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“Soy Loco por ti, Carnaval” é o tema do Havayanas Usadas para o desfile de 2019

O Bloco Havayanas Usadas escolheu o tema “Soy loco por ti, Carnaval” para embalar o seu desfile em 2019, marcado para a segunda-feira, 4 de março, às 11h, saindo da Av. dos Andradas, 3.760. A expectativa é reunir 200 mil foliões ao ritmo de lambadas, salsas, rumbas, cumbias, merengues, reggaeton e axé music, sob o comando dos fundadores do bloco e que integram a banda homônima formada por Heleno Augusto, Débora Mendes, Cris Gil, Maurílio Badá, Rodrigo Magalhães, Daniel Melão e Peu Cardoso, que estão juntos desde 2013. Também integram a banda Taskia Ferraz, Vi Coelho, Lucas Ferrari e Laiza Lamara. A bateria Chinelada, formada por cerca de 200 pessoas participa tocando todo o repertório que contém cerca de 40 canções. As coreografias ficam por conta do Grupo Requebra de Dança. Convidados especiais estarão no trio elétrico, como o carnavalesco e multiartista Marcelo Veronez, que participa pelo segundo ano do desfile do bloco e que também assina a direção artística ao lado de Nathália Vieira. Outros artistas, principalmente latino-americanos que adotaram o Brasil como pátria, estarão no palco. A chilena Cláudia Manzo já está confirmada. Integrantes da Ong TransVest farão participação especial no desfile.

  

Tema

Com o tema “Soy loco por ti, Carnaval” o Havayanas Usadas dá continuidade à “Chineláctea - A viagem do chinelo espacial”, tema do ano passado, que fez uma viagem geográfica para fora do planeta. Agora, a nave do bloco pousa na América Latina e propõe o olhar para o que está acontecendo neste planeta que habitamos, em busca de suas origens. O tema foi escolhido para homenagear, apresentar e enaltecer a cultura latino-americana. A referência veio da canção de Gilberto Gil e Capinan, gravada por Caetano Veloso em 1968, e regravada por Gil em 1987. “Observamos o crescimento dos ritmos latinos. Mas o Brasil não conhece ainda o que é feito musicalmente por seus vizinhos, e eles não conhecem muito o que é feito aqui. É uma pena, há muita riqueza a ser compartilhada. Por isso, escolhemos essa temática. No desfile, seremos latinos, sem abandonar o axé”, explica Heleno Augusto.

 

O bloco acredita no papel ideológico e político do carnaval, portanto é inevitável a reflexão diante do tema. “Trazer a latinidade para o nosso Carnaval também é uma homenagem aos hermanos latinos que chegam ao Brasil em busca de dias melhores. Os brasileiros em geral são muito receptivos com os estrangeiros, mas não valorizam tanto os latino-americanos. Acredito que não deveria ser assim, pois os latinos estão mais próximos de nossa realidade”, reflete Cris Gil.

 

Núcleo Sócio Eco Musical

Uma novidade deste ano será a participação de alunas e representantes da ONG TransVest, que promove cursos e diversas ações sociais direcionadas à comunidade trans em Belo Horizonte, na busca por respeito e reconhecimento de direitos. “Na parceria que começou no ano passado, o Havayanas Usadas realizou oficina de musicalização percussiva com instrumentos construídos em material reciclável, além de encontros no formato de roda de conversa para construir, de forma coletiva, a melhor forma de participação da ONG no desfile e dia dia do bloco, de forma respeitosa e agregadora”, explica Débora Mendes. As representantes da TransVest participarão do desfile como porta-estandartes do bloco e ativistas da causa LGBTQI.

 

Outra bandeira levantada pelo bloco é a luta por resoluções e homenagem às vítimas do rompimento da barragem do Córrego do Feijão em Brumadinho, em janeiro deste ano. “Em parceria com o Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB) será feita uma intervenção durante o desfile com intuito de lembrar, não só desse rompimento, mas também o de Mariana. Assim vamos homenagear os atingidos e dar nosso apoio às famílias das vítimas e ao MAB, que realiza um trabalho de base fundamental para o acolhimento e defesa dos direitos dessas pessoas, além de cobrar resoluções sobre os rompimentos que foram fatais para tantas pessoas e para o meio ambiente”, explica Débora Mendes.

 

Bateria Chinelada e Requebra

Dando ainda mais colorido e ritmo ao evento, o grupo de dança Requebra, com 50 integrantes, fará coreografias junto com a bateria Chinelada, que este ano terá 200 pessoas. “O nosso desfile é aberto a todos que quiserem dançar e cantar conosco, com muito axé, e esse ano, com latinidades. Só não será possível tocar instrumentos junto com a bateria Chinelada, pois os integrantes foram preparados para esse desfile com antecedência, com muitos ensaios, para uma harmonia e afinação. Juntos, faremos evoluções durante o trajeto, promovendo uma grande troca e interação com o público”, conta Heleno Augusto.

 

Heleno lembra que os clássicos do repertório do Havayanas Usadas também estão no repertório de mais de 40 canções, como as músicas Eva (Rádio Táxi e Banda Eva) e o Céu da Boca (Frutos Tropicais e Ivete Sangalo), entre outras, sendo que algumas ganharam novos arranjos e serão cantadas em espanhol. “Um desafio para a banda”, brinca.

 

Ensaios

Os ensaios do Havayanas Usadas acontecem todos os domingos até o Carnaval, sempre de 15h às 18 horas, na A Fábrica. O endereçoé Avenida Tereza Cristina, 295. A maior parte dos ensaios é gratuito. Eventuais cobranças de entrada serão informadas previamente na página do bloco no Facebook e no Instragram (@havayanasusadas).

 

Havayanas Usadas

Criado em novembro de 2016, o bloco Havayanas Usadas estreou no carnaval belorizontino em 2017, levando mais de 50 mil pessoas às ruas da regional Leste. Em 2018, com o tema “Chineláctea - A viagem do chinelo espacial”, levou 200 mil pessoas para a avenida. Com repertório dedicado ao melhor do axé music dos anos 80 e 90 e com influência dos blocos afros baianos, traz o alto astral como sua marca registrada.

Foto:  Nereu Jr

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