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Exposição no Centro Cultural UFMG ressalta a força da arte contemporânea de autoria negra

Epistemologias comunitárias é resultado de trabalho de pesquisa sobre a cena artística de Belo Horizonte

Permanece em exposição no Centro Cultural UFMG, até 12 de janeiro, a mostra Epistemologias Comunitárias: arte contemporânea de autoria negra, que reúne documentos e obras de 16 artistas negras e negros de Belo Horizonte. Até sexta-feira a proposta pode ser visitada gratuitamente das 10h às 21h. No final de semana o horário de entrada é das 10h às 18h.

Além de uma instalação com 400 fotografias, a exposição exibirá obras de arte, livros e vídeos de performances e entrevistas-síntese com artistas das áreas de pintura, performance, grafite, escultura, instalação, videoarte e gravura. A curadoria é de Janaina Barros, Maria Aparecida Moura e Wagner Leite Viana.

O trabalho é fruto de pesquisa desenvolvida por Janaina Barros, pós-doutoranda da Escola de Ciência da Informação (ECI) da UFMG, sob a supervisão da professora Maria Aparecida Moura. A partir de uma série de entrevistas e registros documentais, Janaina mapeou as formas com que os artistas contemporâneos constroem suas práticas, seja por meio de processos colaborativos de trabalho ou em diálogo com produções que enriquecem seus processos criativos individuais.

“O sentido de epistemologia da informação compreende uma práxis de diferentes escritas contranarrativas de artistas que se constituem como memória social, identidade, arte como território político”, explica. De acordo com a pesquisadora, essas redes de troca acabaram formando uma cena de autoria negra na cidade, que remonta à década de 70 até os dias atuais.

Integram a mostra, Antônio Sérgio Moreira, Eustáquio Neves, Gil Amâncio, Jorge dos Anjos, Lídia Lisboa, Mariana de Matos (Maré de Matos), Mauricio Tizumba, Paulo Nazareth, Priscila Rezende, Renata Felinto, Ricardo Aleixo, Rodrigo Marques, Rui Moreira, Sonia Gomes, Wagner Leite Viana (Wagni Neí de Neco) e Desali. Com diferentes percursos de formação artística e trajetórias profissionais, esses artistas colocam em questão temas como a representatividade negra e a luta por equidade de direitos.
 

Foto:Divulgação

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