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Orquestra Sinfônica e Coral Lírico de Minas Gerais interpretam repertório carnavalesco no concerto esquentando os tamborins

Músicos vão de Berlioz a Elba Ramalho em duas apresentações gratuitas no Grande Teatro do Palácio das Artes

Em diálogo com o Carnaval prestes a começar, o Coral Lírico e a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais entram no clima de folia, apresentando repertório com canções carnavalescas no programa Esquentando os Tamborins. As duas apresentações demonstram toda a versatilidade e excelência dos músicos da orquestra e coro, com acompanhamento do pianista Fred Natalino e preparação do Coral Lírico pelo maestro argentino Hernán Sánchez.

No Programa, os corpos artísticos da FCS vão proporcionar aos espectadores uma viagem pelas cores e sons do Carnaval, começando pela Abertura Carnaval Romano, do francês Hector Berlioz, que alude às festividades populares com instrumentos de percussão e um ritmo contagiante. Em seguida, Orquestra e Coral vão passar pela música popular brasileira com obras de Chico César, Elba Ramalho e Ciro Pereira, além da marchinha Cidade Maravilhosa, de André Filho, tida como hino do Rio de Janeiro.

Segundo o maestro Silvio Viegas, o objetivo dos concertos é mostrar a riqueza cultural do Carnaval como uma festa internacional, e ao mesmo tempo, muito ligada à cultura brasileira, que é diversa. “Somos tão ricos que o Carnaval é samba, frevo e forró, por exemplo, porque cada região brasileira tem sua música e sua cultura. Buscamos uma linguagem universal do Carnaval aplicada à sinfônica, e é muito bacana ver que esses ritmos se encaixam perfeitamente dentro de um colorido orquestral sem perder nada, mas ganhando um novo sabor em função da própria estrutura típica da orquestra”, conta o maestro.

A Orquestra e o Coral têm na sua programação diversidade de ritmos e estilos, sempre em diálogo tanto com o erudito quanto com o popular. Num repertório carnavalesco, o desafio dos corpos artísticos é preservar o caráter dos sons que fazem parte da história da festa brasileira. “A orquestra é um organismo rico que não é fechado em si, porque existem tantos instrumentos e elementos que é possível transitar em qualquer tipo de linguagem. O mais importante aqui é o trabalho rítmico, de colorido, a escolha correta dos instrumentos para encontrar como cada estilo se encaixa melhor. Estamos acostumados a nos adaptar a diferentes linguagens, afinal, quando tocamos música barroca é muito diferente de tocar uma obra romântica, por exemplo. O desafio é manter o caráter do samba, do frevo e do forró para refletir os sons carnavalescos”, finaliza.

Orquestra Sinfônica de Minas Gerais – Criada em 1976, a Orquestra Sinfônica de Minas Gerais, corpo artístico gerido pela Fundação Clóvis Salgado, é considerada uma das mais ativas Orquestras do país. Em 2013, foi declarada Patrimônio Histórico e Cultural do Estado de Minas Gerais. Em permanente aprimoramento da sua performance, a OSMG cumpre o papel de difusora da música erudita, diversificando sua atuação em óperas, balés, concertos e apresentações ao ar livre, na capital e no interior de Minas Gerais. Como iniciativas de destaque, podem ser citadas as séries Concertos no Parque, Sinfônica ao Meio-dia e Sinfônica em Concerto, além da Sinfônica Pop que apresenta grandes sucessos da música popular brasileira com arranjos orquestrais. Em 2016, Silvio Viegas assumiu o cargo de regente titular da OSMG. Antes dele, foram responsáveis pela regência: Wolfgang Groth, Sérgio Magnani, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Aylton Escobar, Emílio de César, David Machado, Afrânio Lacerda, Holger Kolodziej, Charles Roussin, Roberto Tibiriçá e Marcelo Ramos.

Silvio Viegas – Silvio Viegas é mestre em Regência pela Escola de Música da Universidade Federal de Minas Gerais. Foi maestro titular da Orquestra Sinfônica do Theatro Municipal do Rio de Janeiro por oito anos e esteve à frente de orquestras como a Sinfônica Brasileira; Sinfônica de Minas Gerais; Filarmônica do Amazonas; Orquestra Sinfônica de Roma e Orquestra da Arena de Verona (Itália); Sinfônica do Teatro Argentino de La Plata (Argentina); Sinfônica do Sodre (Uruguai), entre outras. Atualmente, é o regente titular da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais e Professor de Regência na Escola de Música da Universidade Federal do Rio de Janeiro.

Coral Lírico de Minas Gerais – Criado em 1979, o Coral Lírico de Minas Gerais, corpo artístico da Fundação Clóvis Salgado, é um dos raros grupos corais que possui uma programação artística permanente e que interpreta um repertório diversificado, incluindo motetos, óperas, oratórios e concertos sinfônico-corais. Já estiveram à frente do Coral os maestros Luiz Aguiar, Marcos Thadeu, Carlos Alberto Pinto Fonseca, Ângela Pinto Coelho, Eliane Fajioli, Silvio Viegas, Charles Roussin, Afrânio Lacerda, Márcio Miranda Pontes e Lincoln Andrade. O Grupo se apresenta em cidades do interior de Minas e em capitais brasileiras com o intuito de contribuir para a democratização do acesso ao canto coral. As apresentações têm entrada gratuita ou preços populares. O Coral já atuou com a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo e a Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, além da Orquestra Sinfônica de Minas Gerais. Dentro da política de difusão do canto lírico promovida pelo Governo de Minas Gerais, o Coral Lírico desenvolve diversos projetos que incluem as séries Concertos no Parque, Lírico Sacro, Lírico ao Meio-dia, Lírico em Concerto e Sarau no Café, além da participação nas temporadas de óperas realizadas pela Fundação Clóvis Salgado.

Foto: Paulo Lacerda

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