Eventos

Sarau de Música e Poesia Com Toninho Horta & Petrônio Souza Gonçalves

Rua Paraisópolis 738 – Santa Tereza - BH

Museu Clube da Esquina

(31) 9 9688-0558

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Dia 15 de maio – quarta-feira - 20h


Após o sucesso inicial da primeira temporada do Sarau de Toninho Horta & Petrônio Souza Gonçalves, que começou em novembro de 2015, projeto chega ao ano de 2019 com os autores lançando novos livros, produzidos durante os últimos anos, e apresentando a canção inédita composta diante das tragédias que assolaram Minas nos últimos anos “Portal das Minas”, quando os autores lembram e reafirmam que Minas é do ouro e não da lama. O Projeto já tem agenda confirmada em 21 cidades brasileiras.

Na primeira fase Toninho Horta lançava a sua biografia: “Harmonia Compartilhada” e Petrônio o livro “Um Facho de Sol como Cachecol”. A dobradinha deu tão certo que a primeira edição dos livros de Petrônio e Toninho se esgotou completamente, o que fez ambos finalizar com mais rapidez projetos editorias que estavam em andamento. Nesse ínterim, o espetáculo dos dois passou por São Paulo, Belo Horizonte, Rio de janeiro, além das cidades de Uberlândia, Varginha, Juiz de Fora, Ipatinga, entre muitas outras.

A julgar pelos convites recebidos, a dupla vai retornar a boa parte das cidades por onde passou na primeira fase, como já está marcado na agenda dos eventos para 2019 e 2020.

Os autores

Toninho Horta está comemorando em 2019 seus 70 anos de vida e 50 anos de carreira e é um dos maiores músicos do mundo. Tem vários discos gravados e distribuídos em todo o planeta e agora apresenta em seu SongBook, que tem lançamento internacional, um pouco de sua trajetória. Para citar apenas dois nomes, Pat Metheny e George Benson, considerados ícones da guitarra, estão entre os artistas que o reverenciam. Toda sua carreira, sucessos, discos e histórias curiosas poderão ser conhecidos agora pelo grande público com o SongBooK 108 Partituras que, devido a expectativa criada no meio musical, já está com sua primeira edição esgotada.

O jornalista Petrônio Souza Gonçalves lança o seu quinto livro, o terceiro de poemas, com imagens poéticas inusitadas, como já revela o título: “Braço de Rio, Pedaço de Mar”. Composto por 244 poemas, os textos não têm título, o que é uma inovação na forma de compor os versos pelo autor, vindo, cada um poema, com a primeira frase em destaque, sendo o título de cada texto. A crítica especializada e os maiores nomes da literatura nacional são unânimes em destacar a produção literária do autor, o colocando como um dos grandes nomes da poesia nacional na atualidade. Nas palavras de Luis Fernando Verissimo, Petrônio Souza é uma revelação na poesia: “Entre o lírico, o irônico, o insólito e o confessional viaja a poesia do Petrônio. Realmente uma revelação”.

Antes da sessão de autógrafos, os autores farão um bate-papo, quando abordarão detalhes e características de suas obras, além da poesia na música popular brasileira, histórias do Clube da Esquina, bastidores do mundo literário, e as eternas parcerias de Toninho Horta e suas gravações. Haverá, ao final, espaço para perguntas do público.

O SongBook “108 Partituras” - Aguardado não só no Brasil mas por músicos de todo o mundo, Toninho Horta lança seu primeiro SongBook. O livro é fruto de cinco anos de pesquisas do compositor, na transcrição de suas partituras, organização de material biográfico, além de depoimentos de muitos de seus parceiros de músicas e histórias. As 108 músicas selecionadas e transcritas em partituras traz ainda diagramas de acordes para violão e piano.

Além da obra musical, o livro compreende textos com breve histórico da vida e carreira do artista, letras das músicas, depoimentos, encarte colorido contendo fotos, sua discografia de carreira, além de fotos dos momentos mais marcantes de sua trajetória, entre outras informações relevantes.

A obra de Toninho Horta foi organizada no livro por décadas, dando ao leitor uma linha de tempo de sua carreira musical. Destinado a estudantes de música, professores, pesquisadores, músicos profissionais e amadores que apreciam a música instrumental, desenvolvida de forma única e encantadora.

Toninho Horta - Vindo de família de músicos – seu avô, o maestro João Horta, foi destaque entre os compositores de música sacra e popular no período Barroco mineiro – Toninho teve as primeiras aulas de violão com sua mãe Geralda, que era bandolinista, e seu irmão Paulo, contrabaixista. Na adolescência compôs suas primeiras canções, acompanhando cantoras na TV Itacolomy e se destacava entre os jovens músicos de sua geração. Morando no Rio de Janeiro a partir dos anos 70, TONINHO HORTA se tornou conhecido nas rodas do meio artístico, sendo admirado por todos pela sua performance bem pessoal, quando tocava a guitarra ou o violão e pelas composições inventivas, com sofisticada harmonia. No II Festival Internacional da Canção em 1967, promovido pela Rede Globo de Televisão, com direção artística de Augusto Marzagão, TONINHO HORTA foi finalista com as suas músicas “Maria Madrugada”, letra de Júnia Horta e “Nem é Carnaval”, em parceria com Márcio Borges. No IV Festival Internacional da Canção, em 1969, TONINHO HORTA novamente foi finalista com a música “Correntes”, cuja letra de Márcio Borges foi censurada, tendo que fazer algumas alterações. Em 1970 integrou a banda de Elis Regina e participou da gravação do LP “Ela”. Em 1972 participou em várias faixas no LP Clube da Esquina, de Milton Nascimento & Lô Borges, com amigos músicos e compositores, tocando uma variedade de instrumentos: violão, baixo, bateria, percussão e vocal. Em 1974 integrou o grupo “Som Imaginário” que, ao lado de Milton Nascimento e orquestra, gravaram o histórico álbum duplo ao vivo “Milagres dos Peixes”. TONINHO HORTA leva na bagagem cerca de 30 discos gravados e já tocou e gravou com músicos em mais de 40 países. É considerado hoje um dos maiores guitarristas de jazz do mundo, sendo aclamado e respeitado internacionalmente. Mais de 80 músicas foram feitas em sua homenagem por artistas em todo o planeta.

Bilíngue, o SongBook relembra, ainda, as apresentações em outros países asiáticos e europeus, além de sua relação com fãs. Um dos capítulos da obra é dedicado ao encontro musical com Pat Metheny, enquanto outro fala da gravação de um disco com George Benson, ainda não lançado comercialmente.

No final da obra Toninho faz também declarações de caráter pessoal, que dão a dimensão humana desse profissional da música.

“Braço de Rio, Pedaço de Mar” é o terceiro livro de poesia que Petrônio Souza Gonçalves lança, sempre fiel ao difícil afazer poético, a um só tempo popular e de sutil profundidade. Se o anterior "Um facho de sol como cachecol" - maravilhou público e crítica, esse novo livro inscreve definitivamente o mineiro no trancado cenário literário nacional. Não bastassem elogios de Verissimo, Zuenir Ventura e Fernando Morais movendo-o aos picos dos maiores poetas de sua geração, Petrônio atualmente viaja o Brasil com um sarau de música e poesia com ninguém menos que o guitarrista Toninho Horta. O sarau de Petrônio e Toninho já passou por 23 cidades brasileiras e três capitais.

Escrito no correr dos últimos dois anos, "Braço de Rio, Pedaço de Mar" traz 244 poemas voltados à temática do tempo e das buscas e frustrações humanas. Como escreveu no prefácio do livro o sempiterno Aldir Blanc: “os trilhos que levam ao Poeta Petrônio estão nas palmas das mãos dos seres humanos que sofrem”.

Além do prefácio assinado por Aldir, o livro traz ainda um depoimento de Ferreira Gullar, que dizia não gostar de fazer apresentação ou depoimentos para escritores e poetas. Falecido em 2016, Ferreira foi amigo de Petrônio, que sempre o visitava em seu apartamento no Rio de Janeiro. O depoimento de Gullar talvez tenha sido, mais que uma exceção, um dos últimos textos do maranhense e que ainda estava inédito. Outros que falaram bem de Petrônio foram Sebastião Nery, Aristóteles Drummond e José Hamilton Ribeiro, além de Toninho Horta, Paulo Betti, Tostão, cronista post-futeboler, e o imortal machadiano Geraldo Carneiro, que orelhou o livro de um lado; de outro lado a orelha é de Carlos Buzelim, do jornal Hoje em Dia, de Minas. Escreveu ele: – “Escritor que surge e surpreende a literatura pátria. Conjuga as palavras harmoniosamente, semelhantes às partituras musicais de plenitude melódica, rítmica e apreciável lirismo. Textos de delicadas insinuações refletem bom gosto poético, decorrendo delicadeza e esmero vernacular em que propostas subjetivas falam ao coração. Retratam a vida, seus personagens, mediante incrível poder de síntese”. Na mesma orelha, Jane Godoy do Correio Braziliense disse: “Em suas 238 páginas de pura poesia, o autor conseguiu dar a ela, a poesia, uma imagem de pureza, ligeireza, leveza e beleza, que – vale confessar -, jamais vi. A cada página, uma surpresa, tal a sua originalidade e forma de fazer poesia, como a da página 114 em que se lê: “Aprendi a ser como o ipê: Quando escureço. Despido entristecido padeço; Aí é que floresço.” Até que chegamos à última página com: “Para arrumar a casa/ É preciso afastar os móveis”. O óbvio mais poético de que se tem notícia”. Luiz Gonzaga Lopes, do Caderno de Sábado do Correio do Povo de Porto Alegre, diz também: – “Petrônio Gonçalves é o mensageiro do tempo, o eu lírico que rompe dimensões físicas e espirituais para versar e versificar coisas do dia a dia, da história, um cara capaz de nominar “a faca da chama da vela/ que corta a escuridão do dia”. Alguém no mundo que se inspira em Drummond, Aleijadinho e Pessoa (este último um não mineiro), poetas e artista, mineradores da beleza, da estética, do estar no mundo, nesta vida para mais de métrica que temos para escrever. “Os meus ombros não suportam o mundo”, diz o início de um poema dos muitos do livro “Um Facho de Sol Como Cachecol” (Realejo Livros, 2015, 238p.), todos não nominados como o sol do poema do Nobel francês de Guadalupe em 1960, Saint-John Perse: “Não se nomeia o sol, mas entre nós está seu poderio”. Porém, seus ombros e seus versos dão sentido a este pequeno mas vasto mundo, do íntimo, fugaz e cruel como o tempo que aqui habitamos. Linhas que se opõem a qualquer espaço em branco, pois têm muito a dizer. A rua dele é só pensamento, tem Quintana que é daqui, tem Van Gogh que é Dalí, tem Minas e Monet, tem passado e cada trecho é para nós um presente: “O tempo fez comigo acordo nenhum” ou “O tempo é mesmo um Deus cruel”. A estrada que ele trilha tem o amor que é como uma casinha pequenina e, para o poeta Petrônio, pedra polida: “Para arrumar a casa/ É preciso afastar os móveis.” Voa só o seu pensamento e flana em bando a alma. Letras que limpam e curam nossas feridas. Poesia primazia para leitores em órbita poética”.

O autor lembra que seu livro faz uma ode ao cão de rua, quando proclama ver nos vira-latas a metáfora da poesia. São dois poemas dedicados aos cães que vagam esquecidos pelas ruas do país.

Sobre o tempo, ele lembra ainda que: “A juventude não existe mais; Aquela./ Os sonhos não existem mais; Aqueles./ A namorada não existe mais; Aquela./ No entanto, Entre o riso e o pranto,/ A vida não parou no que passou,/ Não é o vento que pousou na janela,/ A tempestade que ficou aprisionada na sala de espera./ A vida não é um lugar;/ É onde você está./ E segue sempre,/ Invariavelmente,/ Na busca da eterna primavera.” E duela com as exigências dos anos: “Óculos,/ Não!/ Isso é armação do tempo./ Não preciso de um caco de vidro/ Para enxergar melhor/ O que já está definido./ Que meus olhos nunca vejam/ O que está concluído e imposto./ Quero-os distraídos,/ Não mirando na realidade/ O meu desgosto./ Que meus olhos sempre vejam ensolarados/ Os dias nublados,/ E sempre desfocado/ O que não é principal./ Porque este/ Não precisa se ver,/ Apenas sentir.”

O Livro - Com capa de Paulo Caruso, “Braço de Rio" é, em seus 244 poemas sem título, o singular e original ato de fazer poesia só como Petrônio faz. Porque, segundo o próprio autor, o “título muitas vezes já é uma síntese do poema, quando na verdade a poesia, por si só, é essa síntese; então o livro traz a primeira frase em negrito, e a síntese, a alma do poema, distribuída em seus versos”.

Vale destacar a sacada do poeta no texto que dedicou ao grande herói nacional: “Tiradentes fez da forca/ O laço com a história./ O oito em infinito/ Da mais plena glória./ Nós enxergamos pouco,/ Somos desprovidos de primaveras./ Nem sabemos,/ - Como na cruz -/ Quando o fim se cala/ No quedar da cabeça tombada,/ Que é o aceno do tempo/ Para o que está no alto/ E acabou de nascer.” Outro texto de destaque é a comum impotência dos que fazem poesia ou escreve canções, onde se percebe claramente a influência de Carlos Drummond de Andrade: “Os meus ombros não suportam o mundo./ Estão envergados,/ Envergonhados,/ Pelo fardo pesado que não sou capaz de carregar./ Fiz da minha cruz/ A madeira/ Para a fogueira/ Na lareira em que queimei/ Todas as minhas frustrações./ Na chama em que ardia/ Os meus sonhos,/ Minha alma gania,/ Meu coração nem batia,/ Apenas repetia o badalar dos segundos/ Da reencarnação./ Agora,/ Sou apenas sombra;/ O que de mim restou./ O fantasma,/ A sobra,/ O vulgar ator.”

E para fechar, o poeta demonstra toda paciência quando está à procura da palavra poética certa, no último poema do livro, na verdade, um poemeto, sintético e preciso, escreve: “Não tenho pressa/ Tenho a chave”.

Braço de Rio, Pedaço de Mar – Poesia - Editora Realejo Livros – Santos – SP - 240 páginas - R$ 40,00 - Contato com o autor: 31 – 99239-2621 –  E-mail: [email protected]

- http://www.abi.org.br/o-jornalista-mineiro-petronio-souza-goncalves-divulga-pelo-pais-seu-terceiro-livro-um-facho-de-sol-como-cachecol/

SongBook “108 Partituras” – Biografia – Editora Terra dos Pássaros – Belo Horizonte – MG. 310 páginas – R$ 150,00 – vendas – http://www.toninhohortastore.com.br/index.html


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