Eventos

Exposição Ellora – Ildeu Lazarinni na Piccola Galleria

Praça da Liberdade, 10 – Funcionários – BH/MG

Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura

(31) 3289-8900

Entrada Gratuita

4 de dezembro de 2018 a 27 de janeiro de 2019 Terça a sexta, das 10h às 21h; sábados, domingos e feriados, das 10h às 18h


A ciência dá lugar ao imaginário na Piccola Galleria da Casa Fiat de Cultura. A partir de 4 de dezembro de 2018, o artista visual mineiro Ildeu Lazarinni apresenta no espaço a exposição Ellora – uma instalação de 50kg e 8m de comprimento feita com poliuretano, tinta acrílica e alfinetes. A técnica utilizada está presente em toda a trajetória artística de Lazarinni, que em uma experiência de laboratório durante seu doutorado em Engenharia de Biomateriais, descobriu no microscópio aquilo que desejava criar em grande escala para ocupar as galerias de arte: a matriz extracelular presente no corpo humano. A mostra tem curadoria de Élcio Miazaki e fica aberta à visitação até 27 de janeiro de 2019 com entrada gratuita.

Ildeu Lazarinni define suas criações como “núcleos flutuantes”. Estes são inspirados no que a ciência chama de matriz extracelular, um conjunto de moléculas que se organizam para, dentre outras funções, acolher as células dos corpos; uma espécie de “casa das células”. Foi ao visualizar essa matriz extracelular artificial em um microscópio do laboratório da Universidade de Strasbourg (França), que o cientista se descobriu artista: “Naquele momento percebi que o doutorado não era mais meu foco. Achei aquela imagem incrível e só pensava na plasticidade e nas potencialidades dela”, relembra.

Como na biologia, os 39 “núcleos flutuantes” que integram a instalação Ellora cresceram e ganharam forma nas mãos do artista de maneira espontânea, reunindo-se harmonicamente em diferentes tons de verde, azul, roxo, rosa e lilás. Criados com poliuretano da mamona, material sustentável e atóxico, os núcleos também possuem uma membrana protetora formada por alfinetes. A obra é uma metáfora para a estrutura completa do corpo humano e para nossa essência emocional.

Ellora também é um mundo imaginário e sensitivo, como explica o curador Élcio Miazaki: “o protagonismo não está na obra em si, mas em como ela se relaciona com o entorno, expandindo sentidos. Ildeu nos mostra que a arte não existe para se explicar, mas para ser sentida, experimentada, vivenciada por todos, em um autêntico diálogo com o outro”. Há, por exemplo, um caráter dual no uso dos alfinetes, que ao mesmo tempo em que protegem, perfuram. O que isso significa? Essa e outras questões podem ser levantadas pelo público que é livre para encontrar suas respostas. “Acredito no caráter lúdico da arte. Gosto de imaginar a experiência que cada pessoa terá e como a instalação será diferente para cada uma delas. Isso é o que move minha criação”, revela Lazarinni.

A mostra encerra o ciclo de exposições do 2º Programa de Seleção da Piccola Galleria, que apresentou o trabalho de seis artistas na Casa Fiat de Cultura ao longo de 2018. “Queremos ser um canal de difusão da arte e dos artistas do Brasil e de Minas. Vamos lançar um olhar cada vez mais atento sobre o que se produz aqui, incentivando e difundindo a produção artística e cultural local e suas tendências”, afirma o presidente da Casa Fiat de Cultura, João Ciaco.

A exposição Ellora é uma realização do Ministério da Cultura, por meio da Lei Federal de Incentivo à Cultura e da Casa Fiat de Cultura, com o patrocínio da Fiat Chrysler Automóveis (FCA), Banco Fidis, Fiat Chrysler Finanças, Fiat Chrysler Participações e Banco Safra. A exposição conta com apoio institucional do Circuito Liberdade, Instituto Estadual do Patrimônio Histórico (Iepha), Governo de Minas e Governo Federal.

Ildeu Lazarinni

Nascido em Belo Horizonte (MG) em 1977, Lazarinni é graduado em Odontologia pela Universidade de Itaúna, mestre em Engenharia de Biomateriais pela Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) e doutor na mesma área pela UFMG/ Universidade de Strasbourg (França). De volta ao Brasil, após o doutorado, passou a morar em São Paulo (SP), onde fez um curso de Arte Contemporânea no Museu de Arte Moderna de São Paulo (MAM). O artista já realizou mostras individuais e coletivas na França, na Alemanha e em São Paulo e expôs obras em espaços da Casa Cor de São Paulo e Rio de Janeiro. A Piccola Galleria é o primeiro espaço mineiro a receber uma exposição do criador dos “núcleos flutuantes”.

O curador Élcio Miazaki

Nasceu em São Paulo (SP) em 1974, onde reside até hoje. Miazaki é artista visual com formação em Arquitetura pela Universidade de São Paulo (USP), tendo realizado exposições em Portugal, Itália e Brasil, incluindo o Museu de Arte de São Paulo (MASP), o Memorial da Améria Latina, o Museu de Arte de Ribeirão, o Museu Casa das Onze Janelas (Belém/PA), o Museu da Casa Brasileira, o Instituto Cervantes, o Museu de Arte de Blumenau (SC) e galerias como Vermelho, Zipper, Sancovsky e Orlando Lemos. Recebeu vários prêmios, entre eles Rumos Artes Visuais, do Itaú Cultural, e Brasil faz Design, dos Museus da Universidade de São Paulo (USP). O artista também foi co-curador da 2ª Mostra de Arte Contemporânea na Casa da Memória Italiana, em Ribeirão Preto (SP), onde coordena um programa de residência artística desde 2017.

Piccola Galleria

Espaço de permanente incentivo às expressões artísticas que foi criado em 2016, destinado a novos artistas. A proposta é apresentar e destacar trabalhos inéditos – pinturas, desenhos, gravuras, esculturas, fotografias, instalações, performances e/ou videoarte – de artistas locais, brasileiros ou estrangeiros.

O espaço, situado ao lado do painel “Civilização Mineira”, de Candido Portinari, no Hall Principal da Casa Fiat de Cultura, abriga exposições de curta duração, mas com toda visibilidade que a instituição enseja. No espaço são realizados dois tipos de mostras: aquelas programadas pela própria Casa Fiat de Cultura e as destinadas a artistas que inscreveram seus trabalhos, por meio de um processo de seleção realizado anualmente. Local intimista e com grande circulação de público, a Piccola Galleria conta com a chancela da Casa Fiat de Cultura e do Circuito Liberdade, um dos mais importantes corredores culturais do país.

Dentre os 97 inscritos no 2º Programa de Seleção, seis foram escolhidos: Fernanda Fernandes (Belo Horizonte), Wendell Leal (Belo Horizonte), Mariângela Haddad (Ponte Nova-MG), Maíse Couto (Belo Horizonte), Ildeu Lazarinni (Belo Horizonte) e Miro Bampa (Vinhedo-SP). Os trabalhos, inéditos e com técnicas diferenciadas, reúnem fotografias, aquarelas, pinturas a óleo e acrílica, instalação e assemblages.

Casa Fiat de Cultura

Há 12 anos, a Casa Fiat de Cultura cumpre importante papel na transformação do cenário cultural mineiro, ao apresentar, em Belo Horizonte, algumas das mais relevantes e prestigiadas exposições já realizadas no Brasil. Foram mais de 40 exposições de consagrados artistas brasileiros e internacionais, além de mostras de artistas que despontam na cena contemporânea. Sua contribuição à renovação da produção artística e à formação de público se estende por meio de uma programação diversificada de música, palestras e de um Programa Educativo que propõe conceitos e reflexões no diálogo com o público em visitas mediadas e nas práticas promovidas no Ateliê Aberto, um espaço de experimentação artística livre. A Casa Fiat de Cultura integra um dos mais expressivos corredores culturais do país, o Circuito Liberdade, em Belo Horizonte. Em sua sede no histórico edifício do Palácio dos Despachos apresenta, em caráter permanente, o simbólico painel de Portinari, Civilização Mineira, de 1959. Mais de 2,5 milhões de pessoas já visitaram suas exposições e 400 mil participaram de suas atividades educativas.

Foto: Divulgação


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