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O som da Bahia, dos carnavais, da rua. Dos surdos, repiques e caixas. Somados a congas, xequerê, agogô, teclado, guitarra e baixo. Vozes em alto astral que entoam clássicos do axé music dos anos 80 e 90 em um repertório que vai de Araketu a Daniela Mercury, de BamdaMel a Timbalada, de Caetano Veloso a Netinho. A presença de blocos-afro como Olodum e Ilê Aiyê em levadas e construções rítmicas que celebram a força, a raça, a alegria, a paz e o amor.

Esse é o HAVAYANAS USADAS, bloco de carnaval de Belo Horizonte que estreou com muito sucesso em 2017 levando cerca de 50 mil pessoas às ruas. Criado por Peu Cardoso, Débora Mendes, Heleno Augusto, Rodrigo Boi, Daniel Melão, Cris Gil e Maurílio Badá – que trabalham no segmento desde 2013 - vem pra carnavalizar junto ao movimento que desde 2009 atrai e forma foliões, músicos e ritmistas.

Em 2018, o bloco saiu com mais de 200 mil foliões pela Av. dos Andradas, num desfile que teve como tema “Chineláctea – A Viagem do Chinelo Espacial”, a partir da emblemática música Eva e seu universo de estrelas, luas, sóis e planetas. No ano passado coloriu o carnaval levando ritmos, artistas e músicas em espanhol através do tema “Soy Loco Por Ti, Carnaval” que embalou 300 mil pessoas e teve manifestações e participações de Kdu dos Anjos, Lá da Favelinha, Duda Salabert, ONG Tranvest, MAB - Movimento Atingido Por Barragens, Claudia Manzo, Habana Vieja, Carlos Bolívia e Marcelo Veronez.

Para 2020, a temática do Nordeste vem com o título “Maria Bonita Mandou Te Chamar”, assinada por Nathália Vieira e Veronez, com ritmos típicos da região como xote, baião e forró de ícones como Jackson do Pandeiro, Luiz Gonzaga, Elba Ramalho e Amelinha, até o pop contemporâneo de novos talentos como Duda Beat e Pabllo Vittar, que completam o repertório de clássicos do carnaval.

Além disso propõe uma reflexão sobre a forma de consumo atual. Os conceitos de reutilização e ressignificação são os carros chefes nessa temporada. A sustentabilidade ambiental é discutida de diferentes formas, desde o figurino da banda, que trás a proposta de reaproveitamento dos figurinos dos anos anteriores, concebido em parceria com o Remexe Favelinha, passando pela decoração do trio elétrico e nas conversas com a bateria e público geral.

O bloco traz discussões como igualdade de direitos, ocupação de espaços públicos, além de propor o fomento/contratação/compra de empreendedores locais (principalmente mulheres de diferentes grupos sociais) e coletivos de Belo Horizonte. Seguimos parceiros do coletivo Não É Não!, discutindo e combatendo o assédio durante o carnaval e ao longo do ano.
 
Com esta história construída com alegria, o HAVAYANAS USADAS, de chinelos nos pés, busca levar para a rua e para os palcos toda a energia do axé, a baianidade nagô e toda a alegria dos batuques e dos sons típicos da Bahia.

A banda Havayanas Usadas já se apresentou em importantes eventos como Festival Sarará, Carnavália, Sonoriza, Baile da Teresa, Baile do Secreto e Jângalove, além de fazer parte da programação do carnaval de Belo Horizonte, Itabirito, Conceição do Mato Dentro, Cláudio e Congonhas e ser banda escolhida para festa de fim de ano da Sympla, empresa que administra a maior rede de eventos do Brasil, em 2017.    

Foto:Divulgação