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EXPOSIÇÕES ARETUZA MOURA E MAC ADAMS

Até 10 de fevereiro (domingo), o público poderá visitar as exposições Transarte/Transtempo, de Aretuza Moura, na Galeria Genesco Murta, e Mac Adams: Sombras e Mistérios, na Galeria Mari’Stella Tristão, no Palácio das Artes. A entrada é gratuita para ambas as exposições.

O trabalho da mineira Aretuza Moura tenciona a realidade do país utilizando amontoados de plásticos, papelões, panos velhos, sacolas, vergalhões, barris e caixotes – materiais que a artista coleta das ruas de Belo Horizonte.

Segundo o curador Marcos Hill, crítico e professor de artes plásticas, Aretuza realiza apropriações simples dessa matéria prima, e os dejetos que formam suas obras testemunham níveis variados da precariedade de uma cidade pós-capitalista. No entanto, assimilando esses materiais presentes no lixo ao campo da Arte, a artista os transforma em lições de solidariedade.

Com produção intensa desde a década de 1970, Aretuza completou 90 anos pouco antes da abertura da exposição no Palácio das Artes. “Ela é capaz de extrair do ordinário, de materiais simples, extraordinários acontecimentos poéticos, visuais, táteis e ambientais. Vale a pena visitar a exposição e se encantar com esses trabalhos”, observa o curador.

Abordando narrativas sobre crimes, três esculturas e 28 fotografias do anglo-americano Mac Adams ocuparam pela primeira vez uma galeria em Belo Horizonte, depois de passar pelas cidades de São Paulo e Recife. O artista tem uma importância fundamental no cenário de artes visuais norte-americano a partir da segunda metade do século XX. Ao longo de sua carreira, ele se tornou parte de um movimento conhecido como Narrative Art (Arte Narrativa).

A Expografia de Sombras e Mistérios é concebida para que o público possa construir essas narrativas criminais. “A partir dos códigos e signos existentes no universo criativo do artista, e da bagagem e cultura visual de cada espectador, todos são convidados a imaginar as histórias por trás das obras”, conta Luiz Gustavo Carvalho, curador da mostra, que já havia contribuído com a FCS na montagem de A URSS Através da Câmera, na CâmeraSete.

“Temos a possibilidade de penetrar em diversas camadas da obra de Adams. Podemos ser meramente voyeurs, cúmplices e até testemunhas do que vemos. Creio que este questionamento é urgente e extremamente pertinente em diversas sociedades, inclusive na atual sociedade brasileira”, comenta Carvalho.

Foto: Aretuza Moura © Paulo Lacerda

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