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Filarmônica de Minas Gerais apresenta a ópera "Cartas Portuguesas"

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Gratuito

dia 10 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais


A Filarmônica de Minas Gerais apresenta, nessa semana, a ópera “Cartas Portuguesas”, do compositor carioca João Guilherme Ripper, em forma de concerto cênico. A obra, de grande força dramática, narra a paixão da freira portuguesa Mariana Alcoforado por um oficial francês, no século XVII. As cartas escritas pela religiosa ao seu amado, de dentro da clausura, dão origem ao libreto, também de autoria de Ripper. A montagem trazida a Belo Horizonte pela Filarmônica estreou em São Paulo e em Lisboa (Portugal), no ano passado. O papel principal é vivido pela soprano Camila Titinger; a regência é do maestro convidado Roberto Tibiriçá e a direção de cena é de Jorge Takla. Participam também as sopranos Érica Muniz, Deborah Bulgarelli e Nívea Freitas. Na mesma noite, a Filarmônica interpretará também a “Sinfonia nº 8 em Fá maior, op. 93” de Beethoven. A apresentação será no dia 10 de junho, às 20h30, na Sala Minas Gerais.

Por enquanto, a autorização para a retomada das atividades da Orquestra não prevê a presença de público na Sala Minas Gerais.

O concerto terá transmissão ao vivo para todo o público pelo canal da Filarmônica no YouTube.

Durante a apresentação, haverá um intervalo de 20 minutos, quando serão realizados os Concertos Comentados, palestras em que especialistas comentam o repertório da noite. O palestrante da noite é Arnon Oliveira, Doutor em História, maestro do Coro Madrigale e professor de Regência na Escola de Música da UFMG.


Este projeto é apresentado pelo Ministério do Turismo, Governo de Minas Gerais, Instituto Cultural Vale e Cemig por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura. Realização: Instituto Cultural Filarmônica, Secretaria Estadual de Cultura e Turismo de MG, Governo do Estado de Minas Gerais, Secretaria Especial da Cultura, Ministério do Turismo e Governo Federal.

Maestro Roberto Tibiriçá, regente convidado

Roberto Tibiriçá recebeu orientações de Guiomar Novaes, Magda Tagliaferro, Dinorah de Carvalho, Nelson Freire, Gilberto Tinetti e Peter Feuchwanger. Foi discípulo do maestro Eleazar de Carvalho. Já atuou como regente assistente no Teatro Nacional de São Carlos, em Portugal, e diretor artístico da Orquestra Sinfônica Brasileira. Também foi diretor artístico e regente titular da Petrobras Sinfônica, Sinfônica de Campinas e da Filarmônica de São Bernardo do Campo. Atuou como diretor artístico da Sinfônica Heliópolis/Instituto Baccarelli e regente titular da Sinfônica de Minas Gerais e da Orquesta Sinfónica del Sodre, no Uruguai. Na Petrobras Sinfônica, teve iniciativas elogiadas para divulgação e estímulo à música brasileira, como concertos com repertório de compositores nacionais contemporâneos e concursos para jovens solistas, regentes e compositores. Há alguns anos é convidado para o Festival Villa-Lobos, na Venezuela, regendo concertos com a Orquestra Simón Bolívar.

 

Camila Titinger, soprano

A ítalo-brasileira Camila Titinger vem tendo destaque na Europa há três anos. No Brasil, atua nos principais papéis de soprano nas mais importantes salas de concerto e ópera. Recentemente, debutou Donna Anna no Garsington Opera Festival e no Théâtre des Champs-Elysées. Desde 2018, apresenta-se com Plácido Domingo em cidades como Liubliana, Estrasburgo, Valencia, Aarhus e Boston. Foi premiada nos concursos Neue Stimmen (Alemanha), Paris Opera (França), Belvedere (Letônia), Giusy Devinu (Itália) e, em 2019, representou o Brasil na BBC Cardiff Singer of the World. Suas próximas aparições serão com a Opera de Rouen Normandie e a Philharmonie de Paris. Em 2021, fará seu debut na Alemanha, interpretando Mathilde da ópera Guilherme Tell, de Rossini, no Aalto-Theater Essen.

 

Jorge Takla, direção de cena

Uma das personalidades mais ativas tanto no teatro como na ópera, Jorge Takla já dirigiu e produziu mais de 100 espetáculos de teatro e teatro musical. Formado na Escola de Belas Artes de Paris e no Conservatório de Arte Dramática de Paris, começou sua trajetória profissional ao lado de Robert Wilson, em 1974. De 1974 a 1976, atuou e dirigiu no Teatro La Mama, em Nova York. No Brasil, já dirigiu My Fair Lady, Evita, Jesus Cristo Superstar, West Side Story, Mademoiselle Chanel, Vitor ou Vitória, Electra, entre outras. Em ópera, dirigiu Rigoletto, Tosca, La Traviata, La Bohème, As bodas de Fígaro, Cavalleria Rusticana, A viúva alegre e outras. Foi dono do Teatro Procópio Ferreira de 1983 a 1992.

 

Erika Muniz, soprano

Erika Muniz começou seus estudos de canto com a professora Sônia Dumont no Rio de Janeiro, sua cidade natal. Em 2002, iniciou o curso de bacharelado em Canto na Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) sob orientação do professor Inácio de Nonno. Integra o Coro da Osesp desde 2008, ano em que iniciou os estudos de canto com a professora Isabel Maresca. Como solista, foi Belinda em Dido e Eneas, de Purcell e também Livia em L’Italiana in Londra, de Cimarosa. Já se apresentou ao lado das orquestras Petrobras Sinfônica, Sinfônica de Heliópolis, Municipal de Jundiaí, Jovem do Estado de São Paulo, Municipal de Campinas e Osesp. Sob a regência de nomes como Carlos Alberto Figueiredo, Julio Moretzon, André Cardoso, Luis Gustavo Petri, Claudia Feres, Isaac Karabtchevsky, Ragnar Böhlin, Daniel Reus e Marin Alsop, cantou também em Porgy and Bess, bem como a Nona Sinfonia de Beethoven e o Réquiem de Mozart. Atualmente, cursa o mestrado no Programa de Pós-Graduação em Música da USP.

 

Deborah Bulgarelli, soprano

Deborah Bulgarelli é vencedora do V e do VI Concurso para Jovens Solistas da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e do Concurso Internacional de Canto Linus Lerner Edição Brasil 2020. Recebeu o prêmio de "Melhor Intérprete de Ópera de Antônio Carlos Gomes" no XIII Concurso Estímulo para Cantores Líricos. Mineira de Belo Horizonte, Deborah Bulgarelli é Bacharel em Música com Habilitação em Canto Lírico pela Universidade do Estado de Minas Gerais (UEMG). Integrou a Academia de Ópera do Theatro São Pedro, coordenada pelo maestro André dos Santos. Em óperas, destacam-se os personagens Angelica em Suor Angelica, de Puccini, Dido em Dido e Eneias, de Purcell, e Marguerita na estreia mundial da ópera Il Noce di Benevento, de Giuseppe Balducci. No universo sinfônico, já cantou o Réquiem e a Missa da Coroação de Mozart e também a Nona Sinfonia e a Fantasia Coral de Beethoven.

 

Nívea Freitas, soprano

Nívea Freitas possui título de concertista (Konzertexamen) pela HFMT – Hamburg (Alemanha), onde também realizou seu segundo mestrado, em canto lírico, ambos os títulos na classe do professor Mark Tucker. Em 2015, completou seu primeiro mestrado, em performance, pela UFMG, desenvolvido parcialmente na França, no Departamento de Teatro da Sorbonne Nouvelle de Paris. Em 2015, interpretou Melise e Coryphée na ópera Renaud, de Sacchini, na Sala Cecilia Meirelles, sob direção de André Heller-Lopes e regência de Bruno Procópio. Em 2016, na Alemanha, cantou na ópera The Fairy Queen, de Purcell, no Opera Stabile – Staatsoper Hamburg. Sua experiência em pesquisa em performance contribuiu para a formação de uma artista engajada não só com a técnica e as minúcias da prática musical, mas também com a criação, a pesquisa e a autonomia artística. Em sua trajetória, elaborou projetos na área de concerto de câmara com o intuito de unir a tradição erudita com a atualidade, por meio do uso de mídias audiovisuais e da interdisciplinaridade. Em 2018, venceu o concurso CLAB Festival – Neue Konzert Ideen, na Alemanha.

 

Repertório

Ludwig van Beethoven (Bonn, Alemanha, 1770 – Viena, Áustria, 1827) e a obra Sinfonia nº 8 em Fá maior, op. 93 (1812)

Embora os primeiros esboços da Sinfonia nº 8 datem de 1811, foi apenas a partir de maio do ano seguinte que Beethoven pôde realmente se dedicar à obra. No final de setembro a composição já estava pronta e em outubro Beethoven confeccionava a partitura definitiva. A estreia se daria dois anos mais tarde, em 27 de fevereiro de 1814, em um concerto em Viena regido pelo próprio compositor. Sob vários aspectos, a Oitava nos remete às sinfonias de Haydn, especialmente à Sinfonia nº 101 (“O relógio”): por suas dimensões, no colorido e, principalmente, pelo tratamento temático.

João Guilherme Ripper (Rio de Janeiro, Brasil, 1959) e a ópera Cartas Portuguesas (2019/2020)

Uma ópera sobre a clausura, a solidão e o afastamento estreada em um contexto pandêmico. Sem querer, a trajetória de Mariana Alcoforado tornou-se um reflexo das emoções e dramas vividos entre quatro paredes nestes tempos. O ponto de partida são as cinco correspondências enviadas pela Sóror Mariana Alcoforado – a mais conhecida moradora do Convento de N. Sª. da Conceição, em Portugal – ao oficial francês Noël de Chamilly, publicadas em Paris em 1669 sem a autorização da remetente, sob o título de Cartas Portuguesas. À ópera de mesmo nome, o compositor João Guilherme Ripper somou outros textos religiosos, como a Liturgia das Horas, o Cântico dos cânticos, o gregoriano Veni Sancte Spiritus e, por fim, o poema Leanor, de Rodrigues Lobo, base para a ária em que a freira recorda a infância. Composta entre 2019 e 2020, Cartas Portuguesas teve sua estreia em 28 de agosto de 2020 na Sala São Paulo, com a Osesp, em um concerto sem a presença do público.

 

Filarmônica de Minas Gerais

10 de junho – 20h30

Sala Minas Gerais

Transmissão ao vivo no canal da Filarmônica no YouTube

Foto: Keiny Andrade


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