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Peça no Marília retrata conexão entre jovens abandonados pela família

O Teatro Marília recebe nos dias 12, 13, 19 e 20 de fevereiro, terças e quartas, às 20h, o espetáculo “Chão de Pequenos”, da Companhia Negra de Teatro. A montagem é baseada em histórias reais e fala sobre abandono, adoção e a amizade entre dois jovens em situação de rua. O espetáculo faz parte da 45ª Campanha de Popularização do Teatro e da Dança, realizada pelo Sindicato dos Produtores de Artes Cênicas de Minas Gerais (Sinparc).  Os ingressos podem ser adquiridos na bilheteria do teatro por R$30,00(inteira) e R$15,00(meia) e por R$10,00 (preço único) antecipado nos postos de venda Sinparc ou pelo site www.sinparc.com.br.

 

Desenvolvida a partir de uma cena premiada no FESTU (Festival de Teatro Universitário do Rio de Janeiro) de 2016, a peça estreou no Festival de Curitiba em 2017. No palco, a narrativa revela dois jovens marcados pelo abandono da própria família. Um queria ser piloto de corrida. O outro gostava de ouvir a quietude. Vieram da terra onde, afirmam alguns, as crianças já nascem mortas ou envelhecem ainda meninos: da rua.

 

A fábula dos dois garotos expressa a importância da empatia, do diálogo e do afeto em uma sociedade atualmente marcada pela intolerância e pelo preconceito. Com direção de Tiago Gambogi e Zé Walter Albinati, a dramaturgia foi construída coletivamente, dentro de um intenso processo de pesquisa, no qual foram realizadas entrevistas com várias famílias e pessoas que têm relação com o tema da adoção. A concepção é dos próprios atores, Felipe Soares e Ramon Brant, e a trilha sonora original é assinada por Barulhista.

 

A Companhia

A Companhia Negra de Teatro é um grupo criado em Belo Horizonte, em março de 2015. Atualmente, é formada por Felipe Soares, Eliezer Sampaio e Ramon Brant. A companhia desenvolve pesquisas sobre o Teatro Negro e a realidade das pessoas negras no Brasil, tendo como objetivo a criação de uma dramaturgia autoral e voltada para a discussão dos problemas da sociedade brasileira. Mais do que abordar o racismo em suas criações, a Companhia busca falar de diversas desigualdades sociais e da importância do diálogo e da empatia entre pessoas de todas as cores, gêneros, orientações sexuais e culturas para o convívio e desenvolvimento humano. Além disso, apresenta uma reflexão acerca da inclusão de pessoas negras nas artes, sobretudo das potências do corpo negro no teatro, cuja presença é, por si só, um discurso para a cena.

Foto: Lucas Brito 

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