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HC-UFMG participa da campanha Dia D nacional para combater a dengue
Mobilização acontece neste sábado (2), como união do governo federal com estados, municípios e sociedade
Neste sábado, 2 de março, acontece em todo o país o Dia D – Brasil unido contra a dengue. A mobilização nacional conta com a união do governo federal, estados, municípios e de toda a sociedade para reforçar as ações de prevenção e eliminação dos focos do mosquito, com o tema "10 minutos contra a dengue". O controle da dengue e do mosquito Aedes aegypti estão entre os maiores desafios da saúde pública no Brasil e no mundo e exige ações de todas as esferas da gestão e participação ativa da população paulista.
Atendendo ao chamamento da ministra da Saúde, Nísia Trindade, para que todos estejam unidos no Dia D - Brasil unido contra a dengue, no próximo sábado, o Hospital das Clínicas da UFMG, integrante da Rede Ebserh se juntou às autoridades sanitárias, e toda a sociedade para o combate à Dengue. O HC-UFMG elaborou uma cartilha educativa para o diagnóstico da doença e está implementando um treinamento de Manejo Clínico da Dengue, voltado para os profissionais, além das ações educativas.
Você ou alguém próximo teve dengue recentemente? Nos últimos anos, a dengue tornou-se uma preocupação constante no Brasil. Com ciclos endêmicos e epidêmicos, a cada 4 ou 5 anos, a doença apresenta um aumento significativo no número de casos, bem como na gravidade das ocorrências, resultando em mais hospitalizações. Em 2020, foram registrados 1,4 milhão de casos. Em 2023, esse número subiu para 1,6 milhão, com 1,079 mortes; e em 2024, pode variar de 1,7 milhão a 5 milhões, de acordo com estimativas do Ministério da Saúde. As previsões foram feitas em parceria com o InfoDengue e a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O que é a dengue?
A dengue é uma doença viral causada pelo vírus (DENV) do gênero Flavivirus, família Flaviviridae. Com quatro sorotipos diferentes - DENV1, DENV2, DENV3 e DENV4 - a principal forma de transmissão é pela picada da fêmea infectada do mosquito Aedes aegypti. Outras formas menos comuns de transmissão incluem transfusão de sangue e transmissão da gestante para o bebê. É importante ressaltar que não há transmissão por contato direto com pessoa doente.
O professor da Faculdade de Medicina da UFMG e médico infectologista do HC-UFMG/Ebserh, Mateus Westin chama atenção para os sintomas da dengue para não haver confusão com outras arboviroses e nem com doenças respiratórias, a exemplo da Covid-19. “No caso da dengue, se a pessoa tiver febre acompanhada de dois ou mais outros sintomas, como: dor de cabeça, dor atrás dos olhos, náuseas, vômitos e manchas avermelhadas pelo corpo precisa ir na unidade básica de saúde e lá já é possível fechar a suspeita clínica epidemiológica de dengue. É importante que, se a pessoa estiver se sentindo muito mal procure um pronto socorro”, alertou.
Os sinais de alerta que indicam gravidade e requerem maior atenção incluem: sangramento espontâneo e de mucosa, dor abdominal intensa, vômitos persistentes, pressão baixa, sonolência e comprometimento dos órgãos. É fundamental procurar atendimento médico ao apresentar qualquer um desses sintomas, para avaliação e orientações quanto ao repouso, hidratação, sinais de alarme e monitorização com exames laboratoriais.
Medidas de tratamento
O tratamento da dengue dependente, essencialmente, do estado clínico do paciente e da presença de sinais de gravidade. Por isso, o principal recurso terapêutico é a hidratação, que pode ser realizada em domicílio e via oral para casos leves, ou intravenosa e sob regime de internação hospitalar para casos mais graves. Como não existe um antiviral específico para tratar a doença, a hidratação costuma ser eficaz quando iniciada precocemente. Nas situações graves, as complicações incluem hemorragias, pressão baixa, acúmulo de líquido em cavidades do corpo (como no pulmão, abdômen e coração), choque e óbito. Por isso, manter-se hidratado é o que vai auxiliar na recuperação do paciente e diminuir as chances de agravamento. “Uma pessoa adulta, entre 60 e 70 quilos, deve ingerir de 4 a 5 litros de líquido por dia, durante 24 horas. Ter uma boa hidratação vai ajudar na recuperação desse paciente e diminuir as chances de evolução para um estado mais grave”, indicou o infectologista.
É importante ressaltar que alguns remédios não devem ser tomados, por aumentarem o risco de sangramentos e hemorragias causados pela dengue. Dentre as medicações contraindicadas estão os anticoagulantes, tais como salicilatos (ácido acetilsalicílico, ácido salicílico, diflunisal, salicilato de sódio, metilsalicilato, entre outros), os anti-inflamatórios não esteroidais (indometacina, ibuprofeno, diclofenaco, piroxicam, naproxeno, sulfinpirazona, fenilbutazona, sulindac e diflunisal) e os anti-inflamatórios hormonais ou corticoesteroides (prednisona, prednisolona, dexametasona e hidrocortisona). Portanto, é fundamental que pessoas com suspeita de dengue evitem a automedicação e busquem orientação médica para o tratamento adequado da doença.
Combate ao mosquito transmissor da dengue
Cuidados simples podem fazer toda a diferença para combater o Aedes aegypti e evitar sua picada, como: manter as garrafas vazias ou baldes virados para baixo; evitar o acúmulo de entulho e água parada no quintal ou nas ruas; cobrir caixas d’água, poços ou piscinas; bem como manter as calhas limpas. Além disso, manter as latas de lixo tampadas e descartar corretamente cascas de coco, latas de refrigerantes, copos plásticos e embalagens.
Outras medidas incluem guardar pneus em locais cobertos; tampar ralos pouco usados e jogar água sanitária no cano duas vezes por semana; diminuir o número de bebedouros de animais e manter o aquário limpo e fechado. A instalação de telas de proteção nas janelas e mosquiteiros na cama também são medidas complementares e eficazes que auxiliam na prevenção da proliferação do mosquito transmissor da dengue.
Sobre a Ebserh
O Hospital das Clínicas da Universidade Federal de Minas Gerais (HC-UFMG) faz parte da Rede da Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Rede Ebserh) desde dezembro de 2013. Vinculada ao Ministério da Educação (MEC), a Ebserh foi criada em 2011 e, atualmente, administra 41 hospitais universitários federais, apoiando e impulsionando suas atividades por meio de uma gestão de excelência. Como hospitais vinculados a universidades federais, essas unidades têm características específicas: atendem
Foto: Divulgação
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