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Mata Rasteira - peça de teatro retrata a luta da população negra no Brasil

Rua Rio de Janeiro, 1046- Centro- BH

Teatro Júlio Mackenzie do SESC Palladium

31 98861-9318

15,00 (inteira) e 7,50 (meia)

8 a 17 de março / sexta e sábado, 20h, domingo, 19h


A história de luta pela liberdade da população afro-brasileira é o tema do espetáculo solo Mata Rasteira. A peça é inspirada no romance “Mata Rasteira – A origem da Resistência” de Abner Laurindo e é produzida e idealizada pelo grupo Caras Pintadas formado por Rodrigo Negão (concepção e atuação), Gabriel Coupe (Direção e dramaturgia). O grupo é formado também por Anderson Martins e Alexis Abraham.

“A temática central do espetáculo são as rebeliões nos quilombos, nas senzalas e a luta dos negros desde o período colonial até os dias de hoje”, diz Gabriel Coupe.

Mata Rasteira estreia 8 de março de 2019 no Teatro Júlio Mackenzie do SESC Palladium (Rua Rio de Janeiro, 1046- Centro- BH) e fica em temporada até 17 de março, com apresentações às sextas e sábados às 20hs e Domingos às 19hs.

Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro e custam 15,00 (inteira) e 7,50 (meia). No dia 08 de março, após a estréia, haverá um bate papo com a presença de Abner Laurindo, autor do romance "Mata Rasteira", livro que inspira o espetáculo.

Arte de resistência

Com um período escravocrata que durou 400 anos, o Brasil abriga a segunda maior população negra fora do continente africano, perdendo apenas para a Nigéria. Cerca de 52% da população se declara negra ou parda, entretanto, essa parcela considerável permanece distante dos espaços privilegiados e luta para preservar sua identidade e contra a violência racial cotidiana.

Mata Rasteira, a peça teatral idealizada e realizada pelo grupo Caras Pintadas, retrata justamente essa jornada de sobrevivência.

Adaptação

Rodrigo Negão, ator da peça, conta que seu contato mais aprofundado com sua identidade negra se deu em 2012, quando integrou o elenco do espetáculo “Zumbi”, dirigido por João das Neves (1934-2018) e com direção musical da cantora Titane. “foi a partir deste espetáculo que eu me encontrei com a minha negritude e comecei a praticar a capoeira angola e entender que eu era um homem preto e que em minha vida permeavam todas as questões de um homem negro na sociedade atual”, relata.

O início desta caminhada fez com que o ator se envolvesse em outros trabalhos ligados à temática negra, o que o levou, em 2017, a um evento na cidade de Sorocaba, que celebrava o dia da Consciência Negra. Na ocasião ele conheceu o escritor Abner Laurindo, justamente o autor do romance que inspirou a peça.

“Ele entendeu que havia uma conexão entre o que eu fazia e o seu trabalho e me presenteou com seus livros, sendo um deles justamente o Mata Rasteira. Quando li, quis transformar as questões que este livro aborda em teatro, achei interessante a narrativa e vi que era uma forma de continuar esse debate sobre a repressão sofrida pelos corpos negros”, conclui.

Foto: Divulgação


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