Eventos

Projeto Cordelizando 2019

Santa Maria de Itabira/MG

Fundação Francisco de Assis

Entrada Gratuita

12 de julho, sexta 19h


Desde fevereiro de 2019 projeto tem possibilitado o acesso à difusão e criação da literatura de cordel com o envolvimento, até o momento, de mais de 1.000 alunos e professores da rede pública e a população em geral dos municípios de Santa Maria de Itabira, Bugre, Córrego Novo e Santana do Paraíso. No segundo semestre, a previsão é que o número de contemplados, diretamente, aumente com inclusão das cidades de Coroaci, Sabinópolis, São Domingos do Prata e Santo Antônio do Itambé.

A partir de 12 de julho, sexta, o Grupo Parangolé, que celebra duas décadas, começa um circuito de apresentações de esquetes teatrais e do espetáculo cênico-musical Cordéis dos Cafundó, encerrando a primeira fase do projeto Cordelizando. Com o objetivo de difundir e resgatar a tradição da literatura do cordel, o projeto prevê durante alguns meses, oficinas com professores e alunos da rede pública, que resultam em criação de cordéis e apresentações teatrais em 8 cidades do interior de Minas. Quatro municípios já vivenciaram a primeira etapa ocorrida de fevereiro a junho, e agora, assistem à encenação dos trabalhos nos dias 12.07, sexta (Santa Maria de Itabira), 13.07, sábado (Santana do Paraíso), 23.08, sexta (Bugre) e 24.08, sábado (Córrego Novo). As apresentações são gratuitas e têm classificação indicativa: livre. Duração: 90 minutos. Mais informações para o público, no facebook e instagram: @cordeisdoscafundo. Este projeto é apresentado pelo Ministério da Cidadania, aprovado pela Lei Rouanet e é uma parceria entre o Parangolé, a Cenibra, e neste semestre de 2019, as Secretarias Municipais de Educação das cidades de Santa Maria de Itabira, Bugre, Córrego Novo e Santana do Paraíso, com apoio da Univale.

O único país em que a cultura do cordel ainda se mantém viva é o Brasil. Estima-se mais de 30 mil títulos publicados. “Na primeira metade do século, o cordel era o jornal do sertão que levava os temas sociais e políticos para os grotões, à maneira popular. O cordelista é uma espécie de cronista de seu tempo. Apesar dessa força vir e estar no nordeste, temos até hoje vários desses poetas espalhados pelo país”, contextualiza Cascão, fundador do Grupo Parangolé.

Com 20 anos de atuação na arte-educação, o Grupo Teatral Parangolé Arte Mobilização (Belo Horizonte - MG) propõe, a partir do projeto Cordelizando, difundir a literatura de cordel para o contexto escolar. “A perspectiva de apresentar a poesia e a força dessa forma de narrar, sua história, as técnicas de criação e declamação, despertando de forma lúdica o gosto pela escrita e a leitura é algo revolucionário. Agora, se na ponta sairão cordelistas, só a experiência dirá”, diz Cascão.

O “Cordelizando” começou em fevereiro deste ano nos municípios de Santa Maria de Itabira, Córrego Novo, Bugre e Santana do Paraíso. Além de realizar apresentações do espetáculo Cordéis dos Cafundó possibilitando a fruição artística, cada cidade recebeu oficinas pedagógicas de criação de cordel para os professores (fevereiro e maio), com a assessora pedagógica Sirlene Alves e o artista Cascão, e de teatro para os alunos (junho), ministradas pelo ator do Parangolé, Lucílio Gomes.“Durante todo o semestre, a literatura de cordel começou a fazer parte do cotidiano dos alunos, nas aulas de português, história e geografia, integrando professores, assessores pedagógicos, diretores e secretarias de educação locais”, explica.

Os cordéis criados em sala de aula foram roteirizados pelo Parangolé e transformados em pequenas esquetes que serão encenadas pelos alunos no evento final, em julho. Para Cascão, “apesar da arte do cordel ter 150 anos de história enquanto literatura escrita e séculos de literatura oral, quando a gente se defronta com professores, alunos e mesmo grupos artísticos, fica evidente a sua atualidade e potência, pois estamos falando de um imaginário que as pessoas já trazem, às vezes sem saber. O que fazemos é proporcionar o reencontro delas com algo que é a identidade do povo brasileiro”, explica o poeta que, há seis anos, já realizou o projeto nos municípios de Belo Oriente, Cachoeira Escura, Peçanha, Naque, Governador Valadares, Coronel Fabriciano e Belo Horizonte. O artista se apresenta em “Cordéis dos Cafundó” acompanhado dos músicos Débora Costa (percussão), Thiago Gazzineli (sanfona) e Christiano de Souza (violão/ baixo).

Até agora o projeto Cordelizando envolveu diretamente mais de 1.000 alunos e professores de Santa Maria de Itabira, Bugre, Córrego Novo e Santana do Paraíso, mais a população em geral dos municípios. Para o segundo semestre, está prevista a realização do projeto nas cidades de Coroaci, Sabinópolis, São Domingos do Prata e Santo Antônio do Itambé.

ESPETÁCULO CORDÉIS DOS CAFUNDÓ

O espetáculo tem como fio condutor o personagem vivido por Cascão, um caixeiro viajante que chega a uma cidade grande e vê confrontadas suas noções de mundo com a overdose urbana e tecnológica da metrópole. Para sobreviver, ele vende raízes, brinquedos e folhetos de cordel. O espetáculo combina literatura, teatro e música na declamação dos poemas de autoria de Cascão e de autores lendários do romanceiro brasileiro. A peça cênico-musical tem como foco o público pré-adolescente, adolescente e jovem visando melhorar o desempenho escolar e a sociabilidade através da arte. O espetáculo tem atuação, direção e dramaturgia de Cascão.

EQUIPE DO PROJETO CORDELIZANDO

Rodolfo Cascão - Diretor Artístico | Lucílio Gomes - Oficinas de Teatro | Flávia Mafra - Coordenadora Geral | Sirlene Alves - Coordenadora Pedagógica | Sam Luca - Produtor Executivo | Poliana Tuchia - Assessoria Online | Beatriz França - Assessoria de Imprensa | Maíra Campos - foto e vídeo | Comum - Programação visual | Christiano Di Souza, Thiago Gazzineli, Augusto Cordeiro, Sara Assis e Débora Santos – músicos | Flora Guerra - técnica de som | Flávia Mafra - técnica de luz | Rafael Fares e Humberto Mundim - técnicos de projeções | Ítalo Souza – cenotécnico | Rafael Pisani - intérprete de libras | Proartminas - gestão e prestação de contas

SOBRE CASCÃO

O contador de histórias Rodolfo Alexandre Cascão Inacio é mais conhecido como Cascão. Reside há 25 anos em Minas Gerais. Cascão é poeta, ator, diretor, dramaturgo, contador de causos, cordelista e há mais de 30 anos pesquisa e milita com o teatro e a cultura popular. Mestre em Educação pela Faculdade de Educação da Universidade Federal de Minas Gerais – 1992/95 Produtor cultural, autodidata, participou em dezenas de cursos e seminários de teatro, artes circenses, teatro de bonecos, mímica, produção cultural, educação ambiental e comunicação social, e publicou diversos livros. É também consultor autônomo em mobilização social e arte educação prestando assessoria a órgão públicos e entidades sociais e privadas. Desde 2012 se apresenta em diversas praças e teatros de diversas partes do Brasil, com destaques para cidades de Minas, Brasília (DF) e Barcelona (Espanha).

GRUPO TEATRAL PARANGOLÉ ARTE MOBILIZAÇÃO – 20 ANOS

O PARANGOLÉ ARTE MOBILIZAÇÃO é um grupo formado por profissionais da área de educação popular, teatro, música e artes plásticas. Desde 1999 vem desenvolvendo trabalhos de criação artística com propósitos culturais e educativos, o que resultou na ampliação de seus trabalhos enquanto grupo de pesquisa, tendo fundamentalmente como mote de sua investigação a cultura popular, os direitos humanos e temas socioambientais como lixo, água e o meio ambiente. Arte Mobilização é ao mesmo tempo estética, arte, comunicação e ação cultural. É uma arte que tem a intencionalidade de mobilizar a sociedade em prol das grandes causas. É pensar a arte em função da vida, do cotidiano e da cidadania.

Foto: Maíra Cabral


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