando a compreendermos o cenário urbano onde vivemos e inclusive a nossa própria identidade. A crítica social é também um aspecto de extrema importância, garantindo uma identificação quase imediata de muitos segmentos da sociedade com a obra do artista. Tem como inspiração detalhes do cotidiano, hábitos culturais e do olhar crítico em relação as sociedades e seus costumes.

Foto: Divulgação


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