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Encerramento do Festival de Verão UFMG: orixás do Giramundo, piano de Safatle e ecologia decolonial de Malcom Ferdinand

A agenda desta sexta-feira, 3 de março, começa às 10h com a Sala de Audiovisuais, no Conservatório da UFMG

Em seu último dia, o 17º Festival de Verão UFMG preparou uma programação diversificada com filmes, espetáculos, lançamento de livro e espetáculos. A agenda desta sexta-feira, 3 de março, começa às 10h com a Sala de Audiovisuais, no Conservatório da UFMG.

A sala reúne audiovisuais produzidos na UFMG como foco na tecnologia utilizada nas décadas de 1970 e 1980 para apresentações em eventos culturais. Serão exibidos os curtas Das Pessoas, produzido na década de 1970 com direção de Luiz Alberto Sartori Inchausti, o documentário GTO - Geraldo Teles de Oliveira, apresentado em formato de slides e o curta As lentes da memória, de 1977.

Ainda no campo audiovisual, o Conservatório sediará, a partir das 13h, a sessão do filme 20 anos do Festival de Inverno UFMG. A produção será comentada pela doutora em Letras pela UFMG Magda Velloso e pela professora Lucia Gouvêa Pimentel, da Escola de Belas Artes da UFMG.

Outro filme em exibição é 40 Invernos (2007), com comentários de Berenice Menegale, pianista e uma das fundadoras do Festival de Inverno, e José Adolfo Moura, professor aposentado da Escola de Belas Artes.

O filme Festival de Inverno UFMG - 50 anos de criação tem exibição programada para 15h30, também no Conservatório da UFMG. A obra será analisada pelo escultor Fabrício Fernandino e pelo cineasta Rafael Conde, ambos professores da EBA.

Crise ambiental

Às 16h30, no Conservatório da UFMG, o intelectual caribenho Malcom Ferdinand discutirá ideias contidas no livro Uma ecologia decolonial. Nascido na Martinica, Malcom é graduado em Engenharia Ambiental pela University College London (UCL), doutor em Filosofia e Ciência Política pela Universidade Paris VII e pesquisador do Centre National de la Recherche Scientifique. Sua obra aborda a relação entre a crise ambiental e a herança colonial racista. Saiba mais sobre o livro e sobre o autor em matéria do portal UFMG.

Em seguida, será realizada a última conversa da série sobre cultura e memória. O bate-papo reunirá Célia Xakriabá, doutoranda em Antropologia pela UFMG e deputada federal pelo PSOL de Minas Gerais, Maria Goreth Heredia Luz, liderança da comunidade quilombola dos Arturos e professora da rede pública de Contagem, e Frei Gilvander (CPT-MG), doutor em Educação pela Faculdade de Educação, agente e assessor da Comissão Pastoral da Terra em Minas Gerais. Vinculados a diferentes movimentos sociais, os três vão relatar histórias que revelam evidências de resistência e retomada cultural.

Gênese do mundo

O Grupo Giramundo apresenta duas sessões do espetáculo Orixás (às 18h e às 20h) no Centro Cultural da UFMG. Trata-se de nova montagem do último espetáculo dirigido pelo criador do Giramundo, Álvaro Apocalypse, em 2001. Ele apresenta a gênese do mundo, da terra e do homem e a riqueza do panteão africano, seus deuses e heróis, sua mitologia e cosmogonia. A trilha sonora foi composta por Sérgio Pererê, com instrumentos como flautas de bambu, nbiras, ronrocos, tamas, recos e djembés. A entrada é gratuita, mediante retirada de ingressos pelo Sympla.

A última atividade no Conservatório (19h30) é o lançamento do livro Em um com o impulso: experiência estética e emancipação social, do filósofo, psicanalista, músico e professor da USP Vladimir Safatle, com participação do professor Rodrigo Duarte, do Departamento de Filosofia da Fafich, e do filósofo Ricardo Nachmanowicz, egresso da pós-graduação da UFMG. Eles vão debater formas de pensar a relação entre arte e política. Na sequência, Safatle, ao piano, vai interpretar peças de sua autoria acompanhado da cantora Fabiana Lian.

Foto: Divulgação

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