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Exposição de Patrícia Calmon no Sou Café, pátio do CCBBBH

A exposição é composta de seis pinturas grandes e oito desenhos pequenos.

‘Realmente é imprevisível o caminho que Patrícia percorrera diante da simbologia universal que ela apropria. Atrevo-me a chama-la de Artista dos Símbolos.’  Delcir Da Costa

‘Ela desenvolveu suas próprias técnicas através de diversas experimentações durante os vinte e cinco anos de “trabalho sacerdotal”, que é como ela descreve sua dedicação e paixão pela pintura. Ela continua seu crescimento artístico, dedicando-se à sua arte com a mesma disciplina, zelo e vigor.’ Geraldo Leite

Patrícia Calmon nasceu no estado brasileiro de Minas Gerais: um lugar conhecido por suas montanhas, pedras preciosas minerais, cristais e abundantes cachoeiras.

É uma região que conhece sua cultura rica e diversificada, um lugar onde culturas europeias (tradicionais, conservadoras, seculares), indígenas (xamânicas) e africanas (exuberantes, ritualísticas e tropicais) se juntam para formar um todo coeso.

As pinturas de Patrícia Calmon são uma escavação arqueológica no útero desta misteriosa e sobrenatural América xamânica: elas oferecem uma jornada antropológica vigorosa, meticulosa e atemporal. Pinturas  viscerais: expõem violentamente e explicitamente uma sexualidade antagônica: repressão, castração e exaltada libido.

Conflitos mortais, guerras emocionais e reinos infernais. Escavações das cavernas do inconsciente. Cadáveres decaídos, esqueletos, restos, ossos, vestígios de uma existência humana, da queda da humanidade – torturados, massacrados. Seu pincel, apropriadamente fálico, atesta a decadência e a violência latente.

Seu trabalho é perturbador e provocativo: uma catarse vulcânica.

No entanto, as suas apostas também são virtuosas. Uma busca eterna pela beleza, harmonia e verdades antigas. Um encontro, ascensão, um retorno ao paraíso, planos celestiais, intoxicando esferas mais altas, habitação eterna do grande e do justo, pedestal dos Deuses e Deusas, um refúgio de anjos e arcanjos, planetas de Budas e avatares da constelação e macrocosmos .

Como artista, ela é extravagante, visionária. Ela entra em portais de mistérios, decodificando existências e organizando firmemente um enredo cibernético futurista Arquitetura pictórica.

Ficção científica, transes surreais, reveladores e apocalípticos. Uma transição entre dois mundos paradoxais. Códigos de civilizações antigas, o ciber africanismo – uma profusão de orientalismo universal.

Influenciada por estudos na área da metafísica, principalmente hinduísmo e budismo, podemos ver muitos símbolos orientais místicos em seu trabalho. Se fatores genéticos influenciam nossas personalidades, uma predominância oriental é evidente na arte de Patrícia. Da dependência europeia e mongol, seu trabalho transita entre diversos continentes, utilizando o surrealismo como expressão legítima e inevitável, com simbolismo rico impregnado de sagrado e indescritível.

Seus temas podem ser identificados no contexto histórico não só do Brasil, mas da América Latina, Europa e Ásia. Sua arte pode ser entendida universalmente.

Sua arte pode ser legitimamente contextualizada dentro dos movimentos surrealistas, expressionistas futuristas e steam punk.

Dentro de steam punk, podemos perceber como sua memória infantil funciona como um gatilho voraz, profundamente violento. Nas telas, há uma mistura de morte, terror, castração e trauma, mas também, golpes de lucidez e inocência. Antagonismos destacados.

Abertura: 17 de janeiro de 2019, quinta feira das 18 as 20:30 hs

Período: De 17/01 a 17/02 de quarta a segunda, das 10 as 21 hs

Local: SOU CAFÉ, pátio do CCBBBH, praça da Liberdade, 450, Belo Horizonte, MG

Foto: Ana Castelo Branco

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