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Ritmos afros-mineiros invadem o MM Gerdau

Museu recebe bloco Babadan Banda de Rua em concerto didático com foco na valorização da cultura negra

No dia 21 de fevereiro, quinta-feira, o som dos tambores africanos toma conta dos corredores do MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal. O Bloco Babadan Banda de Rua se apresenta no Museu, às 19h30, em um concerto didático gratuito. No repertório músicas autorais e releituras que trazem a diversidade dos ritmos afro-mineiros, toques sagrados do Candomblé, samba, afrobeat, afro-cubano, jazz, funk, soul, tamborzão, dentre outros. A proposta é a valorização da cultura negra, passando pela música, dança, cantos, religiões, moda, e, sobretudo, pelas pessoas negras, que são maioria no bloco.

Após o concerto, os representantes do bloco abrem espaço para um bate-papo com o público, contextualizando os ritmos tocados e as danças correspondentes aos ritmos e de cada manifestação, propondo, assim, uma reflexão sobre a tradição cultural de Minas Gerais.

Sobre o Bloco

O Babadan nasceu em 2017, a partir do desejo de reunir um coletivo de pessoas comprometidas com o combate ao preconceito étnico-racial, reverenciando os valores da cultura afro e dando ênfase à contribuição do povo negro na formação e construção do Brasil. O bloco fundamenta-se no comportamento musical de bandas dos tempos do Brasil Colônia, onde imperava a sonoridade dos instrumentos de sopro. Seu diferencial é a substituição, na sua base percussiva, dos tambores com pele de plástico pelos tambores com pele de couro - atabaques, djembes, dunduns e tambores utilizados no reinado afro-brasileiro de Minas Gerais. Destaca-se também a utilização ressignificada para a música de ferramentas de trabalho, como a enxada.

Conheça o MM Gerdau – Museu das Minas e do Metal

O MM Gerdau - Museu das Minas e do Metal, integrante do Circuito Liberdade desde 2010, é um museu de ciência e tecnologia que apresenta de forma lúdica e interativa a história da mineração e da metalurgia. Em 20 áreas expositivas, estão 44 exposições que apresentam, por meio de personagens históricos e fictícios, os minérios, os minerais e a diversidade do universo da Geociências. O Prédio Rosa da Praça da Liberdade, onde funciona o espaço cultural, foi inaugurado em 1897, juntamente com Belo Horizonte. Tombado pelo Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico (IEPHA), o edifício passou por meticuloso trabalho de restauro, que constatou que a decoração interna seguiu o gosto afrancesado da época, com vocabulário neoclássico e art nouveau. O projeto arquitetônico para a nova finalidade do Prédio Rosa, que já foi Secretaria do Interior e da Educação, foi feito por Paulo Mendes da Rocha e a expografia, que usa a tecnologia como aliada da memória e da experiência, é de Marcello Dantas. O Museu funciona de terça a domingo, das 12 às 18h, e na quinta, das 12 às 22h e apresenta uma programação para todas as idades. A entrada é franca.

Foto: Netun Lima

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